Elisabeth Holmes parece uma simples debutante, mas o que ninguém sabe, é que, por trás de sua delicada aparência se esconde um detetive particular que trabalha para as damas da alta sociedade londrina.
Seu último encargo é Edward Sinclair, conde de Carlyle, um homem frio e distante, que como ela, esconde seus segredos nas sombras da noite.
Ambos descobrirão que nenhum é o que realmente aparenta, embora já seja tarde para esconder o desejo que despertam o um no outro.
Capítulo Um
Nada podia comparar-se à excitação que percorria seu corpo, cada vez que deixava para trás, as seguras e luxuosas ruas que rodeavam o turbulento mundo da aristocracia. O chá da tarde, os bailes, noitadas até o amanhecer... Todas elas atividades com certo encanto, embora com altas doses de sóbrio aborrecimento.
Elisabeth Holmes, não, naquela noite ela era outra pessoa, era o senhor Smith, para sermos mais concretos, decidira deslizar-se sozinha através das empedradas ruas enegrecidas pela fumaça das fábricas. A noite estava salpicada de estrelas e a brilhante lua iluminava seu caminho.
Vestida com calças justas e uma larga capa de tosca lã, negra, sua figura se deformava, até fazê-la parecer uma simples pilastra, nos subúrbios de Londres. Subiu o escuro lenço acima do queixo e o rosto ficou suficientemente oculto, para não ser reconhecida.
Na esquina mais próxima a seu objetivo, deteve-se. Permaneceu quieta, escondida entre as sombras. O carro de aluguel lhe aguardava somente a uma rua dali.
Depois de ter desembolsado uma suculenta soma de dinheiro, o cocheiro a esperaria o bastante perto, para fazer uso do veículo se seus planos saíssem mal.
Agora, era questão de ter paciência, somente devia esperar que o homem, de largos ombros e grossos cabelos negros, aparecesse pela porta que ela, tão atentamente estava observando.
As ruas de Londres não eram seguras, mas segurança era a palavra mais aborrecida que Elisabeth possuía em seu vocabulário. Segurança era sinônimo de marido, opressão, e um sem-fim de adjetivos, que acompanhavam a vida de qualquer mulher, o suficientemente estúpida para seguir as regras do jogo, de semelhante sociedade hipócrita. Sentiu a opressão no peito causada pela ansiedade, mas respirou fundo e a jogou para um lado.
Agora, era questão de ter paciência, somente devia esperar que o homem, de largos ombros e grossos cabelos negros, aparecesse pela porta que ela, tão atentamente estava observando.
As ruas de Londres não eram seguras, mas segurança era a palavra mais aborrecida que Elisabeth possuía em seu vocabulário. Segurança era sinônimo de marido, opressão, e um sem-fim de adjetivos, que acompanhavam a vida de qualquer mulher, o suficientemente estúpida para seguir as regras do jogo, de semelhante sociedade hipócrita. Sentiu a opressão no peito causada pela ansiedade, mas respirou fundo e a jogou para um lado.
Por sorte tinha aquilo: a aventura de ser quem era, um detetive com calças justas e capuz negro que se escondia entre as sombras para poder gozar da liberdade, e das emoções vertiginosas que todas essas missões noturnas lhe conferiam.
Uma nuvem de bafo saiu de entre seus lábios, apertou a longa capa contra o corpo magro e soprou dentro das mãos, para esquentar os dedos. Apoiou o ombro nos frios tijolos do edifício a seu lado. De repente pressentiu o perigo. Sua respiração se entrecortou, consciente de que não deveria haver se descuidado tanto.
Uma forte mão lhe apertou a garganta enquanto lhe jogava o pescoço para trás. Um braço rodeou sua cintura, imobilizando-a. Foi estranho não sentir o desejo de gritar, mas não havia necessidade. Não serviria para nada. Sabia quem era seu captor.
— Elisabeth, — escutou ele sussurrar seu nome.
Fechou os olhos enquanto o coração lhe galopava, desesperadamente, no peito. O poderoso braço masculino a estreitou, até ficar, totalmente, esmagada contra seu duro peito.
Respirou fundo ao ver que seus sentidos despertavam. Traidores calafrios a percorriam de cima abaixo. Não podia concentrar-se em escapar, pois sentia a pressão de seu largo torso nas costas, e seu embriagador aroma lhe embotava os sentidos.
— Edward, — gemeu ao mesmo tempo em que a mão masculina se movia sobre seu ventre.
Edward Sinclair, aquele homem misterioso com um rictus imperturbável e permanente em seu rosto, a fez saber, mais uma vez, que ela não detinha o poder de dominar a situação.
— Senhorita Holmes, — repetiu mais sensualmente desta vez. — O que faz uma pomba como você, fora de seu ninho, a estas horas?
Ela não respondeu, mas escutou as palavras se derramarem em seu ouvido, como se quisesse seduzi-la com isso.
Oh, deuses!
Uma nuvem de bafo saiu de entre seus lábios, apertou a longa capa contra o corpo magro e soprou dentro das mãos, para esquentar os dedos. Apoiou o ombro nos frios tijolos do edifício a seu lado. De repente pressentiu o perigo. Sua respiração se entrecortou, consciente de que não deveria haver se descuidado tanto.
Uma forte mão lhe apertou a garganta enquanto lhe jogava o pescoço para trás. Um braço rodeou sua cintura, imobilizando-a. Foi estranho não sentir o desejo de gritar, mas não havia necessidade. Não serviria para nada. Sabia quem era seu captor.
— Elisabeth, — escutou ele sussurrar seu nome.
Fechou os olhos enquanto o coração lhe galopava, desesperadamente, no peito. O poderoso braço masculino a estreitou, até ficar, totalmente, esmagada contra seu duro peito.
Respirou fundo ao ver que seus sentidos despertavam. Traidores calafrios a percorriam de cima abaixo. Não podia concentrar-se em escapar, pois sentia a pressão de seu largo torso nas costas, e seu embriagador aroma lhe embotava os sentidos.
— Edward, — gemeu ao mesmo tempo em que a mão masculina se movia sobre seu ventre.
Edward Sinclair, aquele homem misterioso com um rictus imperturbável e permanente em seu rosto, a fez saber, mais uma vez, que ela não detinha o poder de dominar a situação.
— Senhorita Holmes, — repetiu mais sensualmente desta vez. — O que faz uma pomba como você, fora de seu ninho, a estas horas?
Ela não respondeu, mas escutou as palavras se derramarem em seu ouvido, como se quisesse seduzi-la com isso.
Oh, deuses!