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13 de maio de 2013

A Rainha e a Donzela




A jovem Rose, criada de milady Elaine, é igual ou mais bela que sua senhora. 

Atrai olhares de muitos, e, inclusive os vis desejos de alguns. 
Sua senhora, Elaine, forçada por seu pai a contrair matrimônio com um homem feio e de idade avançada, quer a todo custo escapar de seu destino. 
Quando Thomas, o ferreiro, viola Rose, e o povo inteiro parece culpá-la deste fato, as duas mulheres decidem precipitadamente embarcar em uma das maiores aventuras de sua vida: 
Unirem-se a grande cruzada do rei Ricardo Coração de Leão. 
Como membros do séquito de Joana, a irmã do rei, Elaine e Rose se sentem seguras.
Rose inclusive se apaixona por um dos cavalheiros do monarca, o bonito John, que imediatamente fica encantado com a beleza da jovem. 
Mas um dia, Rose descobre Thomas entre os homens do rei e começa a temer por sua vida. 
Aterrorizada, tenta evitá-lo, mas é impossível. Quando o encontro acontece, é John que vai resgatar a jovem. 

Comentário revisora Isis: Gostei da história.Há partes nela em que se fica um pouco confusa, como lembrou a Deny, porque a ação passa de uma a outra personagem. Tem partes violentas...rsrsrsrs...mas como anda comentando a chefa.rsrsrsrsrs..calma: a violência não é praticada pelo mocinho da trama! As duas personagens são mulheres fortes, com ideais,tentando seguir seu caminho num mundo de homens!

Capítulo Um 

 —Rose? Onde está, Rose? Rose? 
 Como se fosse um acordo entre as pessoas, os ruídos e a confusão de vozes na praça do mercado, da pequena cidade do condado do Yorkshire, emudeceram durante uns instantes, e a voz da jovem se elevou, clara e sonora no ar gélido.
Então, com uma exalação, um casal de melros levantaram voo de um espinheiro sem folhas e revoaram chiando por cima da era. 
As conversas reataram, os comerciantes vendendo suas mercadorias, ressonantes golpes de martelo apagados e metálicos, as vacas amarradas mugiram e de seus focinhos brotava um vapor quente. 
A vida, que durante um momento parecia ter parado, temerosa, prosseguiu. 
 Rose se voltou, procurando com o olhar, quem a chamava, mas só viu os ramos negros —ainda agitados pelo peso das aves— de onde penduravam os últimos bagos vermelhos, como gotas de sangue. 
Sentiu uma batida de asas no coração e, durante um segundo, teve a sensação de que ocorreria uma desgraça. 
Mas as palavras do orador, que nesse instante retomava a palavra depois de uma pausa, voltaram a fasciná-la. Reuniu-se junto a outros, em torno de um homem sábio em cima de um tonel, que o utilizava como pódio para dirigir-se à multidão. 
Falava do pecado, e da condenação eterna que ameaçava todos os humanos. 
—Mas há um caminho! Sua voz aumentou de volume e atravessou o ar cinza, carregado da fumaça das lareiras de lenha que ardiam nas choças; elevou-se e retumbou, adotando um tom que insinuava conhecimento e a sabedoria, uma luz resplandecente e algo que ao mesmo tempo tocava o espírito, amedrontando-o e também anunciando a sorte. 
—Há um caminho que conduz a Deus e sua misericórdia. Há um caminho que a luz nos guiará e que nos libertará de toda fatiga, para alcançarmos o paraíso. Encontrá-lo está em suas mãos. 
Rose escutava, concentrada, como de costume. Era uma criada que levava um singelo vestido de lã, com um pano rodeando os ombros, para proteger do frio, e tamancos que cobriam os sapatos excessivamente débeis. 
Tinha pouco mais de quatorze anos, mas seu rosto em forma de coração, sempre estava sério, como se soubesse que a vida não era fácil. 
A cor verde de seus olhos se confundia com o castanho, o vermelho de seus cabelos não ardiam, em sua opinião, permaneciam crespos e curiosamente pálidos. 
Não sabia que era bonita. Ninguém havia dito ainda que as pupilas de seus olhos brilhassem como o âmbar e que seus cachos resplandeciam como o cobre. 
Rose tampouco esperava que ninguém lhe dissesse ou pensasse semelhante coisa. 
Só conhecia os gritos grosseiros que os moços da lavoura dedicavam a ela, pois já tinha o corpo amadurecido, curvilíneo e opulento, com os braços suaves e curvas que se pronunciavam de forma tão feminina em direção à pélvis, que em alguns despertava certas fantasias. 
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