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20 de novembro de 2011

Um Conde Sedutor

Série Irmãos Devine
Procura-se uma noiva...

Adam Faramond, conde de Rothbury, precisa encontrar uma esposa o quanto antes, ou sua avó o deserdará.
O problema é que Adam, um libertino incorrigível, só consegue pensar em se assentar com uma certa jovem, uma mulher especial, por quem ele se sente atraído há anos. E é uma pena que a srta. Charlotte Greene jamais aceitaria se casar com um escroque como ele.
Pelo menos é o que ele pensa...
Charlotte acredita que o conde, o único homem que faz seu coração palpitar, jamais olhará para uma moça como ela.
Cansada de ser bem-comportada e certinha, Charlotte decide que uma amizade com o conde poderá proporcionar a emoção que falta à sua vida monótona.
Sem revelar os respectivos sentimentos, Charlotte e Adam simulam um casamento para apaziguar o desassossego da velha condessa.
Mas o "casamento de conveniência" toma um rumo inesperado, e a mesma dúvida passa a atormentar o coração de Charlotte e de seu conde sedutor: será que devem revelar um ao outro seu amor irresistível, e viver a grande paixão de suas vidas?...


Capítulo Um

"Um cavalheiro jamais hesita em salvar uma dama."
Baile para escolha da noiva, castelo Wolverest. Agosto de 1813.
— Deus do céu, minha querida, nunca a vi tão adorável como nesta noite. Charlotte Greene fitou o visconde Witherby com olhar impassível. Embora devesse sorrir por cortesia, os lábios não lhe obedeceram.
— Muita bondade sua, milorde — murmurou.
— Bondade nada tem a ver com isso. — As sobrancelhas brancas e grossas se mexeram sobre o olhar cúpido que se fixava no busto de Charlotte. — Digo que a senhorita é tenta¬dora — ele retrucou com voz rouca e baixa para não ser ouvido por Hyacinth Greene, a mãe da jovem.
Ela pressionou os lábios e fez uma anuência discreta para não encorajar o visconde idoso e calvo.
— A senhorita me concederia a honra da próxima dança? — ele perguntou, sem levantar os olhos da visão que admirava.
De jeito nenhum!, ela quis gritar, mas a educação respeitável que recebera impediu-a de repelir o visconde, enquanto procurava encontrar uma resposta adequada.
Diante da hesitação, ele ergueu as sobrancelhas que tinham tamanho suficiente para cobrir a careca.
— Milorde, eu pretendia descansar agora. — Ela notou o visconde se retesar. — Ainda assim eu lhe agradeço muito o convite.
Hyacinth aproximou-se mais um pouco, suspirando, frustrada.
Como ainda não recebera nenhum convite para dançar, Charlotte não deveria recusar o pedido, mas não conseguiu concordar, pois o visconde era insuportável.
— Por favor, desculpe minha filha — a mãe interveio. — Ela é muito envergonhada.
Charlotte estremeceu com a desculpa murmurada pela mãe que, mesmo bem-intencionada, sempre a fazia sentir-se como uma menina de sete anos.
No entanto, sua timidez com os homens pouco tinha a ver com o fato.
Não dançara naquela noite porque ninguém a convidara.
Exceto um bêbado, outro que não enxergava direito e um cavalheiro velho o bastante para ser seu avô.
Ou as três coisas, como o visconde Witherby.
Apesar disso, não havia tempo de mergulhar na autopiedade.
Era quase meia-noite e se estivesse certa, lorde Tristan Devine, objeto de seus sonhos, não demoraria a chegar.
Por sorte, ou por um milagre como diriam alguns, fora selecionada para participar do baile que o duque de Wolverest oferecia para a escolha da noiva do irmão mais novo, um homem por quem se apaixonara desde que ele a salvara junto com a mãe, quando a carruagem dos Greene tombara.
A partir daí, nunca mais o esquecera.


Série Irmãos Devine
1 - No baile de caça a noiva
2 - Um Conde Sedutor
3 - Guarding a Notorious Lady