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15 de setembro de 2012

Sedutor Dos Mares




Jamie Kerrick era um infame sedutor! 

Se Sarah Abernathy desejasse tornar a ver seu pai, unir forças ao devasso homem do mar parecia sua única escolha. 
Se bem que ela ficou com a impressão de que a busca por seu pai poderia resultar na perda de seu coração... para um aventureiro sem certos princípios. 
O capitão Jamie Kerrick tinha absoluto controle sobre seu navio e tripulação... assim como fazia com todos os aspectos de sua vida, incluindo suas emoções. 
Então, como era possível que a filha inocente de um simples missionário conseguisse tornar seu mundo ordenado um completo caos? 

Capítulo Um 

 Sarah Abernathy jamais estivera num bordel. 
Na verdade, se a situação de sua família fosse menos desesperadora, nem sequer teria sonhado em colocar os pés na Casa das Flores Dançantes. 
Mas seu pai estava desaparecido havia quase três semanas, e a única esperança de encontrá-lo era o homem que, segundo os mexericos, fazia visitas noturnas ao mais notório palácio de prazeres de Macau. Uma vez que James Kerrick, terceiro visconde de Straithe e capitão da escuna Fênix, havia ignorado os urgentes e repetidos pedidos dela para que se apresentasse na Casa de Missão Presbiteriana, não lhe restava escolha senão surpreendê-lo em seu reduto. 
— Você acha mesmo que deve se aventurar a sair vestida desse jeito, Sarah? — perguntou-lhe uma voz suave num tom preocupado. 
— Tenho a impressão de que papai objetaria se estivesse aqui. Amenizando a expressão dura, determinada em seu rosto, ela ergueu a cabeça e dirigiu um sorriso afetuoso à irmã mais nova. 
— Se papai estivesse aqui para objetar, eu não precisaria sair, não é mesmo? 
— Não...acho que não. Não era da natureza de Abigail argumentar ou desafiar a adorada irmã mais velha. Ainda assim, seu senso de decoro levou-a a mais um protesto: 
— Talvez você deva esperar. Tenho certeza de que teremos alguma notícia de papai em breve. Ele já se ausentou dessa maneira antes. Lembra-se daquela ocasião em Punjab, quando subiu pelas trilhas nas mon¬tanhas para encontrar um eremita? 
— Eu me lembro — respondeu Sarah secamente. — E também dos desastres que ocorreram como resultado. 
— Mas Sarah — disse o garotinho sentado ao lado de Abigail. — Não foi por culpa de papai que o poço do vilarejo ficou sujo no dia em que tirou aquele eremita da montanha. 
— É verdade, Charlie. E nem foi por culpa dele que os relâmpagos assustaram o rebanho de vacas sagradas e provocaram o estouro pelos campos naquela mesma tarde. Ainda assim, os habitantes culparam-no por esses desastres. 
O menino de seis anos abriu-lhe um sorriso. 
— Porque nosso pai persuadiu o homem sagrado deles a descer de sua caverna, em vez de deixá-lo nas montanhas para protegê-los com suas preces.
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