Depois de ler um panfleto escandaloso intitulado «Segredos de uma Noite de Núpcias», a Srta. Amélia Templeton desistiu de seu noivado.
Mas sua mãe está decidida a ver a filha casada antes do final da temporada. Amélia cumprirá seu dever. Desta vez, ela tem uma lista dos homens mais velhos e mais titulados na cidade que estão procurando por uma esposa.
Ela vai se casar com um deles. Mas antes precisa superar o medo de uma noite de núpcias. Ela pede a ajuda do Sr. Thaddeus Hammond, um mero senhor que está cheio de escândalos, mas pior, era o melhor amigo de seu irmão falecido. Thad nunca contou a história do que aconteceu na noite em que o irmão de Amélia morreu, mas ele a fez uma promessa. Então ela faz a ele uma proposta escandalosa: passar a noite com ela para mostrar os verdadeiros segredos de uma noite de núpcias.
Capítulo Um
Londres, junho de 1816
Amélia Templeton apoiou a mão no queixo e bateu o bico da pena no papel que estava na mesa à sua frente. Ela passou a manhã inteira preparando a lista que agora estava olhando para ela como um desafio. Mas Amélia ficou satisfeita com o resultado. Três nomes. (Bem, quatro, mas o quarto não contava de verdade.) Nomes dos três homens que ela estava mirando para… casar. E desta vez, desta vez, ela não falharia. Mamãe queria um título na família e Amélia ‒ sempre obediente, sempre adequada ‒ pretendia entregar. Com esses três nomes, ela não poderia falhar. Esfregou um dedo na lista, borrando a tinta um pouco.
Número um, o Duque de Stanford.
Número dois, o Marquês de Bartholomew.
E o número três, o Conde de Highland.
Os quais eram extremamente qualificados, extremamente titulados e ‒ o mais importante ‒ excessivamente p-o-b-r-e-s. O que os tornava o trio perfeito. Papai tinha dinheiro para dar, afinal. Amélia estava sentada em cima de um dote indecentemente grande. Um que, com certeza, atrairia esses cavalheiros. Qual deles não importava. Amélia deixou seu olhar deslizar para o quarto nome da lista. Ele apertou seu coração. Trouxe a sua mente lembranças. Recordações...
— Você já terminou sua tarefa? — Amélia pulou quando a mãe entrou na sala de visitas, as saias se enrugando. Ela arqueou uma sobrancelha julgadora para sua única filha.
A mãe nunca deixava de assustá-la. Ela ficou na frente dela, batendo o pé no chão de mármore e olhando para Amélia com os braços cruzados. A mulher sempre cheirava a amido. O cheiro queimava o nariz de Amélia. Com o coração firmemente preso em sua garganta, Amélia rapidamente arrancou o quarto nome do final da lista. Não deixaria sua mãe ver esse nome. De modo algum. Amélia enfiou o pedaço de papel no bolso do vestido da manhã. Então rapidamente se levantou e correu para encarar a mãe.
— Sim, mamãe. — Amélia assentiu, engolindo em seco. — Eu acabei de terminar.
Os olhos de falcão da mãe descansavam no papel. — Deixe-me ver. — Ela estendeu a mão e permitiu que Amélia pressionasse o papel nela. A mãe virou o papel. Seu olhar examinou a página. Uma sobrancelha cinza-loira ainda arqueada.
— O Conde de Highland. — Ela entoou. — Certamente uma escolha boa e decente. Suas conexões são impecáveis.
E ele tem quase sessenta anos. Mas Amélia soltou um suspiro de alívio. Graças a Deus, a mãe aprovou. O Conde era o título de menor prestígio da lista e Amélia estava com medo de que a mãe o rejeitasse. Amélia havia perdido um Marquês, afinal. Um pequeno Conde o substituiria? Aparentemente sim, então.
Sua mãe lhe deu um olhar severo.
— Pare de torcer as mãos. — Ela ordenou, antes de voltar sua atenção para a lista. — O Marquês de Bartholomew. — Um sorriso lento se espalhou pelo rosto da mãe. — Excelente. Se você o conquistar, o Marquês de Colton vai lamentar o dia em que a deixou ir. Seu rosto cuidadosamente em branco, Amélia assentiu.
— Sim, mamãe. — Ela odiava quando a mãe lembrava do Marquês de Colton. Mas depois do que Amélia fez ‒ chorar para não noivar com um dos nobres mais elegíveis de Londres ‒ ela teve sorte de que a mãe ainda estivesse falando com ela. Algumas menções de Lorde Colton seriam tomadas com cuidado. O Marquês de Bartholomew também era muito mais velho que Amélia, mas não importava. O que ser jovem e atraente tem a ver com o negócio do casamento, afinal? Bem, pelo menos para os homens… injusto, injusto, injusto. Mas típico, típico, típico.
Os olhos da mãe viram o último nome da lista. Ela respirou fundo.
— O Duque de Stanford? — Sua voz quase pingou de antecipação. Mamãe estava salivando? Amélia poderia jurar que viu um pouco de saliva nas laterais da boca da mãe.
— O Duque… — Mamãe repetiu, seus olhos se arregalando. Ela olhou para fora ‒ não vendo ‒ pela janela para os jardins.
— Você poderia ser a Duquesa de Stanford…
O ruim desse livro é que ele é curto. Uma história boa, que poderia ter sido melhor se fosse desenvolvida aos poucos. A impressão que tive em algumas partes é que o livro estava muito corrido.
ResponderExcluirFalando da história em si, gostei demais do casal principal e do enredo (mereciam mesmo ter mais páginas, mais diálogos). Sempre bom ver uma mocinha que toma as rédeas das coisas e um mocinho fofo. :)