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21 de maio de 2011

Renegado !


Uma mulher para ser adorada...

Longe da Inglaterra, sozinho há muito tempo, Jonathon Barry fica fascinado no instante em que conhece Jaline, uma mulher linda demais para não se notar.

Seus movimentos graciosos e postura elegante o fascinam antes mesmo de ela fitá-lo com aqueles olhos negros exóticos.

Sua voz é doce macia, melodiosa, enquanto ela relata a Jonathon um acordo sórdido, feito contra a sua vontade:
ela deverá se tornar amante dele, e ele poderá fazer com ela o que quiser...

Jonathon fica dolorosamente dividido, pois, de fato, Jaline lhe pertence por direito. É apenas uma escrava, o prêmio que ele ganhou num antro de jogatina na Constantinopla.
Não demora muito para ele descobrir que Jaline foi muito maltratada por alguém e ele talvez seja sua única esperança.
Apesar do escândalo de seu passado e de ser um homem renegado, Jonathon arriscará qualquer coisa para salvar aquela mulher, e para dar a ela o seu amor... se ela permitir...

Capítulo

Constantinopla, 1762

Jonathon Barry notou um ligeiro tremor nas mãos da moça sentada no outro banco da carruagem.
— Eu a assusto? — perguntou.
Por um instante, ela permaneceu imóvel. Depois, devagar, ergueu o rosto, parcialmente coberto pelos longos cabelos escuros e anelados.
Seu olhar refletia um brilho luminoso, semelhante a uma preciosa pedra de ônix.
— Um pouco — ela respondeu, insegura.
— Com o tempo, se acostumará comigo.
Ela assentiu com um gesto de cabeça e virou o rosto para a janela.
A carruagem seguia vagarosa pelas vielas e becos da cidade.
Jonathon entregou-se aos pensamentos.
Talvez estivesse sendo tolo.
Sua vida já estava complicada, ainda que a guerra já estivesse quase terminada, para ainda arranjar novas preocupações...
Ele notava que Jaline o observava de soslaio e em seguida desviava o olhar.
Ele a desejava muito, e agora ela lhe pertencia...
A escrava branca que ele havia ganhado em um jogo de gamão.
Com as mãos repousadas sobre o colo, Jaline entrelaçou os dedos e declarou:
— Pela manhã dei água aos cavalos e agora terei de partilhar sua cama.
Uma escrava não tem como escolher o seu destino. Estamos indo para o seu navio, sr. Barry?
— Jonathon — ele corrigiu, contrariado, e baixou os olhos para as mãos delicadas de Jaline. Gostaria de tocá-las e sen¬tir-lhes o calor. Mas agora estava apenas preocupado com o que acontecera com ela depois que a deixara, naquela mesma manhã. — O Lornea está no Golden Horn.
— O que aconteceu com o Amadine?
— Graças à sua informação, está navegando na direção de Odessa.
— Então minha informação foi útil? Ele assentiu.

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