Série Oeste II
O desejo inflama as suas ardentes paixões.
Riqueza e criação a tinham preparado para ser uma jovem dama, mas seu fascínio suavemente brilhante não conseguia esconder o espírito obstinado que ninguém tinha conquistado.
Que homem algum tentou.
E ele enfrentou a fúria de um gato do inferno.
Mas, Hank Chávez ousou tomar Samantha Blacktone Kingsley pela força.
Com uma paixão que ele não tinha sentido por nenhuma outra mulher, ele despertou em Samina um desejo que ela nunca havia conhecido.
Mas este homem, realmente era Enrique Antonio de Vega y Chávez, impulsionado pela injustiça para a vida de um fora da lei, também queria a terra de seu pai, indevidamente retiradas de sua família.
E seu pai não iria matá-lo. Samantha prometeu matá-lo ela mesma.
Mas ela não poderia matar seu coração.
Apesar de sua arrogância enfurecida, e sua assustadora ousadia, sua vida era dela... seus destinos ligados por um amor que nem sequer o destino poderia destruir.
Capítulo Um
8 de fevereiro de 1870 Denver, Colorado
Samantha deixou de andar pelo quarto ao ver sua imagem no espelho oval que havia sobre a penteadeira.
Estava a uma distância suficiente dele para se ver de corpo inteiro. Seus olhos brilhavam.
Ela não percebeu o quanto provocadora estava com seu elegante traje de tafetá verde escuro com adornos de veludo negro.
Só percebia seu cabelo: tinha passado uma hora arrumando-o e, com a fúria com que andou pelo quarto, via-se agora totalmente desalinhado.
Duas de suas sedosas mechas castanho-avermelhadas caíam até sua cintura fina.
Samantha apertou os dentes e continuou dando passos irados pela grande suíte do hotel que compartilhava com sua amiga, Jeannette Allston. Jeannette não estava ali, mas mesmo que estivesse, Samantha não teria tentado dissimular sua irritação.
Em geral, mantinha seu temperamento sob controle, na frente de sua pequena e loira amiga, mas nesse momento estava muito irritada.
Deteve-se em frente ao espelho oval, com as mãos nos quadris, olhando-se com raiva.
Do espelho, seus grandes olhos de esmeralda lhe devolveram o olhar.
— Vê o que fez, Samantha Blackstone Kingsley? — disse à sua imagem com desprezo — Voltou a permitir que ele se zangasse novamente. Olhe para você! Estupida! — Ela, muitas vezes amaldiçoava em espanhol porque sabia que assim era melhor que em Inglês.
Com rebeldia, voltou a colocar os cachos soltos em seu lugar, sem que, na realidade se importasse com seu aspecto.
De todos os modos, seu chapéu de veludo verde esconderia o penteado.
Iria colocá-lo antes de sair; se é que ela sairia.
Se Adrien chegasse para acompanhá-la ao restaurante. Uma hora atrasado! Uma hora!
Seu estômago rugiu de fome e isso aumentou a fúria da jovem.
Por que havia dito a Jeannette que esperaria seu irmão ali? Teria sido melhor sair junto com sua amiga.
Mas não, Samantha queria uma oportunidade de estar sozinha com Adrien, o que nunca conseguia.
Amava Adrien, o adorava, mas como podia fazê-lo se dar conta disso se nunca podia falar com ele a sós nem um momento? Mas Adrien havia se atrasado.
Sempre chegava tarde e desta vez Samantha estava furiosa com ele.
Havia tido uma oportunidade de ter Adrien somente para ela, mas ele havia arruinado tudo com seu atraso, o que tinha irritado o temperamento da garota.
Quando ele chegasse, se é que chegaria, diria a Adrien Allston o que pensava dele. Que descaramento!
Por que tinha escolhido a ele para namorar?
O sofisticado Adrien. Era bonito... Não, charmoso. Era simplesmente charmoso.
Não tão alto, não tão musculoso, mas de aspecto tão viril... Ele seria seu marido.
Claro que Adrien ainda não sabia, mas Samantha estava segura disso desde o momento em que o havia conhecido, dois anos atrás.
Era o homem que ela precisava e Samantha sempre conseguia o que queria. Desde que havia ido viver com seu pai há dez anos, quando tinha apenas nove anos, sempre conseguia o que queria.
E Samantha queria Adrien, de modo que o conseguiria, de uma maneira ou outra...
Série Oeste II
1 - Anjo de Glória
2 - Coração de Tormenta
Série Concluída
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24 de março de 2012
23 de março de 2012
Anjo de Glória
Série Oeste II
ELE JUROU QUE JAMAIS SE SEPARARIA DELA, MAS UM TERRÍVEL SEGREDO COLOCARIA À PROVA SUA PROMESSA...
Angela, uma formosa e audaz moça, só sonhava em ser amada por Bradford, o rico herdeiro.
O pai de Bradford a tinha enviado para estudar no norte do país, transformando à rústica camponesa em uma jovem dama. Tanto ela tinha mudado que da última vez que a viu Bradford, que quando o azar os voltou a reunir – nos aposentos de um bordel elegante- ele não a reconheceu.
Desde a primeira vez que ela se entregou a ele, Bradford jurou que jamais se separaria de seu anjo... até que cruéis circunstâncias se cruzaram em seu destino e sobreveio a inevitável e dolorosa separação...
Capítulo Um
Angela Sherrington atirou outra lenha para a fogueira.
- Maldição! – Exclamou, enquanto olhava, furiosa, as faíscas que saíam lançadas para o chão.
Se não tivesse sido tão tonta ao desperdiçar os fósforos! Agora via-se obrigada a manter o fogo aceso dia e noite. Desde que se tinham acabado os fósforos na semana anterior, a barraca que Angela chamava de lar tinha-se transformado num inferno.
A moça deu outro olhar de raiva para a fogueira e saiu para o estreito alpendre localizado à frente da barraca que consistia apenas de uma sala. Ansiava por um pouco de brisa, mas fazia mais de quarenta graus de temperatura. Voltou a amaldiçoar-se. Neste duro ano de 1862 os fósforos escasseavam. Devido à guerra, todos os artigos de primeira necessidade eram raros, de maneira que teria que ser mais cuidadosa. O rancho Sherrington, se é que se podia considerar assim, era a cerca de quatrocentos metros do rio Mobile e a meio dia a cavalo a partir de Mobile, ficava a maior cidade do Alabama. Os campos que rodeavam o rancho estavam nus, como também o armazém, com as paredes apodrecidas e o teto arqueado.
Uma vez, tinham pintado a casa, mas agora era preciso esforçar-se para ver os restos da pintura. No alpendre havia duas cadeiras de vime e um baú de madeira que servia de mesa.
De má vontade, Angela regressou ao interior da casa e começou a amassar sobre a mesa da cozinha. O calor estava desgastando suas forças, pois o fogo que ardia atrás dela somava-se ao sol que entrava pelas janelas, à frente dela. Mas também era esgotante a preocupação por seu pai. Tinha ido a Mobile no dia anterior para vender a ultima remessa da sua colheita de milho. Ele devia ter voltado na parte da tarde mas, pela quarta vez na sua vida, Angela tinha passado a noite sozinha. Era triste que as quatro vezes tivessem tido lugar desde o começo da guerra.
Com um profundo suspiro, Angela olhou pela janela partida para os campos avermelhados. Deviam tê-lo arado essa manhã para prepará-los para o cultivo de feijão e de favas. Se tivessem mais do que uma mula, ela própria teria começado a tarefa, mas não era assim, e o seu pai tinha levado a velha Sarah agarrada à carroça. Maldito o seu velho pai! Onde é que estaria?
A moça tinha-se levantado muito antes do amanhecer. A essa hora gostava de limpar a casa, pois era o único momento do dia que não fazia calor. O seu lar não era grande coisa, mas ninguém podia dizer que não estava limpo.
Angela enxugou o suor do rosto. Tentou deixar de se preocupar, mas não conseguiu. As outras vezes que o seu pai não tinha regressado durante a noite, devia-se a estar bêbado demais para chegar à carroça. Agora esperava que apenas estivesse bêbado e que não se tivesse metido em alguma rixa.
Ela sabia cuidar-se sozinha; isso não a preocupava. Mesmo quando o pai estava em casa, frequentemente estava ébrio e estendido na cama. A moça odiava isso, mas não podia fazer nada para que deixasse de beber. William Sherrington era um bêbado.
Por necessidade, Angela havia aprendido a caçar. De outra maneira, poderia ter morrido de fome enquanto esperava que o pai recuperasse a lucidez. Podia matar um coelho em movimento com um só tiro.
Sim, sabia cuidar dela. Mas isso não evitava que se preocupasse sempre que o seu pai se afastava.
Um momento depois, o som de uma carroça que se aproximava animou-a. Já era hora! Agora que a sua inquietação havia passado, a sua fúria veio à superfície. Desta vez, o seu pai teria que a ouvir.
No entanto, não era a velha Sarah quem dobrava a curva junto aos altos cedros. Duas éguas cinzentas puxavam uma carruagem empoeirada e salpicada de lodo, e conduzia-a a pessoa a quem menos queria ver.
Série Oeste II
1 - Anjo de Glória
2 - Coração de Tormenta
Série Concluída
ELE JUROU QUE JAMAIS SE SEPARARIA DELA, MAS UM TERRÍVEL SEGREDO COLOCARIA À PROVA SUA PROMESSA...
Angela, uma formosa e audaz moça, só sonhava em ser amada por Bradford, o rico herdeiro.
O pai de Bradford a tinha enviado para estudar no norte do país, transformando à rústica camponesa em uma jovem dama. Tanto ela tinha mudado que da última vez que a viu Bradford, que quando o azar os voltou a reunir – nos aposentos de um bordel elegante- ele não a reconheceu.
Desde a primeira vez que ela se entregou a ele, Bradford jurou que jamais se separaria de seu anjo... até que cruéis circunstâncias se cruzaram em seu destino e sobreveio a inevitável e dolorosa separação...
Capítulo Um
Angela Sherrington atirou outra lenha para a fogueira.
- Maldição! – Exclamou, enquanto olhava, furiosa, as faíscas que saíam lançadas para o chão.
Se não tivesse sido tão tonta ao desperdiçar os fósforos! Agora via-se obrigada a manter o fogo aceso dia e noite. Desde que se tinham acabado os fósforos na semana anterior, a barraca que Angela chamava de lar tinha-se transformado num inferno.
A moça deu outro olhar de raiva para a fogueira e saiu para o estreito alpendre localizado à frente da barraca que consistia apenas de uma sala. Ansiava por um pouco de brisa, mas fazia mais de quarenta graus de temperatura. Voltou a amaldiçoar-se. Neste duro ano de 1862 os fósforos escasseavam. Devido à guerra, todos os artigos de primeira necessidade eram raros, de maneira que teria que ser mais cuidadosa. O rancho Sherrington, se é que se podia considerar assim, era a cerca de quatrocentos metros do rio Mobile e a meio dia a cavalo a partir de Mobile, ficava a maior cidade do Alabama. Os campos que rodeavam o rancho estavam nus, como também o armazém, com as paredes apodrecidas e o teto arqueado.
Uma vez, tinham pintado a casa, mas agora era preciso esforçar-se para ver os restos da pintura. No alpendre havia duas cadeiras de vime e um baú de madeira que servia de mesa.
De má vontade, Angela regressou ao interior da casa e começou a amassar sobre a mesa da cozinha. O calor estava desgastando suas forças, pois o fogo que ardia atrás dela somava-se ao sol que entrava pelas janelas, à frente dela. Mas também era esgotante a preocupação por seu pai. Tinha ido a Mobile no dia anterior para vender a ultima remessa da sua colheita de milho. Ele devia ter voltado na parte da tarde mas, pela quarta vez na sua vida, Angela tinha passado a noite sozinha. Era triste que as quatro vezes tivessem tido lugar desde o começo da guerra.
Com um profundo suspiro, Angela olhou pela janela partida para os campos avermelhados. Deviam tê-lo arado essa manhã para prepará-los para o cultivo de feijão e de favas. Se tivessem mais do que uma mula, ela própria teria começado a tarefa, mas não era assim, e o seu pai tinha levado a velha Sarah agarrada à carroça. Maldito o seu velho pai! Onde é que estaria?
A moça tinha-se levantado muito antes do amanhecer. A essa hora gostava de limpar a casa, pois era o único momento do dia que não fazia calor. O seu lar não era grande coisa, mas ninguém podia dizer que não estava limpo.
Angela enxugou o suor do rosto. Tentou deixar de se preocupar, mas não conseguiu. As outras vezes que o seu pai não tinha regressado durante a noite, devia-se a estar bêbado demais para chegar à carroça. Agora esperava que apenas estivesse bêbado e que não se tivesse metido em alguma rixa.
Ela sabia cuidar-se sozinha; isso não a preocupava. Mesmo quando o pai estava em casa, frequentemente estava ébrio e estendido na cama. A moça odiava isso, mas não podia fazer nada para que deixasse de beber. William Sherrington era um bêbado.
Por necessidade, Angela havia aprendido a caçar. De outra maneira, poderia ter morrido de fome enquanto esperava que o pai recuperasse a lucidez. Podia matar um coelho em movimento com um só tiro.
Sim, sabia cuidar dela. Mas isso não evitava que se preocupasse sempre que o seu pai se afastava.
Um momento depois, o som de uma carroça que se aproximava animou-a. Já era hora! Agora que a sua inquietação havia passado, a sua fúria veio à superfície. Desta vez, o seu pai teria que a ouvir.
No entanto, não era a velha Sarah quem dobrava a curva junto aos altos cedros. Duas éguas cinzentas puxavam uma carruagem empoeirada e salpicada de lodo, e conduzia-a a pessoa a quem menos queria ver.
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