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28 de outubro de 2010

Renda-se, Meu Amor

Trilogia Vikings
Em plena Idade Média, os povos germanos viviam em contínuo estado de guerra. Lorde Selig Haardrad, um guerreiro viking de incrível valentia e beleza, é ferido e dado por morto durante uma batalha com os saxões.
Depois de ser resgatado por uma ladra de cadáveres que lhe dispensa os primeiros cuidados, o exército dos lordes do Gronwood toma como prisioneiro.  Já na fortaleza, e sem ter recuperado de todo a consciência, é interrogado por Lady Erika, uma jovem de deliciosa beleza e cabelos de cor mel que o confunde com um espião saxão.
Sem piedade ante o presumido inimigo, depois de um interrogatório no qual Selig responde absurda e provocativamente por causa dos delírios que lhe provoca a febre, Erika ordena que o açoitem. Nas masmorras, preso por correntes, o guerreiro viking se consome de febre e dor. Só à idéia da vingança o reconforta. A dureza da Erika poderia ter conseqüências inimagináveis, pois o ódio, mas também o amor e a paixão enredarão a ambos em um jogo tão emocionante como extremamente perigoso.

Capítulo Um

Wessex, 879

Entrou no salão de Wyndhurst e todas as mulheres pressentes deixaram o que estavam fazendo para segui-lo com o olhar habitual. Acontecia cada vez que estava ante as mulheres; no lar, ou em qualquer outro lugar, não podiam evitar olhá-lo. Aqui no Wyndhurst não importava que fosse viking enquanto elas eram saxãs e tampouco que ambos os grupos só se mesclassem através de um derramamento de sangue. No ano anterior, os homens dessas mesmas mulheres tinham concluído outra guerra com os vikings dinamarqueses do norte.
Entretanto, não era o temor o que as enfeitiçava, embora este viking pudesse ser temível, pois era um grande guerreiro. Não era sua altura impressionante, maior até que a do amo da casa, lorde Royce, que era muito alto. O que acontecia era que não tinham visto jamais a um homem tão belo como Selig Haardrad.
Não se tratava só que tivesse um corpo que os deuses nórdicos invejariam, mas, além disso, era dono de um rosto digno dos anjos: olhos que podiam ser escuros como uma tormenta do verão ou luminosos como a prata polida, maçãs do rosto altos que emolduravam um nariz perfeito, sobrancelhas de arco sutil e tão negras como a cabeleira esplêndida e brilhante. Também tinha uns lábios tão sensuais que qualquer mulher que os via desejava saboreá-los.
Talvez, nos seis anos transcorridos desde que apareceu com seus vikings do norte para atacar o país destas mulheres, e de que quase morrera na tentativa, deveriam ter-se acostumado, mas não acontecia assim. Nenhuma se salvava, nem a velha Eda que trabalhava na zona da cozinha, embora fosse primeira em chamar à prudência e indicar às demais mulheres que voltassem para suas tarefas. Nem a jovem Meghan, que estava na parte dianteira do salão, costurando com suas damas em frente das às janelas abertas.
Meghan só tinha quatorze anos e era muito jovem para casar-se, mas mesmo assim suspirava sonhadora e lamentava que esse viking lhe dobrasse sua idade. Se for necessário forjar alianças, podia-se arrumar o matrimônio até entre crianças pequenas.
Mas seu irmão Royce não necessitava disso, e já estava vinculado com Selig através do matrimônio. Por outra parte, queria muito a Meghan para deixar que abandonasse o lar até que passassem muitos anos, e a moça se sentia feliz de que assim fosse.
Do lado esquerdo do imenso salão, junto a uma das mesas que rodeavam um grande barril de cerveja onde costumavam se reunir os  homens, Kristen, a irmã de Selig, via-o aproximar-se.
Em geral não percebia o efeito que o irmão exercia sobre as mulheres, mas ante o silêncio que provocou a aparição de Selig não pôde deixar de notá-lo. Viu que o irmão sorria as várias das mulheres e oferecia piscadas às que conhecia de maneira mais íntima. Em opinião do Kristen, eram muitas piscadas.
Royce, o marido, sentado junto a ela, também contemplou a cena, revirou os olhos e disse à esposa, em confidência:
- Deveria casar-se para não fazê-las sofrer deste modo.

Trilogia Vikings
1 - Fogos de Inverno
2 - Corações em Chamas
3 - Renda-se, Meu Amor
Trilogia Concluída

27 de outubro de 2010

Corações em Chamas

Trilogia Vikings
Kristen Haardrad, desafiante, enfrentou a fúria gelada que saia dos olhos verdes do homem que a tinha capturado. Era prisioneira de Royce de Wyndhurst, mas jamais aceitaria ser sua escrava.
Nessa beleza viking o poderoso senhor saxão tinha encontrado, enfim, alguém que o enfrentava de igual para igual, idêntica em orgulho, em força... E em ardente sede de desejo insaciável.
Kristen não podia conhecer o tormento que dividia a alma de Royce: ele ansiava abraçar seu cálido corpo e ouvir seu riso cristalino, ao mesmo tempo em que a odiava por um antigo crime...
Kristen e Royce pertenciam a dois mundos em guerra. Quem seria o primeiro a render-se ante a aterradora promessa do amor...?

Capítulo Um

Noruega 873 d.C.

Dirk Gerhardsen caiu ao solo e se arrastou para chegar perto do rio, onde estava a jovem de cabelos loiros.
Kristen Haardrad olhou para trás, como se o tivesse ouvido, e depois amarrou as rédeas de seu cavalo de grande porte. Avançou diretamente até a beira do rio. A sua esquerda o fiorde Horten levava águas velozes por seu leito. Mas aqui uma massa de penhascos enfrentava as correntes, e a água se deslocava suave e serena, como num lago quieto. Dirk sabia por experiência que a água estava também deliciosamente morna, e que era tão tentadora que a jovem não poderia ignorá-la. Kristen tinha chegado a este lugar depois de que ele a viu sair da casa de seu tio Hugh e cavalgara para o fiorde.
Quando ambos eram mais jovens, bem mais jovens, costumavam nadar ali com os irmãos e os primos da moça. Kristen tinha uma família numerosa: três irmãos, um tio e dúzias de primos longínquos por via paterna. Todos eles acreditavam que essa jovem era o sol e a lua reunidos. Dirk tinha pensado o mesmo, até uns tempos atrás. Tinha reunido coragem e pedido a Kristen que se casasse com ele, como tinham feito muitos outros antes. Ela o tinha recusado, amavelmente, como ele reconhecia de má vontade, mas de todo modo à decepção foi quase terrível. Ele tinha visto como Kristen crescia, e a menina alta e desajeitada se convertia numa mulher majestosa e deslumbrante, e nada tinha que ele desejasse mais do que poder afirmar que Kristen Haardrad lhe pertencia.
Dirk conteve a respiração quando ela começou a tirar a túnica de linho. Tinha abrigado à esperança de que fizesse precisamente isso. Era a razão pela qual a tinha seguido, pensando que talvez o fizesse, abrigando esperanças, e Odín lhe ajudava! Era o que estava fazendo.
A visão foi mais do que ele podia suportar; as pernas longas e bem formadas...a suave curva dos quadris...as costas delgadas e retas coberta unicamente por uma grossa trança.
Não tinha passado duas semanas, ele tinha agarrado essa grossa trança, e tinha obrigado os lábios dessa jovem a unir-se com os seus num beijo que lhe tinha acendido o sangue quase até a loucura. Ela o tinha esbofeteado energicamente, descarregando-lhe um golpe que na realidade lhe obrigou a se equilibrar, pois Kristen não era uma moça miúda e de músculos débeis; na verdade, eram sós cinco centímetros mais baixa que ele, e Dirk media um metro e oitenta. Mas isso não o amedrontou. Nesse momento, nessa ocasião, tinha sentido que realmente podia enlouquecer se não a conseguisse.
Felizmente Selig tinha se intrometido, o irmão mais velho de Kristen mas, por desgraça, fez precisamente quando Dirk a tinha preso de novo e tratava de jogá-la ao solo. Ele e Selig tinham ficado feridos depois do encontro, e Dirk tinha perdido assim um bom amigo, não porque lutaram, pois os noruegueses sempre estavam dispostos a lutar pela razão que fosse, mas pelo que ele tinha tentado fazer a Kristen. E Dirk não podia negar que a teria tomado, ali mesmo, sobre o chão do estábulo do pai. Se tivesse conseguido, teria morrido. E não teria tido que lutar contra os irmãos ou os primos, mas contra o pai, Garrick, que teria destruído Dirk com suas próprias mãos.
Kristen estava coberta agora pela água, mas o fato de que Dirk já não pudesse ver todo seu corpo não acalmou o fogo que lhe percorria as veias. Não tinha previsto que para ele seria uma tortura vê-la enquanto nadava. Só tinha pensado que estaria só, longe de sua família, e que talvez essa fosse a única possibilidade em que voltaria a vê-la só.

Trilogia Vikings
1 - Fogos de Inverno
2 - Corações em Chamas
3 - Renda-se, Meu Amor
Trilogia Concluída 

26 de outubro de 2010

Fogos de Inverno

Trilogia Vikings
NUNCA A CATIVA DE UM VIKING
Adorável e destemida, raptada por invasores do outro lado do mar gelado, Lady Brenna prometeu vingança - jurando que nenhum bruto viking seria seu mestre... nenhum bárbaro iria escravizar seu nobre coração celta.

PARA SEMPRE O AMOR DE UM VIKING
No entanto, Garrick Haardrad, o orgulhoso e poderoso filho de um cruel chefe viking, a reivindica com um um abandono primitivo que a deixa sem fôlego, acendendo fogos de paixão que resplandecem nas frias noites nórdicas e forjam laços inquebráveis de um amor ardente e eterno.

Capítulo Um

Há poucos quilômetros da costa oeste de Gales, e à esquerda da ilha de Anglesey, havia uma aldeia em meio a uma pequena clareira. Sobre uma escarpada colina que dominava à aldeia se erguia uma imponente mansão senhorial de pedra cinza, como uma mãe que vigia seus filhos com olhos alertas.
A aldeia se aquecia sob o sol embriagador do verão. Não a mansão da colina, que permanecia fria e altaneira diante daquele sol  que acariciava seus muros cinzas. Os viajantes que cruzavam a campina tinham, com freqüênci,a a mesma impressão de frieza . Hoje não era diferente.
Um desconhecido se encaminhava para o centro da aldeia, sem afastar o olhar da mansão. Mas cedo as atividades ao redor desviaram sua atenção. Gradualmente, sua inquietude desapareceu para ser substituída pela sensação de que logo seria favorecido com algo que há tempo senria falta. Mais de uma andou círculo para que seus olhos endurecidos se enchessem com a pacífica tranqüilidade, a dúzia ou mais de choupanas próximas umas das outras, os meninos que corriam aqui e ali em suas inocentes brincadeiras, e as mulheres, ah, as mulheres!
Em seguida divisou cinco ou seis que eram de seu agrado. Elas nem sequer o olharam, ocupadas em suas tarefas cotidianas. O desconhecido, com as calças cingidas por correias, mas num estado deplorável, com uma suja pele de lobo que lhe servia de capa, mal podia crer o que viam seus olhos. Não tinha um homem à vista, nem um só. E as mulheres tantas, e de todas as idades! Teria tropeçado com uma antiga aldeia de amazonas? Mas não. Tinha outros, varões e meninas. Os homens deviam estar trabalhando nos campos, em alguma parte para o leste, porque não tinha visto nenhum em seu caminho.
- Posso ajudar em algo, bom senhor?
Sobressaltado, o desconhecido se voltou rapidamente para encontrar-se com um sorriso radiante, curioso, de alguém que calculou não podia ter mais que dezesseis invernos. A jovenzinha se adaptava perfeitamente a seus gostos, com seus cabelos loiro trançado e grandes olhos verdes numa expressão inocente, angelical. Começou a examiná-la só por um segundo, para que que a moça não suspeitasse de suas intenções. Mas nesse instante fugaz, aqueles seios maduros que pressionavam sob a blusa marrom e os quadris largos e macios, causaram-lhe uma forte dor na virilha.
Como o forasteiro não respondeu, a menina falou outra vez:
- Há meses que um viajante não passa por aqui... Desde que passaram os últimos, vindos da ilha de Anglesey a  procura de novos lares. Também veio de Anglesey?

Trilogia Vikings
1 - Fogos de Inverno
2 - Corações em Chamas
3 - Renda-se, Amor Meu
Trilogia Concluída