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20 de maio de 2024

Era uma Vez um Noivado

Série Temporada Escandalosa

Temperaturas geladas e uma recepção ainda mais gelada…

Broden Burgess antecipou isso ao retornar à sociedade após sua ignominiosa prisão e uma perda que congelou seu coração. Um sujeito lógico, Broden espera nunca se apaixonar ou se casar. O que ele não espera é a Srta. Elyse Caldecott.
Elyse está determinada a não comparecer à festa de Natal de um nobre poderoso, mas sua família a obriga a ir em um esforço transparente para casá-la com o filho criminoso do anfitrião. De sua parte, Broden não tem interesse na surpresa de seus pais para ele, convidando uma solteirona desesperada e seus parentes para sua celebração anual. Mas Broden se esquiva daquela noite desprezível, ou assim ele pensa, quando uma nevasca o obriga a se abrigar em uma pousada a caminho da casa de sua família.

Capítulo Um

Ele ia roer completamente a perna de mogno do bufê.
Ou ela.
A Srta. Elyse Caldecott não podia dizer com certeza o sexo da criatura que fazia sua última refeição com mais uma peça da mobília da duquesa de Hepplewhite.
Naquele exato momento, Elyse sentou-se à cabeceira da mesa de jantar que estava repleta de um banquete que preparara, que combinava melhor com uma mesa de doze pessoas do que com a mesa de dois que Elyse e sua tia idosa e empregadora, tia Hester, duquesa de Hepplewhite. Enquanto sua tia devorava sua refeição como se fosse a primeira – e a última – que ela comia, Elyse ignorou seu próprio prato de faisão assado e geleias deliciosas. Em vez disso, Elyse dedicou sua atenção cautelosa ao pequeno animal. A duquesa arrancou uma perna da ave cozida que estava no prato. — … criatura adorável, não é? — Sua Graça disse, em torno da grande mordida que deu. Elyse mordeu o interior da bochecha para não compartilhar que tinha uma afinidade maior com a criatura cozida em seu prato. Do jeito que estava, aquele vexatório vivo tinha feito papel de monstro desde que o lacaio do vizinho chegou no início da semana com uma cesta coberta e a criatura parecida com um rato dentro dela. Por cima do osso que ela quase limpou, tia Hester franziu a testa. — Não me diga que você não o acha um sujeito adorável?
O dito sujeito adorável escolheu aquele momento para parar de comer o bufê e caminhar até Elyse. Ele afundou ao lado dela e olhou para cima com os olhos maiores e mais fofos e o nariz menor. Ela suspirou. — Ah. Você realmente é um amor…A cobaia começou a mastigar a perna do assento de mogno de Elyse. Elyse estreitou os olhos. Um demônio, ela corrigiu silenciosamente. Lady Hester assentiu com satisfação e deu outra mordida, desta vez menor, em seu frango. 
— Eu sabia que você ia mudar de ideia. — Ela acenou com o osso na direção de Elyse. — Você sempre foi uma moça sensata.
Ela tinha sido. Ao contrário da falecida irmã de Elyse, Evie, que era uma sonhadora romântica. Ah, Evie. Não importava quanto tempo passasse. A ferida aberta deixada pela morte de sua irmã se abriu novamente.
– Elyse? Elyse?
Do poço da miséria, Elyse levantou-se e encontrou sua tia franzindo a testa mais uma vez.
— Ele iria, não é, moça? — Lady Hester pressionou.
Sobre o que sua tia estava falando?
Durante o tempo em que trabalhava com a duquesa, Elyse aprendeu cedo que o caminho mais sábio, melhor e mais seguro era concordar – sempre concordar.
— Ah, ele certamente faria isso, tia Hester — ela hesitou, pegando uma taça de água e tomando um gole.
As feições enrugadas da mulher mais velha iluminaram-se – por um momento antes de ficarem novamente perturbadas. — Talvez eu devesse fazer de você a dona de Sir Lancelot?
Elyse engasgou e imediatamente vomitou água.
Então era disso que ela estava falando, da incômoda cobaia que foi entregue por um dos vizinhos de Lady Hester, Lorde Quimby. Enquanto vários lacaios corriam com guardanapos para arrumar a bagunça, Elyse lutava para controlar seu paroxismo. A última coisa que ela queria, ou precisava, era uma pequena bola de pelo com dentes afiados e uma propensão para problemas.
— Ofendendo-me com minha escolha de palavras — murmurou Lady Hester. Ela apontou o garfo na direção de Elyse. — Você e sua geração são mais rígidos do que a minha.

9-  Era uma Vez um Noivado

16 de abril de 2024

Uma Vez um Libertino, Subitamente um Pretendente

Série Temporada Escandalosa

Havia duas constantes com a Srta. Anwen Kearsley: ela sempre amou Phineas Lesar, o marquês de Landon, o melhor amigo de seu irmão. 
E, como todos os seus parentes amaldiçoados, ela está fadada a morrer jovem. Antes de bater as botas, Anwen planeja namorar Phineas de qualquer maneira. Ela acha que será o suficiente.Phineas Lesar, tem a reputação libertina do Marquês de Landon que o precede. Infelizmente, o mesmo acontece com o seu estatuto de cavalheiro à beira da prisão por devedores. Ele agora está com pouco tempo para encontrar uma noiva rica. Se isso não for responsabilidade suficiente para um malandro infeliz, ele faz com que Anwen Kearsley venha até ele com um favor. A lealdade de Phineas à família Kearsley o coloca em conflito com suas próprias circunstâncias terríveis, e é apenas porque Anwen é a irmã mais nova de seu melhor amigo que ele concorda com o esquema dela. Exceto que, quanto mais tempo ele passa com Anwen, ele começa a perceber que ela está crescida, é espirituosa e… linda – certamente, todos os solteiros de Londres disputarão sua mão.Logo Phineas se vê… fascinado por Anwen. Há mil razões pelas quais ela não pode ser dele. É tarde demais para esse bandido se reformar? Ou ainda dá tempo de ele se tornar um homem digno dela? Infelizmente para Anwen, tempo é a última coisa que ela tem.

CapítuloUm

A Srta. Anwen Kearsley não queria visitar a cartomante de sua mãe, e não porque não acreditasse no sobrenatural.
Afinal, uma mulher condenada, de uma família amaldiçoada, que tinha lido sobre – e ocasionalmente – testemunhado o malfadado de todos os Kearsley que vieram antes dela, não podia deixar de acreditar. Em vez disso, ela não queria saber, porque uma vez que soubesse, não haveria como deixar de ouvir essa informação. Infelizmente, imprensada em um sofá de encosto curvo com duas de suas irmãs, na sala de estar formal de Madame Pomfrets, observando a mãe de seu ritmo taciturno Kearsley, o mesmo não poderia ser dito da mulher que lhes deu a vida.
— Ela geralmente é sempre pontual — a viscondessa viúva mexeu nas mãos enquanto caminhava diante do banco contendo três de suas filhas. — Não me lembro de ela ter se atrasado.
— Alguém poderia pensar que nossa querida mamãe está realmente ansiosa para saber sobre nossos fins — murmurou Anwen.
A mãe delas parou apenas o tempo suficiente para lançar um olhar magoado na direção de Anwen. — Madame Pomfret não profetiza apenas a morte.
— Não, tenho certeza de que é verdade — admitiu Anwen.
Sua mãe sorriu.
— A mulher sem dúvida tinha vários clientes, que não faziam parte de uma família amaldiçoada, e viveram vidas perfeitamente longas, agitadas e plenas – ao contrário de seus filhos — acrescentou ela.
— Ah, que bobagem, toda a preocupação habitual de Anwen — Delia disse de seu assento na extremidade oposta do sofá.
— Nem sempre estou preocupada — disse Anwen, franzindo a testa.
— O sol está brilhando — continuou a jovem feliz. — Isso é certamente um bom presságio e eu, por exemplo, gostaria de receber boas notícias.
— Pessoas morrem em dias ensolarados o tempo todo — Daria apontou em seu tom assustador.
Precisamente.
— De qualquer forma, este não é o dia em que morreremos — murmurou Daria.
Isso era justo.
— Este é o dia em que descobriremos como morreremos.
O gemido da mãe cobriu o resto da declaração alegre de Daria.
— Ouso dizer que é a primeira vez que me lembro de Daria modulando seu tom — disse Delia, sua irmã amante de Shakespeare, por trás de seu volume de Lady Macbeth.
— Não, não é — murmurou Anwen. — Ela usa sempre que alguém menciona algo relacionado à morte.
Pois Anwen conhecia as irmãs melhor do que ela própria às vezes.
Enquanto a mãe dava um sermão em Daria sobre as habilidades e serviços expansivos de Madame Pomfret, além de reportar assuntos da vida após a morte, Anwen olhou melancolicamente para Daria, com algo que parecia muito com inveja.
Onde a maioria temia a morte, Daria a reverenciava. Na verdade, desde que ela tinha seis anos, a única coisa que realmente fez os lábios de Daria se levantarem foi a menção da vida após a morte e os pensamentos de pessoas chegando lá.
Não Anwen.
Anwen testemunhou a morte de seu pai, e quando alguém testemunhava uma pessoa dar seu último suspiro, bem, a lembrança disso permanecia com eles.
Espontaneamente, essa mesma memória sussurrou como uma neblina lenta em Londres que cobriu uma rua e roubou todo o calor, bem como a capacidade de Anwen de sequer piscar.
…Papai, não foi engraçado? Por que você parou de rir? Papai? Papaiaa?




Série Temporada Escandalosa
08- Uma Vez um Libertino, Subitamente um Pretendente