Mostrando postagens com marcador Shelley Bradley. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Shelley Bradley. Mostrar todas as postagens

13 de dezembro de 2010

Querido Inimigo



Doce rendição...

A revolta por ter sido condenado pela morte da esposa gerou em Dominic um profundo desejo de vingança.
Ele não descansaria enquanto não punisse o homem que destruíra sua vida, e a melhor maneira de alcançar seu intento seria tomar para si um precioso bem do duque de Dalmont: a virtude de sua noiva.
Mas depois de raptar a encantadora Victoria Tarrent, a sede de vingança deu lugar ao tormento do desejo...
Victoria se negava a crer que seu noivo fosse capaz de cometer os atos desprezíveis dos quais Dominic o acusava.
Afinal, quem se tornara conhecido em Londres por sua crueldade? E quem a mantinha em cativeiro num chalé isolado? Ainda assim, o comportamento de Dominic a intrigava, e sua proximidade despertava nela uma intensa atração... E se a chance de escapar era mínima, a de se apaixonar era imensa...

Capítulo Um

Londres, Março de 1751
Com o coração na mão, Victoria aceitou a ajuda que o pai lhe oferecia e desceu do coche. O vento fresco fez com que algumas mechas de seus cabelos castanhos se erguessem e caíssem em suas faces rosadas.
A casa enorme, toda branca, que se erguia diante de seus olhos, era imponente.
Ela observou as flores bem cuidadas do jardim que antecedia os degraus da entrada, notando-as muito suaves e delicadas.
Estaria casada no dia seguinte, imaginou de repente. E seus olhos ergueram-se, involuntariamente, para seu pai. Os dele, muito azuis, brilhavam.
— Você será uma belíssima noiva — ouviu-o dizer com satisfação.
— Isso porque o senhor e mamãe me ensinaram como deve ser o verdadeiro amor — respondeu Victoria.
Com um breve sorriso e tapinhas de encorajamento nas costas da mão da filha, sir Tarrent encaminhou-se com ela até a casa do noivo, o duque de Dalmont.
Victoria tinha sorte por seus pais quererem que se casasse por amor.
E, mesmo tendo visto o duque por apenas três vezes, não via motivos para que não se apaixonassem.
Ele era, pelo menos até o dia seguinte, um dos solteiros mais cobiçados da capital. E apreciava a arte, a paixão de Victoria.
Além de tudo, era bonito. Como se os pensamentos dela o tivessem chamado, Dalmont apareceu à porta. Victoria admirou-lhe o porte atlético, elegante, e prendeu um suspiro.
— Olá, Montgomery! — Dalmont saudou, passando a mão pelos cabelos claros e sorrindo para os recém-chegados. — É um prazer revê-lo!
Sir Tarrent sorriu ao responder, bem como Victoria, cuja ansiedade estava tirando-lhe o ar.
— O prazer é todo meu — sir Tarrent garantiu.
—Lady Victoria—Dalmont tomou-lhe a mão direita e levou-a aos lábios — está, como sempre, encantadora. Terei de contratar um poeta para escolher as palavras mais certas para descrevê-la.
Ela sorriu e enrubesceu. Imaginou-se tola, mas adorava os elogios que Dalmont sabia fazer tão bem.
Não seria nada difícil acostumar-se a eles.
Seus olhos voltaram a admirar seu futuro marido, e encantaram-se. Dalmont era a imagem viva da beleza e da perfeição da aristocracia.
Elegante, bem vestido, bem-falante e culto. Alto, de cabelos quase loiros e olhos penetrantes.
O que mais uma moça poderia desejar no mundo? Alegre e galante ao extremo, Dalmont era o marido com o qual Victoria sempre sonhara.
No dia seguinte, estariam começando uma vida nova, juntos, na qual partilhariam afeto, alegrias e amor. Nada poderia impedi-la de encontrar a verdadeira felicidade nos braços dele. Nada.


25 de agosto de 2010

Tarde Demais Para Esquecer

Shelley Bradley











Inglaterra, 1490
Dias de batalha, noites de paixão!

Guerreiro altivo e destemido, Kieran Broderick tem sangue irlandês, mas é leal à Coroa Britânica.
Por isso, quando o rei inglês decreta que ele se case com uma irlandesa para aplacar uma rebelião, Kieran concorda, embora com relutância.

Recém-nomeado conde de Kildare, Kieran viaja para o Castelo de Langmore, a fortaleza dos implacáveis O’Shea, a fim de escolher sua noiva.
No entanto, ao se decidir pela linda Maeve, que parece ser também dócil e submissa, Kieran se confronta com a mais difícil batalha de sua vida.
Maeve é tudo, menos dócil e submissa, e se recusa a partilhar com ele o leito nupcial. Mas Kieran está determinado a conquistá-la, mesmo sabendo que, para isso, terá de transpor a sólida muralha que protege o coração de sua noiva rebelde…

Sheen Palace, Londres, Meados de janeiro de 1490

Ao raiar da madrugada sobre o Tâmisa, finalmente Kieran se aninhou na cama, buscando o necessário repouso, após uma magnífica noite de prazer.
Espreguiçou-se e virou de barriga para baixo, ajeitando-se no travesseiro. Não foi por muito tempo. Pesados passos próximos à porta e o ruído de alguém invadindo o quarto interromperam o seu conforto.
Kieran pegou o punhal do chão e sentou-se.
Com a loira sobrancelha arcada em indagação, Aric o saudou.
— Pretende me apunhalar?
—Que tal bater antes de entrar? — reclamou Kieran, esfregando os olhos.
— Ainda deitado, com o dia claro?
Irritado, Kieran indicou as venezianas meio fechadas.
— O sol mal apareceu. O que há?
— Esta janela dá face para o oeste. O sol ergueu-se no leste há mais de duas horas, e eu também.
Suspirando, Kieran encarou o amigo de quase vinte anos. Aric, por ser mais velho, julgava-se mais sabido e com direitos sobre os amigos mais novos.
— O objetivo da minha vida não é erguer-me junto com o sol; quero apenas descansar. Se tivesse passado a noite que passei…
— Com uma mulher ardente como Gwenyth, o que o faz pensar que minhas noites possam ser calmas? — Aric indagou como que o desafiando.
Kieran o repreendeu.
— Ela terá um filho dentro de um mês.
Uma gargalhada do fundo do peito mostrava que Aric se divertia.
— Isso não quer dizer que Gwenyth esteja morta…
— Mas em estado interessante…
— Desde quando ela é tão frágil?
— Certo. — Gwenyth sempre fora cheia de fogo, da língua afiada à bravura. — Mas ela perdeu o último o bebê.
— Não perderá esse — respondeu Aric, como se fosse uma jura. — A criança cresce forte e firme.
Sabendo que o assunto perturbava Aric, Kieran perguntou:
— Quais as novidades de Guilford? Recuperou-se da febre?
— Sim, Drake e Averyl chegaram há duas semanas e contaram que, na véspera da partida deles, Guilford parecia estar se recuperando, graças a Deus.
— Mas isso é mesmo uma boa notícia.
— Drake contou que Averyl espera outro bebê para o verão.
— Mais festa!
Kieran gostava muito de Averyl. O coração bondoso da jovem muito ajudava o amigo Drake. As duas crianças davam grande alegria ao escocês; e agora, chegaria uma terceira!
A felicidade de Aric e Drake o alegrava sobremaneira. Também o alegravam todas as crianças em quem pudesse fazer cócegas e provocar. O mais velho de Drake, Lochlan, um menino de três anos, estava cada dia mais ousado. A menina, Nessa, começara a andar no início do outono. Com a ajuda do Senhor, Aric e Gwenyth também acrescentariam uma criança à família que Guilford mantinha unida com sua enérgica afeição.
Kieran não poderia estar mais feliz pelos amigos. Haviam vencido contendas políticas, acusações falsas e muita angústia, mas agora tinham amor. Entretanto, ele não tinha a menor intenção de seguir o exemplo. Amor e casamento não valiam tanto aborrecimento e trabalho.
No dia seguinte partiria para a Espanha, em suas viagens lucrativas de mercenário. Hoje aproveitaria o conforto que os castelos e as senhoras ofereciam-lhe.