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4 de julho de 2012

Fogo da Paixão

Trilogia do Fogo
Lembranças que atormentam...

A alta sociedade londrina está fervilhando com o mais recente escândalo. Julia Whitney, bem-nascida porém sem um tostão, está morando na casa de um nobre rico com idade para ser pai dela. Quando Adam Hawthorne, o misterioso conde de Blackwood, fica conhecendo a encantadora e intrigante dama, ele quer convencê-la a mudar de "protetor"...
De repente, o estimado guardião de Julia é assassinado, e ela se torna a única suspeita do crime. Forçada a fugir, Julia cai nos braços de Adam, que lhe oferece refúgio da lei, embora não de uma paixão avassaladora. Embora perdidamente apaixonada, ela sabe que o honrado conde jamais se casaria com uma mulher com a reputação manchada pelo escândalo. Mas será que Julia está subestimando a força e a profundidade do
amor daquele homem?...

Capítulo Um

Londres, Inglaterra, abril de 1806

Os sons da batalha rugiam em sua cabeça... Tiros de mosquete, estrondo de canhões, chumbo quente rompendo carne e ossos, homens chorando de medo e desespero.
É um sonho! — ele gritou, mentalmente, tentando acordar daquele pesadelo...
Mais um, entre tantos que o atormentavam durante o sono.
Adam Hawthorne, o quarto conde de Blackwood, lutou para despertar... E conseguiu. Sentou-se em sua enorme cama de baldaquino, com o coração descompassado, o suor umedecendo-lhe o torso nu, os cabelos negros colados à nuca.
Apesar do frio, Adam empurrou o acolchoado de plumas até a cintura e estremeceu. Estava acostumado a noites assim... E sofria com essas imagens terríveis havia mais de seis anos, imagens que ele tomava como uma espécie de penitência por sua atuação na guerra.
Passou a mão pelo rosto e saltou da cama. As primeiras luzes do amanhecer penetravam no quarto, por uma fresta entre as cortinas de veludo. Despejou água na bacia de porcelana, sobre a cômoda, e lavou-se. Vestiu calças de pele de gamo, uma camisa branca de mangas largas e calçou um par de botas espanholas de cano alto.
Então desceu até a estrebaria, nos fundos da casa, pronto para a cavalgada matinal.
Angus McFarland, seu cavalariço, um escocês grandalhão e corado, antigo sargento dos Gordon das Terras Altas, o aguardava, segurando as rédeas de Ramsés, o garanhão premiado de Adam
— Tome cuidado, major. Este garoto está inquieto, hoje.
— Então, faremos um a boa corrida. — Adam bateu carinhosamente no pescoço lustroso do animal. — É isso que você quer, não, meu amigo?
O cavalo era dócil, negro, de reluzente pelagem e tinha uma constituição perfeita. Quando Adam o vira, em Tattersalt’s, não poupara despesas para ficar com ele. Fora o único prazer que concedera a si mesmo desde que, inesperadamente, herdara o título e a fortuna de Blackwood.
Acariciou o focinho macio do animal, depois ofereceu-lhe um torrão de açúcar, que retirou do bolso.
— Um pouco de ar fresco sempre faz o mundo parecer melhor — comentou.

Trilogia do Fogo
1 - Coração de Gelo
2 - Discretamente Sedutora
3 - Fogo da Paixão
Trilogia Concluída

16 de outubro de 2011

O Cavaleiro da Meia-Noite






Ela era sua cativa. Ele era o único homem que a proibiram de ter...

Ano 1855 — Califórnia.

Logo que o alto e atraente espanhol, Ramón De La Guerra, desceu de seu cavalo para lhe oferecer uma rosa, Caralee McConnell soube que na Califórnia se deparava com o perigo.
Decidida a agradar seu tio, que a salvou da pobreza, deve resignar-se a casar-se com o homem que ele escolheu para ela... E ignorar seu coração.

Atrás dos olhos escuros de Ramón de La Guerra pulsa a lembrança de suas terras, roubadas, pelo tio dessa bela americana. Ramón jurou reclamá-las.
Cavalgando pelas noites como um cruel bandido rapta Caralee e a leva para sua guarida na montanha... Mas ali…

Comentário revisora Ana Catarina : Eu gostei muito do livrinho.
Cheio de emoções, o mocinho é uma espécie de Zorro – TDB - cafajeste, ela é uma bobona apaixonadíssima por ele.
Ela quase chega ser uma rainha-sado, pois o obriga a se casar com ela, espontaneamente mediante o trabuco do tio dela. Ele se casa, sem-querer-QUERENDO.
Mas isso, vamos entendendo no decorrer da história.
Teve momentos que tive raiva dela outras dele. Mas eu amo romance assim, repleto de emoções. Muito bacana mesmo! Boa leitura!

Capítulo Um

Conchas de prata. Caralee McConnell deteve a vista nos adornos resplandecentes que brilhavam a luz da tocha.
Os círculos brilhantes pareciam condecorações colocadas ao longo das longas e esbeltas pernas do espanhol.
Vestia uma curta jaqueta de cavaleiro, bordada até seus largos ombros, com fio de prata.
Ao extremo de suas rodeadas calças de montar um brilho de cetim vermelho ressaltava sobre as cuidadas botas negras, feitas do mais fino couro cordovês.
Carly observava o alto cavalheiro espanhol, que se mantinha na sombra, conversando animadamente, no pátio, com seu tio, Fletcher Austin, e com outros homens.
Inclusive na escuridão, sob os enormes beirais de carvalho esculpido da grande casa de tijolo cru, podia distinguir seu esplêndido perfil que a luz e as sombras acentuavam.
Carly sabia quem era, é obvio. Oopesh, uma das criadas indígenas, lhe havia dito.
E Candelária, sua jovem criada, parecia deprimir-se cada vez que se mencionava seu nome.
Dom Ramón De La Guerra era o proprietário de um pequeno terreno contíguo ao Rancho dos Carvalhos, a fazenda de seu tio e a nova casa de Carly.
Ela nunca tinha conhecido um verdadeiro cavalheiro espanhol, embora ao fim, este homem era seu vizinho.
Ajustou a fita de cetim verde escuro que levava no pescoço e alisou a parte dianteira de seu decotado vestido de seda verde esmeralda, cuja ampla saia seguia os cânones da última moda.
Era um presente de seu tio, quem afirmou ter escolhido a cor para que ressaltasse o verde de seus olhos e os matizes castanhos de seu cabelo.
Era o vestido mais formoso que já havia tido.
As fileiras de laços de volantes destacavam sua finíssima cintura.
Também, pensava com acanhamento destacavam seus altos e redondos seios.
Este vestido lhe dava a confiança que necessitava, ajudavam-na a esquecer que somente era a filha de um mineiro da Pensilvânia.
Carly se aproximou dos homens.
Um tal Hollingworth estava falando. Era um fazendeiro cujas terras se estendiam para o norte.
—Não sei o que pensam vocês — dizia — mas já suportei muito tempo esta insolência. Este homem é um bandido. Não é melhor que Murieta, ou que este Jack García nem a nenhum outro desprezível bandoleiro que tenha rondado por estas colinas. Esse bastardo merece que o enforquem.
—O enforcaremos — escutou que dizia seu tio. —Disso pode estar certo...

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Amor Proibido

Série Clayton


Quando o desprezível lorde Bascomb tenta forçar Elizabeth Woolcot a se casar, ela se vê obrigada a recorrer, mesmo contra a vontade, a seu influente guardião. 

Nicholas Warring é um homem atraente e carismático, com o poder de salvar Elizabeth, mas com um passado que poderá colocar a reputação dela em risco. 
Conquistador incorrigível, ele também já foi condenado por assassinato... e escapou por pouco de ser executado na forca...
Elizabeth não consegue evitar a atração que sente pelo homem que povoa seus sonhos, assim como ele não consegue controlar o desejo que sente por ela. Mas Elizabeth sabe que aquele é um amor impossível, pois Nick é um homem casado. 

Então, um crime hediondo abala as vidas de ambos... e Nick é o principal suspeito. 
Elizabeth quer acreditar na inocência dele, mais do que na própria vida e no amor que invade seu coração... mas poderá confiar em um homem como ele?

"Uma história cativante, doce, romântica e envolvente, com personagens maravilhosos, fortes e corajosos!"

Capítulo Um

Sevenoaks, Inglaterra Fevereiro de 1803
Nicholas deslizou o dedo longo e bronzeado ao longo das pequenas depressões entre as vértebras da colu­na da viscondessa. Distraído, encontrou as nádegas firmes, admirando as curvas sedutoras e o modo como os cabelos brilhantes se espalhavam tal qual um leque sobre os tra­vesseiros. Talvez pudesse possuí-la outra vez, pensou, sen­tindo aumentar a tensão de sua masculinidade pressionada contra os lençóis. Porém, ao olhar o relógio dourado sobre a cornija de mármore da lareira, afastou a idéia com certa relutância.
Seu advogado chegaria dentro de uma hora e, embora Nick pouco se importasse com o que os outros pensassem, respeitava Sydney Birdsall, a quem considerava um ami­go. Não desejava piorar a opinião duvidosa que o velho amigo da família tinha a seu respeito.
Inclinando-se sobre a mulher que se encontrava satisfeita e aninhada em sua cama, Nicholas Warring, o quarto conde de Ravenworth, depositou um beijo sobre a nuca desnuda.
— Hora de partir, doçura.
A mulher se espreguiçou e ergueu a cabeça do travesseiro. Os fios negros caíram sedutoramente sobre os mamilos rosados.
— Ainda não, Nick, por favor. É cedo. Pensei que tivéssemos o resto da tarde para nós.
O conde balançou a cabeça em negativa.
— Desculpe, não desta vez — respondeu, brincando com uma mecha dos cabelos espessos. — Meu advogado está vindo de Londres. Deve chegar dentro de uma hora.
Languidamente, ela se virou, revelando os seios fartos e convidativos, embora a atenção do conde começasse a se esvair. Roçou os dedos nos pelos encaracolados do peito de Nick, circundando o mamilo cor de cobre.
— Diga-lhe que está ocupado, e que ele terá de voltar à noite.
Nick deteve a mão que o acariciava, percebendo uma onda de irritação e impaciência substituir o último vestí­gio de desejo. Estava na hora de ela partir; não a queria mais ali.
— Sydney não costuma vir com freqüência. Aparentemente é algo importante. — Dizendo isso, girou-a na cama e deu uma palmada leve na nádega firme. — Seja uma boa menina, Miriam. Vista-se e vá para casa.
Os olhos da viscondessa escureceram, enquanto ela emitia um som de irritação. O descontentamento estava explícito no olhar que lançava a Nick, enquanto reco­lhia as roupas. Vestiu-se com movimentos bruscos, mas deliberadamente lentos. Aos vinte e cinco anos, Miriam Beechcroft, lady Dandridge, era mimada e egoísta. Na maioria das vezes, Nick ignorava seus rompantes e sua infantilidade, mas em ocasiões como aquela questionava-se por quanto tempo seria capaz de suportá-la.
— Não devo retornar por algum tempo — informou
Miriam por sobre o ombro, enquanto ele fechava os botões do vestido de seda cor de vinho.
— Max chegará amanhã ficará em Westover até o final da próxima semana. — Maxwell, o visconde de Dandridge, era o marido idoso de Miriam. O casal residia a maior parte do ano em Westover, uma propriedade rural próxima, ao norte de Ravenworth Hall. Conveniente para ambos, já que Max estava sempre viajando.
Nick exibiu um sorriso zombeteiro.
— Estou certo de que Dandridge está ansioso por vê-la.


Série Clayton
1 - Amor Proibido
2 - Inocência e Pecado
Série Concluída

28 de agosto de 2011

Coração Audaz

Trilogia Coração

Sob o impertinente apelido de atrevida e teimosa,Lindsey Graham lidera uma cruzada em favor da mudança entre a elite londrina, escrevendo a gazeta feminina De Coração para Coração.
Mas o maior desafio de Lindsey começa quando seu irmão Rudy, um célebre libertino, é acusado de uma série de assassinatos de prostitutas.
Sua crença na inocência de Rudy se vê reforçada com a chegada de umas cartas anônimas nas quais se acusa ao visconde Merrick de ser o assassino.
Lindsey inicia sua própria investigação, entrando nos duvidosos interesses dos cavalheiros, numa arriscada aventura que lhe traz um guarda-costas: Thor Draugr.
No começo, Lindsey resiste à proteção do cunhado de seu empregado.
Eles são como água e azeite, mas mal consegue ocultar a atração que sente pelo rude eslavo.
Mas uma tentativa de acabar com sua vida revela não só até onde alguém está disposto a chegar para impedir que interfira nos sórdidos assuntos do visconde, mas também já não pode negar que deseja ter o guerreiro ao seu lado…

Capítulo Um

Londres, Inglaterra, setembro de 1844. 

“O Assassino de Convent Garden ataca de novo" Cresce o temor entre os londrinos.”
Thor leu o artigo na primeira página do London Times sobre os detalhes do segundo e brutal assassinato ocorrido nos últimos seis meses no distrito de Covent Garden.
Ao contrario de seu irmão mais velho, Leif, Thor não gostava de ler. ]Acreditava que o jornal só servia para embalar pescado, mas admitia que era importante saber o que ocorria ao seu redor, então se esforçava em entender aquelas palavras inglesas, um idioma que tinha começado a aprender dois anos atrás.
Antes disso, tinha vivido em uma ilha no norte, em um mundo isolado, cuja existência só era conhecida por um punhado de pessoas.
Com a ajuda de seu mentor, o professor Paxton Hart, tinha aprendido a ler e a escrever, assim como vestir-se e mover-se na sociedade inglesa. Leif e sua esposa também o tinham ajudado, e agora era tudo mais fácil.
Mas apesar disso, Thor gostava de estar ao ar livre, e não de ficar em casa lendo.
-Então foi você quem roubou o meu jornal! -Uma voz feminina e indignada reclamou sua atenção - Eu estive o procurando por toda parte.
-Com as mãos na cintura, Lindsey Graham cruzou o escritório como uma ave de rapina mergulhando sobre sua presa.
Sustentando a prova de sua culpa em uma mão enorme, Thor permanecia de pé na porta da parte de trás de Coração para Coração, a revista para damas da qual eram proprietários a mulher de seu irmão, Krista Hart Draugr, e seu pai - e mentor de Thor-, sir Paxton Hart.
Era quinta-feira, o dia anterior à saída semanal do jornal, e os escritórios ferviam de atividade.
-Não, eu não o roubei – ele disse ao anjo vingador que avançava ameaçadoramente para ele - Eu o peguei emprestado. Queria me informar sobre o assassinato.


Trilogia Coração
1 - Coração Leal
2 - Coração Ardente
3 - Coração Audaz
Trilogia Concluída

27 de agosto de 2011

Coração Ardente

Trilogia Coração
Como filha de um visconde, a vivaz Coralee Whitmore está perfeitamente situada para escrever a respeito da elite de Londres na descarada gazeta para damas Coração a Coração.
Mas sob sua elegante fachada pulsa um coração de uma verdadeira jornalista.
De modo que quando a morte de sua irmã fica descartada como um suicídio, Corrie jura descobrir a verdade, suspeitando que o célebre conde de Tremaine fosse o amante de Laurel e o pai de seu filho ilegítimo.
Corrie se infiltra no castelo Tremaine fingindo ser uma ingênua parente cuja encantadora  figura, e precárias circunstâncias, a faz irresistível para o exímio vagabundo. Mas Corrie descobre que o conde não é o que parece... nem ela é imune a seus encantos, apesar do muito que despreze seu comportamento libertino.
Longe da coluna de sociedade, a vida de Corrie se parece mais a uma novela de Dickens. Mas o perigo de seu ardil dificilmente é fictício: alguém está empenhado em assegurar-se que as perguntas de Corrie fiquem sem resposta... e sem ser formuladas.

Capítulo Um

Londres, Inglaterra. Janeiro 1844
Uma garoa gelada caía sobre o cemitério da igreja. As tumbas se achavam em penumbra e as lápides resultavam ilegíveis entre as sombras dos altos muros de pedra da igreja de St. Michael. Embelezada com um pesado vestido de crepe negro e a cara oculta sob o véu de um chapéu negro de asa larga, Coralee Whitmore permanecia erguida junto a seus pais, os viscondes de Selkirk, escutando as monótonas palavras do bispo, mas sem as ouvir em realidade.
No ataúde, ao lado de um montículo de terra úmida, jazia frio e rígido o corpo de sua irmã, recuperado fazia tão somente uns dias das geladas águas do rio Avon; segundo as autoridades, vítima de um suicídio. Laurel, haviam dito, lançou-se ao rio para escapar da vergonha. 
—Está tremendo. - Um gelado vento agitou o cabelo acobreado do visconde, do mesmo tomígneo que o de Coralee. Era um homem de estatura média, cuja compleição robusta o fazia parecer mais alto.
—O bispo terminou. É hora de voltar para casa.
Corrie cravou o olhar no ataúde, baixou à rosa branca de talo longo que levava na mão coberta com uma luva negra. As lágrimas nublaram a vista quando se moveu para diante, sentia as pernas rígidas e  intumescidas por baixo da pesada saia negra, e a fria brisa de fevereiro agitava o véu do seu chapéu.
Depositou a rosa sobre o ataúde de palisandro
—Não acredito - murmurou à irmã que jamais voltaria a ver. - De jeito nenhum. - Corrie tragou o doloroso nó que tinha na garganta. - Adeus, querida irmãzinha. Vou sentir saudades. - Virando-se, caminhou para seus pais: o pai que ambas compartilhavam e a que era só mãe de Corrie. A mãe de Laurel morrera no parto dela. O visconde voltou a se casar, e Corrie nascera pouco tempo depois. As duas garotas eram meio-irmãs, cresceram juntas e tiveram uma relação muito estreita, ao menos até os últimos anos. Logo, o trabalho de Corrie como editora da coluna de Madeira de algumas árvores tropicais de cor vermelho escura sociedade em de Coração a Coração, uma gazeta para damas londrinas, começou a absorver, cada vez mais, parte de seu tempo. Laurel, que sempre preferira a vida tranquila no campo, vivera com sua tia Agnes no Selkirk Hall, a fazenda familiar no Wiltshire. As duas garotas seguiam em contato por correspondência, mas inclusive no último ano esta escasseara.
"Oxalá pudesse voltar atrás no tempo - pensou Corrie enquanto o nó da garganta se fazia cada vez maior e doloroso. - Oxalá estivesse ali quando necessitou de mim."
Mas esteve muito ocupada com sua vida, muito ocupada assistindo a bailes e veladas2 para
escrever sobre eles em sua coluna. Esteve muito atenta as suas coisas para dar-se conta de que Laurel
tinha problemas. E agora sua irmã estava morta.
—Está bem, Coralee?

Trilogia Coração
1 - Coração Leal
2 - Coração Ardente
3 - Coração Audaz
Trilogia Concluída

21 de agosto de 2011

O Rapto de Velvet

Série Litchfield
Refém ou amante?...

Para salvar a família da ruína, Velvet Moran está disposta a renunciar a seus sonhos românticos e casar-se com o implacável duque de Carlyle.
Mas em vez de esposa de um aristocrata, ela se vê refém de um notório salteador de estradas... e sua resolução de fugir do covil de seu raptor na floresta enfraquece diante da forte atração que ele lhe desperta.
Injustamente acusado de assassinato, Jason Sinclair volta em segredo à Inglaterra para provar sua inocência e impedir que se realize o matrimônio que o impossibilitaria de recuperar o ducado que lhe foi roubado.
Fazendo-se passar por um fora da lei, Jason decide raptar a linda noiva e mantê-la em seu poder pelo tempo que for necessário.
Mas será ele capaz de refrear a paixão que tomou conta de seu coração, e que poderá pôr a vida de ambos em perigo?

Capítulo Um

Inglaterra, 1760

Duquesa! Iria tornar-se duquesa!
O plano desesperado tinha dado certo.
Em frente à janela, Velvet Moran esperou a ornamentada carruagem dourada do duque de Carlyle desaparecer no fim da alameda margeada de alamos.
Com os pensamentos voltados aos momentos passados na companhia do distinto loiro que em breve seria seu marido, ela nem percebeu os passos do avô pelo piso de mármore preto e branco do vestíbulo.
— Ora, minha menina, e não é que você conseguiu? — O conde de Haversham parecia bastante bem a¬quele dia, sem lapsos de memória, em que ainda não esquecera uma só vez onde estava ou o que ia dizendo.
Algo cada vez mais raro na vida do pobrezinho.
— Você salvou Windmere, como havia prometido e nos livrou da ruína.
— Mais duas semanas, e estarei casada. — Apesar da agitação que tinha no peito, Velvet sorriu. — Gostaria muito de que não tivesse de enganar o duque, mas o fato é que seria arriscado demais contar a verdade a ele.
Com fios brancos como neve nas áreas da cabeça onde não estava calvo, tão magro que um pé de vento talvez o carregasse, o velhinho deu uma risadinha marota.
— Ele vai se aborrecer quando souber das dívidas que terá de assumir como seu marido, mas, por outro lado, não podemos nos esquecer de que seu dote é bastante bom. De mais a mais, Carlyle terá a você, a melhor esposa que um homem poderia desejar.
— Vou fazê-lo feliz, vovô. Ele não vai se arrepender de ter casado comigo.
O conde tomou o rosto dela entre as mãos engelhadas para admirá-la por um instante. Miúda e graciosa, com aquele nariz arrebitado, olhos castanhos ligeiramente amendoados e longos cabelos suavemente ondulados da cor do mogno polido, Velvet era uma cópia da mãe havia muito falecida.
— Eu queria muito que você fizesse um casamento por amor, não por conveniência...
— O idoso conde suspirou.— Mas a vida não é fácil e muitas vezes nos obriga a irmos contra nossas mais profundas e sinceras aspirações.
— O duque e eu vamos nos dar bem. — No entanto, bastou-lhe lembrar de Avery Sinclair, do ar de superioridade e dos modos pomposos dele, e essa certeza se esvaiu.
— Há alguma corrente de ar por aqui; por que não vamos nos sentar junto à lareira?
O conde concordou com um aceno de cabeça, e Velvet, segurando-o pelo braço, levou-o em direção à ala dos fundos do casarão, deixando para trás a solene sala de visitas com paredes revestidas de tecido vermelho, reproduções de caleches pintadas no teto e móveis de sólida madeira entalhada.


Série Litchfield
1 - O Rapto de Velvet
2 - Armadilha para um Marquês
Série Concluída

6 de agosto de 2011

Inocência e Pecado

Série Clayton


Londres, 1805

Randall Clayton, o duque de Beldon, tem um motivo secreto para seduzir Caitlin Harmon. Ele está empenhado em encontrar o homem que causou a morte de seu primo, e sua investigação o leva diretamente ao pai de Caitlin, um conhecido professor e arqueólogo...
Caitlin Harmon é uma jovem intelectual e independente, dedicada a ajudar o pai em suas pesquisas e escavações. Ela não tem planos de se casar, nem mesmo de se apaixonar... mas basta dançar uma vez com o atraente duque de Beldon para seu coração ficar perdido para sempre...

Randall e Caitlin se tornaram o principal o assunto de Londres, até que a intriga e a traição os separam.
Agora, Randall tem todos os motivos para se dedicar a uma missão bem mais importante: provar a Caitlin que o amor é o mais precioso de todos os tesouros...

Capítulo Um

Londres, Inglaterra Março de 1805

Foi o som de uma risada envolvente e melódica, sensual e feminina, que mudou a vida dele para sempre.
Parado sob o lustre de cristal no elegante salão de baile dá residência do marquês de Wester, Randall Elliott Clayton, o sétimo duque de Beldon, virou-se à procura do som, não propriamente a risada de uma jovem, mas da convidativa e espontânea jovialidade de uma mulher.
O olhar de Randall percorreu a multidão de homens e mulheres luxuosamente vestidos, sua imaginação procurando uma bela e sensual morena de cílios longos e olhos escuros, embora a lógica lhe dissesse que uma risada tão provocante só poderia pertencer a uma matrona idosa, que não mais era governada pelos ditames da sociedade.
Mais alto do que a maioria dos homens no salão, ele logo a avistou. Ela era mais jovem do que imaginara, talvez não mais de vinte anos, não era morena e exótica, mas exatamente o oposto, com flamejantes cabelos vermelhos e brilhantes olhos verdes. Sua pele não era morena nem pálida, mas brilhava como se ela tivesse passado algum tempo ao sol.
— Vejo que você descobriu a convidada de honra.
Randall virou-se e viu seu melhor amigo, Nicholas Warring, conde de Ravenworth, a seu lado. Com cabelos pretos e pele morena, quase tão alto quanto Randall, Nick era bonito e inteligente, mas dono de uma dureza implícita que mantinha as pessoas distantes.
— Quem é ela? — Randall perguntou, cuidando para que seu tom de voz fosse indiferente, embora estivesse bastante interessado.
— Chama-se Caitlin Harmon. O pai dela é Donovan Harmon, um professor americano de História da Antiguidade e pesquisador de objetos e manuscritos antigos.
Randall tomou um gole de champanhe, observando a moça por sobre a borda da taça. Americana refletiu. No decorrer dos seus trinta e um anos, ele se deitara com um bom número de mulheres americanas. Elas não pareciam ser norteadas pela mesma moral que ditava o comportamento das mulheres inglesas, nem mesmo as que ainda eram solteiras.


Série Clayton
1 - Amor Proibido
2 - Inocência e Pecado
Série Concluída

22 de abril de 2011

Inocência Perdida


Uma irresistível beldade com um passado turbulento...

Um impetuoso lorde com um futuro muito correto...
Um amor há muito ansiado que irá arder por toda a eternidade...

Nem sempre Jessica Fox foi a mulher distinta e elegante que a alta sociedade tanto admira.
Com uma infância pobre, ela perambulou pelas ruas de Londres até ser acolhida pelo idoso marquês de Belmore.
E agora, Jessica desafia o destino com seu ardoroso desejo pelo filho do marquês, o belo e arrogante Matthew Seaton.

Após um longo tempo de ausência, Matthew regressa para casa e vê-se obrigado a confrontar aquela jovem linda e sensual, que ele acredita estar interessada apenas no dinheiro e no título de seu pai.
No entanto, embora a razão o advirta para ser cauteloso, a emoção o instiga a seduzir a bela dama.
Para conquistar o amor dele, Jessica será capaz de qualquer coisa, porém quando o desejo se abrasa e a sombra secreta do seu passado se agiganta, ela arrisca tudo com que sonhou num rompante extremamente perigoso...

Capítulo Um

Inglaterra, 1798

— Fique longe de mim, seu esnobe maldito!
— Sua... Quantas vezes já não lhe avisei? Agora você vai ter o que merece!
— De tanta raiva, Matthew Seaton, recém-alçado ao posto de tenente da Marinha, chegou a trincar os dentes.
Nem bem havia cruzado a soleira da porta de sua propriedade rural, o Solar Seaton, no seu novíssimo e imaculado uniforme de oficial, e lá estava ele com a calça branca à altura dos joelhos toda respingada de lama e a gola do casaco azul-marinho suja do visco de uma maçã meio apodrecida.
E pensar que a pequena desordeira fizera aquilo de propósito!...
Sem perder a altivez, Matthew foi ao encontro dela.
— Estou farto de você, Jessie Fox. Já faz dois anos que venho aturando suas pirraças. Você já me furtou, já me chamou de nomes feios... e agora sujou meu uniforme novo. Mas, pode deixar, vou lhe dar uma boa de uma lição.
— Só se me pegar, seu sapo bobalhão! — A cada passo que ele dava, Jessica se afastava outros dois.
Em imundas calças curtas e camisa rústica em andrajos, com os desgrenhados cabelos loiros enfiados sob um cinzento gorro de lã meio comido pelas traças, mais parecia um moleque do que uma menina de doze anos de idade.
— Sou muito mais rápida e mesmo esperta que você.
Abaixando-se, ela apanhou outra maçã apodrecida caída da árvore ao lado da casa.
E se Matthew não se abaixasse, a fruta iria acertá-lo bem na orelha esquerda.
— Sua encrenqueirazinha, você é o flagelo de Buckler's Haven. Seu fim ainda vai ser a Prisão de Newgate.
— Vá para o quinto dos infernos!
— Após driblá-lo com a habilidade de quem vivia de escapulir das enrascadas em que se metia, ela foi se colocar a alguns metros de distância para continuar a
provocá-lo:
— Você não passa de um presunçoso. Todo asseado, com trajes caros e elegantes... Mas não pense que, por ser um maldito de um lorde, você é o dono do mundo!

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Kingsland
1. Inoncência Perdida
2. Dangerous Passions

8 de março de 2011

Bela E Audaz







Na Inglaterra Medieval, pouco depois da conquista normanda, Caryn padece toda o tipo de infâmias por causa de sua origem saxã.

Por sorte, entre as tropas invasoras há também homens justos, e um deles é Raolf de Gere que, para protegê–la declara falsamente que ela é a sua prometida.

Raolf não imagina que sua piedosa mentira se converterá em um compromisso devido as artimanhas de seus rivais.


Raolf e Caryn se casam, e apesar de suas reticências logo compreenderão que a paixão pode salvá–los dos maiores abismos.

Nota da revisora Maristela: Simplesmente Lindo!
Adorei fazer a revisão, os protagonistas não deixam a desejar em momento algum.
O livro tem de tudo: ação, traição, aventura e muita sensualidade, além de uma linda estória de amor. Vocês vão se divertir muito o lendo.

Capítulo Um

Inglaterra, 1069

A menina deveria ter ficado com medo. Muitos guerreiros saxões tinham fugido apavorados ao verem os trajes de batalha, e, entretanto Ral não percebeu temor algum nos resplandecentes olhos azuis que escrutinavam seu rosto.
Sob seu elmo, observou–a dirigir–se a ele, lhe oferecendo um vistoso buquê de flores com sua pequena mão. S
orriu, sem prestar atenção no sangue ressecado que manchava sua cota de malha nem ao feroz dragão negro que aparecia em seu escudo.
Deveria ter tido medo, e, entretanto se aproximou mais, curiosa embora estranhamente serena, interessada, quase ansiosa, como se tivesse encontrado a um novo amigo.
Ral mudou de posição em sua sela, sentindo–se incômodo ante aquele olhar.
O enorme cavalo dava coices e soprava, de repente aguçou as orelhas e voltou à cabeça para a formosa donzela de cabelo negro que não superava em altura seu enorme cavalo.
Raolfe de Gere jamais tinha visto uma mulher mais bela ou um sorriso mais encantador do que aquele que iluminava o rosto da jovem.
Não parecia ter mais do que dezoito anos, com um corpo amadurecido para oferecer a um homem, e umesplendor nas bochechas que dava a entender que possivelmente agradecesse a companhia masculina.
Entretanto, os sentimentos que despertava nele eram completamente distintos.
O fazia pensar em um lar e um final a todo aquele sangue e luta.
Simplesmente levantou o pequeno ramo em silêncio.
Ral estendeu a mão enluvada e agarrou–o.
Quando seus dedos roçaram os da garota, ela sorriu muito, e ele lhe deu um sorriso cansado. Esperou que ela falasse, sentindo curiosidade em escutar o tom de sua voz e ao mesmo tempo relutante em romper o feitiço criado por sua presença.
Perguntou–se de onde viria e qual seria seu nome.
Onde estaria sua irmã? Caryn de Ivesham fez rodar a grande pedra de granito e procurou entre os carvalhos que tinha a sua direita.
Só tinha ausentado um segundo; Gweneth não podia ter ido muito longe.
Caryn observou o prado e depois o monte situado ao outro extremo.
A túnica azul claro que balançava na brisa só podia ser de Gweneth, mas ao seu lado... Mãe bendita!
Caryn cortou a respiração. O Cavalheiro Negro!
Um dragão negro sobre um campovermelho de sangue.
Raolfe, o Desumano! E ali estava Gweneth, lhe oferecendo um buquê com umapatética inocência.
Sentindo no peito os fortes batimentos de seu coração, agarrou a prega de sua túnica verde escura e correu através do campo.
–Gweneth! –gritou –Gweneth!

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30 de julho de 2010

Armadilha para um Marquês

Série Litchfield


Um Coração de Aço...... Um Toque de Seda...

Desde o momento em que Lucien Montaine, o marquês de Litchfield, encontra aquela jovem suja e maltrapilha, porém com o porte e os modos de uma rainha, escondida em sua carruagem, ele começa a lutar contra o desejo que ela lhe desperta.

Embora cativado pela beleza, inteligência e coragem de Kathryn, ele se recusa a amar uma mulher que tentou enganá-lo...
Quando Kathryn força uma situação para obrigar o marquês a se casar com ela, Lucien fica ainda mais dividido entre o desejo e a decepção.
Além do mais, ela insiste em se dedicar a uma atividade que ele não aprova, por se tratar de algo totalmente inadequado para uma dama.
Será que aquela mulher tão meiga, e ao mesmo tempo tão determinada, conseguirá domar a fúria do marquês?
Ou os encantos de Kathryn servirão apenas para fortalecer a decisão de Lucien de não se expor aos perigos de um coração apaixonado?

Capítulo Um

Silenciosamente, lady Kathryn Grayson escondeu-se em meio às sombras atrás da porta do velho estábulo de paredes de pedra.
Tremia bastante, já que a fina camisola que usava não bastava para protegê-la da friagem do começo da manhã.
Seus pés descalços sofriam ao pisar sobre as farpas que cobriam o chão sujo. Por uma fresta, podia ver um criado franzino e uma luxuosa carruagem preta em frente ao estábulo.
Notou que o veículo estava pronto para partir. Chamou-lhe a atenção o emblema dourado gravado na porta, um símbolo de nobreza: a cabeça de um lobo encimando uma espada prateada.
Dois lacaios conversavam, e o que Kathryn conseguiu ouvir fez seu coração disparar. A carruagem não iria para Londres, mas estava se preparando para voltar ao campo.
Deus meu, ela pensou. Eis que lhe surgia a chance de se afastar da cidade.
Se conseguisse encontrar um lugar para se esconder no bagageiro, poderia escapar.
Sua excitação aumentou, a respiração se tornou mais rápida.
Quanto antes tentasse fugir, melhor. A carruagem era a solução perfeita.
Observou por mais um momento as linhas elegantes do luxuoso veículo, enchendo-se de esperança, rezando para que houvesse algum espaço livre no compartimento de bagagem.
Respirou fundo e se preparou para se movimentar com rapidez, antes que os criados voltassem aos seus lugares.
Quando ouviu a risada dos homens, notou que a atenção deles estava voltada para dois cachorros brigando, então correu para a parte de trás da carruagem, os pés descalços pisando no barro, os cabelos escuros esvoaçando à sua volta.
Subiu na carruagem e conseguiu se ajeitar em meio aos baús e sacolas, tentando acalmar as batidas furiosas de seu coração.
Rezou então para que não fosse colocada ali mais nenhuma bagagem antes da partida.
Segundos se passaram.
Sua pulsação parecia martelar nos ouvidos.
Embora a manhã estivesse fria, gotas de suor porejavam em sua testa e escorriam pelo rosto. Ouviu os homens se aproximar e tomar seus lugares no veículo.
Logo em seguida a carruagem começou a se movimentar. Parou em frente à hospedaria para alguém subir e então o cocheiro chicoteou os cavalos e tomou o caminho da estrada.
Bem escondida no bagageiro, Kathryn respirou aliviada e se permitiu recostar-se na madeira preta laqueada.
Estava terrivelmente cansada. A noite havia sido exaustiva.
Usando apenas a camisola suja, ela correra sem saber para onde ia, depois caminhara por quilômetros, sentindo as pernas doer e os pés sangrar, temendo que os guardas a encontrassem.
Quando avistara a hospedaria, havia feito uma prece de agradecimento e se escondido no estábulo.
O cansaço a fizera adormecer em cima de feno e, por fim, tinha acordado com o barulho de cavalos sendo arreados.
Kathryn soubera no mesmo instante que aquela era a sua chance de escapar.


Série Litchfield
1 - O Rapto de Velvet
2 - Armadilha para um Marquês
Série Concluída

3 de julho de 2010

Discretamente Sedutora

Trilogia do Fogo

Medo de amar

Impulsiva e rebelde, Kitt Wentworth não tinha intenção de obedecer ao pai, nem de se submeter a um marido. Uma traumática experiência do passado fora suficiente para destruir todas as suas ilusões românticas, e ela não pretendia nem mesmo se apaixonar. Contudo, nunca imaginou que pudesse despertar o interesse de um homem como Clay Harcourt... 
Como filho ilegítimo de um duque, Clay não se chocava com pequenos escândalos. Casamento não fazia parte de seus planos, mas a natureza espontânea de Kitt o atraía como uma chama na escuridão, e os mexericos em torno dela o levavam a querer protegê-la. Quando Clay arquitetou uma armadilha para induzi-la a se casar com ele, Kitt não conseguiu deixar de se render à paixão que sentia por aquele homem. No entanto, um terrível segredo do passado a impedia de entregar seu coração ao atraente libertino que lhe despertava os mais ardentes desejos...

Capítulo Um

Londres, Inglaterra 1805

— Desmiolada, eis o que ela é. Rebelde e insolente demais para que algum homem respeitável queira se casar com ela.
Com as sobrancelhas grisalhas erguidas em reprovação, lady Dempsey levou ao nariz seu monóculo cravejado de brilhantes, a fim de examinar a jovem em questão.
— Houve um tempo em que ela era a queridinha das altas-rodas — a mulher continuou. — O pai deve estar terrivelmente desapontado.
— Sem dúvida — concordou lady Sarah, meneando a cabeça. — Pelos rumores que ouvi, é bom que a pobre mãe dela não esteja viva para ver.
Atrás de uma coluna, dentro da mansão do conde de Winston, no bairro nobre de Mayfair, Clayton Harcourt estudou o objeto de escárnio das duas senhoras. Fazia quatro anos que ele conhecia Kassandra Wentworth, ou Kitt, desde que ela fora apresentada ao círculo casamenteiro da sociedade londrina. Agora, às vésperas de completar vinte e um anos, Kitt ficara exposta tempo demais para constituir um atrativo. Seu pai, o visconde Stockton, decidira pôr um fim à incômoda situação.
Clay a analisou como fizera nos últimos meses: com franco interesse masculino. A seu ver, ela era uma incrível mistura de mulher e menina, inocentemente sedutora, com seios exuberantes, grandes olhos verdes e magníficos cabelos acobreados. Quando ria, nada havia de infantil no som, que atestava uma feminilidade vicejante e uma candura confortadora.
Não que Clay lhe revelasse sua admiração. Sempre que se encontravam face a face, os dois eram como água e óleo. Como dissera lady Dempsey, a jovem era teimosa e independente. Precisava de um marido forte que a domasse. Sem planos para casar-se, Clay não seria essa pessoa. — Ela é mesmo especial, não? — A voz do pai de Clay soou ao lado dele, mas seus olhos permaneceram em Kitt.
— De fato, é impulsiva e voluntariosa. Muito ousada para o gosto dos pretendentes.
— Tem razão, filho. Talvez seja por isso que eu gostei dela desde que a conheci.
Clay então olhou para seu pai: Alexander Barclay, sexto duque de Rathmore, o nobre que generosamente cobria seus gastos, e até lhe dedicava afeição, mas que se negava a conceder-lhe a legitimidade do sobrenome.
— O senhor tem um bom olho para a beleza, Vossa Graça.
— Isso e mais — o duque concordou, servindo-se de uma dose de conhaque. — Stockton quer vê-la casada. Acho que já lhe falei.
— Vendo como o senhor e o visconde se entendem nos negócios e como se alinham politicamente na Câmara dos Lordes, creio que gostaria de agradá-lo.
— Refere-se à minha sugestão de cortejá-la? Para o homem certo, Kassandra Wentworth será a esposa perfeita.

Trilogia do Fogo
1 - Coração de Gelo
2 - Discretamente Sedutora
3 - Fogo da Paixão
Trilogia Concluída

2 de julho de 2010

Coração de Gelo

Trilogia do Fogo
Inesperada paixão!

Para fugir de uma vida de pobreza como filha de um arrendatário de terras, Ariel Summers fez um pacto com o diabo: ela se tornaria amante do conde de Greville, em troca de estudos e aulas de etiqueta.
Ariel não previa, entretanto, a morte precoce do conde e a poderosa atração que viria a sentir pelo filho ilegítimo dele, e herdeiro, Justin Ross.
Justin não tinha intenção de exigir pagamento da linda jovem que seu pai tão perversamente planejara arruinar. Mas aquela mulher tentadora lhe despertava um forte fascínio, e ele jurou a si mesmo que a seduziria.
Contudo, Justin se surpreendeu ao descobrir que a apaixonante Ariel lhe provocava emoções que ele acreditava estarem soterradas para sempre. Agora, a desconfiança e a traição ameaçam a frágil felicidade que os dois encontraram, e Justin precisa convencer Ariel de que não é o homem desalmado que ela o julga ser...

Capítulo Um

Surrey, Inglaterra, 1800
Agachada atrás da cerca viva que se estendia ao longo da magnífica Mansão Greville, Ariel Summers observava a carruagem preta desfilando com o brasão do conde reluzindo em dourado. Apoiada no estofado estava lady Barbara Ross, filha do conde, que ria com os amigos como se não se importasse com o resto do mundo.
Ariel imaginou-se em vestidos confeccionados na mais fina das sedas, os matizes variando entre rosa, lavanda e o verde mais iridescente. Fechando os olhos, sonhou usar um vestido dourado, com os cabelos do mesmo tom caindo em cachos perfeitos sobre os ombros desnudos. Nos pés o mais formoso dos sapatos.
Um dia terei a minha própria carruagem, além de um vestido diferente para cada dia pensou suspirando, pois sabia que seu desejo não se realizaria em um futuro próximo.
Quando a carruagem desapareceu, levantou o vestido surrado e correu de volta para casa. Estava atrasada e, àquela hora, seu pai ficaria furioso se soubesse por onde andara. Podia até levar uma surra.
Rezou para que ele estivesse no campo. No entanto, ao levantar a cortina de couro que servia de porta para a cabana em que vivia, Whit Summers a aguardava. Gemeu de dor quando ele pegou seu braço com força, puxando-a para dentro. Ao levantar os olhos, não se surpreendeu com o estrondoso tapa que levou no rosto.
— Eu avisei que não a queria vagando por aí! Pedi que fosse entregar a roupa para consertar e que voltasse para cá o mais rápido possível. Onde estava? Aposto que espionando as damas em suas carruagens, não é? Por que teima em sonhar com algo que nunca poderá ter? É melhor encarar a realidade, menina.Você é e nunca deixará de ser a filha de um lavrador. Agora, vá trabalhar.
Ariel não reclamou e tratou de se afastar rapidamente da fúria do pai. Do lado de fora, respirou fundo e deixou que a brisa fizesse esvoaçar seus cabelos. A face ainda doía pelo tapa, mas sabia que este fora merecido.
Disparou em direção à horta, e o avental subiu com o vento, cobrindo seu rosto de linhas suaves. Abaixou-o, pensando que tudo nela refletia sua teimosia. Por mais que o pai insistisse no contrário, tinha plena convicção de que um dia se tornaria uma lady. Ele, porém, não conseguia vislumbrar outro futuro que não aquele que havia herdado. Era muito diferente dela, que tinha jurado se fazer merecedora de uma vida melhor do que aquela.
Considerava-se dona do próprio destino. Apesar de o pai enegrecer seu caminho, haveria de encontrar uma luz para guiá-la.
Depois de a mãe ter falecido, trabalhava desde a alvorada até o entardecer. Começava o dia varrendo o chão de terra batida da cabana, depois cozinhava o que colhia, cuidava da horta e ajudava o pai nos trigais. Planejava fugir assim que possível daquela rotina extenuante e sem fim. E seus anseios não se limitavam a preces apenas, pois tinha um plano bem elaborado para atingir seu objetivo.
Como fazia uma vez por mês, Edmund Ross, quarto conde de Greville, passava o dia inspecionando seus campos e visitando arrendatários. Aquele dia em especial estava muito quente. O sol parecia uma esfera chamuscante lançando seus raios impiedosos sobre a terra, cozinhando raízes, castigando os campos. Ele preferia cavalgar em vez de seguir em um coche, e a cobertura sombreava sua elegante figura, protegendo-o do calor. Recostado no estofamento de couro, deliciou-se com a brisa que soprava do Norte.

Trilogia do Fogo
1 - Coração de Gelo
2 - Discretamente Sedutora
3 - Fogo da Paixão
Trilogia Concluída

16 de junho de 2010

Coração Leal

Trilogia Coração

Krista Hart, editora de um jornal para damas londrinas, 
ganhou inimigos por escrever sem fazer rodeios.
Quando se encontra com um guerreiro viking preso em uma jaula como se fosse uma atração de feira, exige sua imediata liberação.
Embora diga a si mesma que liberar Leif Draugr é simplesmente o correto, não pode negar a atração que sente por ele, especialmente depois de que seu pai o transforme em um "perfeito" cavalheiro inglês...

Capítulo Um


Inglaterra, 1842
Leif tremia sob a fina manta, quão único possuía para proteger seu corpo quase nu contra o frio. Ainda não era primavera, os caminhos estavam cheios de lodo e inclusive congelados em alguns lugares.
Os débeis raios de sol apareciam esporadicamente entre as nuvens, brilhando durante breves momentos, antes de desaparecer de novo.
O frio vento agitou a manta e Leif a rodeou ainda mais ao corpo.
Não tinha nem ideia de onde estava, só sabia que estava atravessando uma campina salpicada ocasionalmente por pequenas aldeias com atalhos irregulares delimitados por muretas de pedra.
Devia levar nessas terras mais de quatro luas, mas o mais provável era que a essas alturas tivesse perdido a noção do tempo.
A única coisa que sabia com certeza era que seu pequeno navio fora jogado contra as rochas em alguma parte da costa ao norte de onde se encontrava, levando consigo nove de seus companheiros ao fundo do mar e deixando seu corpo maltratado.
Um pastor o resgatara do mar gelado acolhendo-o em sua casa e cuidando-o durante a febre que sofreu. Leif mal se recuperou quando chegaram ao mercado, pagaram ao pastor e o levaram junto.
Queriam-no porque parecia distinto, porque era "diferente" de qualquer um dos homens que povoavam essa terra estranha.
Não falava sua língua, nem compreendia uma palavra do que diziam, o qual parecia diverti-los e aumentar seu valor de algum jeito. Eram pelo menos quinze centímetros mais alto que a maioria deles, e seu corpo era muito mais musculoso.
Embora houvesse alguns homens loiros, como ele, poucos tinham barba e nenhuma era tão longa e povoada como a sua. Levavam o cabelo curto, enquanto que o seu chegava aos ombros.
Leif estava muito fraco e fora incapaz de defender-se quando o colocaram à parte traseira de uma carreta para transladá-lo da cabana do pastor.
Quando sua força começou a ressurgir, os homens que o mantinham cativo começaram a temer, e imobilizaram seus braços e as pernas com pesados grilhões de aço.
Colocaram-no à força em uma jaula que não era o suficientemente grande para um homem de seu tamanho, por isso se via forçado a permanecer agachado sobre a palha do chão como se fosse um animal.
Era prisioneiro em uma terra hostil, consideravam-no uma raridade digna de ser exibida para as pessoas do campo, uma maneira cruel de entretê-los.
Foram vê-lo, sabia.
Um homem gordo com uma cicatriz na cara levava comida para ele e arrecadava moedas das pessoas que se reuniam ao redor de sua jaula.
O homem - que se chamava Snively - o feria e perseguia, tentando tirar para fora um temperamento violento, o que parecia agradar ao povo que pagara para lhe ver.
Leif odiava a esse homem. Odiava a todos.


Trilogia Coração
1 - Coração Leal
2 - Coração Ardente
3 - Coração Audaz
Trilogia Concluída