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30 de outubro de 2010

Um Visconde Sedutor

Jenna Petersen













Um difícil acordo!

Jane Fenton tem certeza de que seu irmão desaparecido está perdido no submundo de Londres, e não morto, como foi declarado. O infame visconde Nicholas Stoneworth acabou de voltar desse mundo perigoso, onde viveu por vários anos como lutador.

Quando a inocente Jane procura o visconde para ajudá-la a encontrar seu irmão, ele lhe propõe uma barganha: se ela o ensinar a se comportar novamente em sociedade, ele usará seus contatos, um tanto ou quanto suspeitos, para localizar o rapaz. Embora cada um dos dois acredite ser impossível realizar sua parte no acordo, ambos acabam concordando, uma vez que não há muita opção. Porém, à medida que a convivência aumenta, Nicholas e Jane descobrem uma atração poderosa, que os deixa divididos entre esconder seus segredos um do outro e entregar-se à paixão...

Capítulo Um

Abril de 1816
Jane Fenton conteve um suspiro diante dos floreios e risadinhas que permeavam a dança das jovens debutantes com os pares escolhidos entre os rapazes elegíveis. Parecia incrível que ela também tivesse feito parte daquela tradição, dois anos antes, quando seus pais a apresentaram à sociedade.
— Jane, você está vendo algum conhecido meu? — inda¬gou a condessa de Ridgefield, estreitando os olhos por trás da armação dourada dos óculos.
Nas pontas dos pés, Jane tentou enxergar através da mul¬tidão. A condessa era uma mulher fina, simpática e generosa. Sentia-se grata por ter merecido sua confiança.
— Lady Williamston está se servindo de ponche. — Jane se aproximou do ouvido da condessa e prosseguiu em voz baixa de modo a agradar a patroa que adorava mexericos. — Espere! Acho que ela está tirando a velha garrafinha de uísque do bolso. Sim! Agora ela está derramando uma dose, pensando que ninguém notou.
A condessa deu risadinhas como uma jovem colegial.
— Você viu mais alguém?
Jane continuou a sussurrar pequenos detalhes a respeito dos presentes à festa. Em breve, uma das convidadas se aproxi¬maria para cumprimentar sua patroa e Jane teria de se afastar. Tivera de se acostumar à indiferença das pessoas, embora todas elas fizessem parte do círculo social a que sua família também pertencera, no passado.
—O que está acontecendo, Jane? Não consigo enxergar. Parece haver uma comoção do outro lado.
Apesar de um tanto fútil, lady Ridgefield era boa observado-ra. Realmente estava acontecendo algo à porta do salão. Algum personagem importante devia ter acabado de chegar. Seria a maior felicidade do mundo para a condessa se ela pudesse passar o resto de sua vida dizendo que vira o príncipe, ou lorde Wellington, em pessoa em um baile.
As pessoas abriram passagem para ele. Foi como se o pró¬prio Moisés estivesse presente, e ordenado que o mar se afastas¬se. O recém-chegado, contudo, não se parecia com um profeta, muito menos com um anjo. Era alto. Sua presença se destaca¬va entre as demais.
Forte masculinidade e poder de sedução exalavam do corpo musculoso que se movia com arrogância. Estranhamente, ele estava usando uma capa fora de moda e uma camisa desbotada. Também era peculiar que as pessoas o encarassem não apenas com curiosidade e interesse, mas como se sua presença as incomodasse, e até mesmo chocasse. Havia algo de familiar em seus traços. Jane tinha certeza, no entanto, de que nunca o vira antes.
— É um homem. Não sei quem é, mas tenho a impressão...