Um crime notório
Uma duquesa aguardando julgamento pelo assassinato de seu marido é a fofoca mais deliciosa que a sociedade ouviu em anos. Mas para Kate Townsende, a mulher em questão, poderia ser uma questão de vida ou morte. Quando um nobre astuto e bonito se oferece para publicar seu lado da história enquanto organiza para um advogado pegar seu caso, ela é tentada por muito mais que a chance de se defender…
Um desejo chocante
James Bancroft, visconde de Medford, diz a si mesmo que só está interessado em um panfleto de best-seller, mas a determinação teimosa de Kate é cativante. Poderia a viúva acusada dizer a verdade? No início, James não tem certeza de nada além de seu crescente desejo por ela, mas em pouco tempo ele está disposto a arriscar muito mais do que sua reputação para tornar essa beleza infame em sua esposa…
Capítulo Um
A Torre de Londres, dezembro de 1816
A grande porta de metal da cela se abriu e Kate fechou os olhos. Ela deu um passo à frente, convocada de uma cela fria e úmida para outra. Ela tinha uma visita. Sua primeira desde que ela foi levada para a prisão.
Ela abriu os olhos. A dura luz do inverno penetrava pela única janela da antecâmara. O guarda da torre tinha uma expressão vazia no rosto. Ele e os outros guardas sempre lhe davam o benefício do respeito devido ao seu título. Se eles gostassem ou não.
O guarda se afastou, revelando o outro ocupante da sala. Interessante. Seu visitante era um homem. Ela estreitou os olhos para ele. Quem era ele e o que ele queria com ela? Ele ficou de costas para ela. Ele era alto, isso ela podia discernir. Alto e envolto em sombras.
O cheiro de mofo e decadência, abundante na Torre, fez seu estômago apertar. O implacável vento do inverno açoitava a pedra, levantando arrepios em seus braços. Ela estremeceu e agarrou o xale com mais força ao redor dos ombros.
— Você tem dez minutos e nem um minuto a mais. — Anunciou o carcereiro antes de abrir a porta e fechá-la atrás dele enquanto saía. O barulho alto e o subsequente clique selaram Kate e o estranho na pequena sala juntos. Ela deu um passo para trás. Uma pequena mesa bamba descansava entre eles. Ela estava feliz por esse pouco de separação, pelo menos. Quem quer que fosse o homem, as suas roupas marcavam-no como um cavalheiro. Ele deveria se comportar como um.
O homem alto se virou para cumprimentá-la. Ele tirou o chapéu, mas ela ainda não conseguia distinguir o rosto dele. Ele usava um sobretudo de lã cinza escuro de considerável despesa. Um feixe perdido de luz solar flutuava através do ar sujo, deixado pela pequena janela aninhada na parede de pedra em frente a eles.
Ele executou uma reverência perfeita. — Sua Graça?
Kate se encolheu. Oh, como ela detestava esse título.
— Curvando-se para um prisioneiro? — Ela perguntou em uma voz contida com um pouco de ironia.
— Você não é um cavalheiro?
Ele sorriu e um conjunto de dentes perfeitamente brancos brilhou na escuridão.
— Você ainda é uma duquesa, Sua Graça.
Ela empurrou o capuz da cabeça e deu um passo hesitante para a frente. Os olhos do estranho queimaram por um momento e ele respirou fundo.
O estômago de Kate se apertou. Sem dúvida, ela parecia um susto. Ela não tomava banho há dias e só podia imaginar seu próprio cheiro. Seu cabelo, normalmente empilhado sobre a cabeça, era uma massa de cachos ruivos ao redor dos ombros. Ela podia estar suja e em apuros, mas ela não estava quebrada. Se recusou a deixar o estranho ver que sua reação a afetou. Levantou o queixo e olhou para ele cautelosamente.
Ele se adiantou então, para a luz, e Kate estreitou os olhos no rosto, avaliando rapidamente cada detalhe. Ela não o conhecia. Mas quem quer que fosse, o homem era bonito. Devastadoramente. Talvez em seus trinta e poucos anos, ele tinha cabelos castanhos escuros, um nariz perfeitamente reto, uma mandíbula quadrada. Mas seus olhos eram o que realmente cativava. Cor acastanhada, quase verde, avaliando, conhecendo, olhos inteligentes. Eles roubaram sua respiração. Seu olhar se moveu para baixo, onde o mais leve indício de um sorriso repousava em lábios masculinos habilmente moldados.
— Você sabe quem eu sou? — Sua voz estilhaçou o frio calmo como um martelo batendo no gelo.
Ela o olhou com um olhar firme. — Você é um advogado? Veio por minha defesa?
O homem franziu a testa. — Você ainda não teve acesso a um advogado?
Ela endireitou os ombros. — Eu estive esperando.
Os olhos cativantes do desconhecido olhavam para ela com calma. — Pelo que entendi, você está presa há semanas. Acho difícil acreditar que uma senhora da sua estirpe ainda não tenha encontrado um advogado.
Ela ergueu o queixo. — Seja como for, eu não tenho.
— Eu sinto muito em desapontá-la, Sua Graça, mas não, eu não sou um advogado.
— Não é um advogado? Então quem é você e por que veio me visitar? Por favor, não me diga que é apenas para ver o espetáculo de uma duquesa acusada de assassinato.
Seu olhar permaneceu fixo em seu rosto, seus olhos ainda avaliando, cautelosos. — Estou aqui para ajudá-la, Sua Graça.
— Me ajudar? — Ela zombou, dando um passo à frente para ver mais de perto o homem. — Duvido disso. Ajude-se talvez. Diga-me, por quanto você subornou o carcereiro para que você visse a duquesa infame que atirou em seu marido?
Série Noivas Secretas
1- Segredos de uma Noite de Nupcias
1.5- Uma Proposta Secreta
2- Segredos de uma Noiva Fugitiva
2.5- Um Caso Secreto
3- Segredos de um casamento escandaloso
3.5- Aconteceu sob o Visco
Série concluída
1- Segredos de uma Noite de Nupcias
1.5- Uma Proposta Secreta
2- Segredos de uma Noiva Fugitiva
2.5- Um Caso Secreto
3- Segredos de um casamento escandaloso
3.5- Aconteceu sob o Visco
Série concluída