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15 de janeiro de 2012

Um Ano e Um Dia

Trilogia De Warrene
O exército de Eduardo Plantagenet invade a Escócia. 

Lynx de Warenne recebe do rei a ordem de manter a segurança do castelo de Dumfries, situado em fronteiras de fundamental importancia. Lynx é um viúvo de trinta e um anos e o que mais deseja é um filho que alegre sua vida, prolongue seu sobrenome e conserve as terras que são propriedade da família. 

Entretanto, é um homem que teme o amor e vive acossado pela suspeita de ser estéril.
Quando Jock, administrador do castelo, descobre que Lynx deseja ser pai, sugere um casamento a prova, um costume escocês que permite a um homem e uma mulher viverem juntos durante um ano e um dia e, ao término desse período, decidir se casam ou se separam.
Se dessa união resultar um filho, este é considerado legítimo mesmo que o casamento legal não ocorra.
Jock oferece a Lynx sua filha mais nova, Jane, e o nobre aceita o compromisso sem importar-se que seja uma plebéia que sente pavor dele e que empreende inúmeros esforços para ocultar seus encantos.  

Comentário revisora Ana Paula: Eu adorei este livrinho...Tanto pelos fatos históricos que narra, quanto pela história em si. Achei linda a descoberta do amor deles, tudo o que passaram até que ele admite que é louco pela heroína...

E a personagem Jory, irmã do Lince é um caso a parte: rouba os trechos em que aparece em seu love com Robert Bruce. Tem o livro dela, Notorius, vou atrás pra revisarmos a trilogia, já que o terceiro desta serie já está em revisão.
História linda,perfeita para as mais românticas! 

Capítulo Um 


A moça de cabelos vermelhos, mergulhada até os seios no lago do bosque, estremeceu com deleite ao sentir a água gelada na pele. 

Tinha aguardado todo o inverno para dar este primeiro mergulho da primavera. 
Jane Leslie tinha uma personalidade selvagem e indomável, como os seres vivos com os quais ela costumava comunicar-se. 
Tinha um dom especial que fazia com que os animais confiassem nela e se aproximassem sem temor. 
Jane estivera brincando com uma lontra que nadava junto a ela, amolando-a com suas cambalhotas e acrobacias. 
Tinha ordenado que parasse com suas travessuras; agora, o animal estava estendido na margem, dormitando sob o sol primaveril. 
De repente, ela elevou a cabeça sentindo um arrepio, do mesmo modo que ocorre aos animais quando percebem o perigo. 
Movendo apenas os olhos, esquadrinhou atrás de um ramo com folhas tentando identificar o que tinha perturbado a absoluta tranqüilidade desse paraíso natural. 
Jane não viu nada; entretanto, teve a aguda percepção de uma presença; algo espreitava atrás do verde rendado dos ramos. 
Aguçou o ouvido para captar até o mínimo movimento das folhas ou o sussurro de uma respiração, mas não ouviu nada; soube que, fosse quem fosse, era um mestre na arte de passar desapercebido. 
Inspirou profundamente e sentiu o aroma da água, o perfume dos primeiros lírios silvestres, a fragrância do bosque e o pulsar do mar a distancia. 
Quando captou um estranho aroma, suas narinas se dilataram.
Não, não tinha se equivocado: estava contemplando-a enquanto ela se banhava! 
Os olhos verdes a espiavam através das folhas, observando-a em silêncio. 
Sim tinha chegado de longe e, fatigado e sedento, aproximou-se do lago para beber 
E agora a observava sem pestanejar,enfeitiçado. 
Passou a língua pelos lábios, aguçando seu apetite pela terna carne feminina que poderia saciar sua fome repentina. 
Sem afastar os olhos da moça, deslocou seu peso para distribuí-lo de maneira mais cômoda e se escondeu, esperando que ela saísse da água. 
Os cílios da donzela desceram sobre suas bochechas para ocultar a excitação que sentia. 
Fingiu não ter notado a presença dele e, depois de ter mergulhado as mãos no lago, levantou bem altos seus braços deixando que a água lhe jorrasse pelo pescoço e os ombros. 
Seria capaz de induzi-lo a sair de seu esconderijo? Ela tinha poderes que outras pessoas não possuíam. 
Começou a cantarolar com suavidade uma encantadora melodia e se moveu imperceptivelmente para a borda do lago. 
Manteve, por fora, um aspecto calmo embora por dentro sentisse um torvelinho de curiosidade, excitação e expectativa que se tornava cada vez maior. 
Ele avançou silenciosamente, atraído de maneira irresistível por seu canto de sereia. 
Com o olhar fixo, observou com avidez cada um dos movimentos do pequeno corpo feminino. Decidiu que ela seria sua presa, seguro de que não poderia escapar. 
Já era dele. Ele elevou sua cabeça orgulhosa e reprimiu sua impaciência, aguardando o momento de fazer seu próximo movimento. 
Quando ele apareceu, Jane elevou as pálpebras, completamente sobressaltada, e se encontrou com um par de olhos verdes, os mais ferozes que já vira. 
Tinha imaginado que o intruso poderia ser uma raposa ou talvez um veado, mas jamais pensou que seria um lince!

Trilogia De Warenne
1 - Um Ano e Um Dia
2 - Infame
3 - Uma Loba na Corte
Trilogia Concluída