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14 de janeiro de 2011

Venetia E O Libertino








Depois da morte da mãe, Venetia Lanyon se viu submetida à mesma clausura a que o pai, viúvo inconsolável, se condenou.

Ela não participava de festas nem de passeios a lugares distantes da propriedade da família.
Vivia desperdiçando beleza.
Com um irmão inválido e outro na guerra, ela foi forçada, após a morte do pai, a assumir os negócios da família e administrar a casa dos Lanyons.
Aquela filha, irmã e herdeira dos Lanyons, tinha sua função e importância, ditadas pelos costumes ingleses da época.
Estes costumes, no entanto, também diziam que ela deveria ter casado muito antes de completar os 25 anos que agora tornavam sua beleza tão irresistível.Isso fazia dela uma mulher muito especial.
Prisioneira das circunstâncias que a condenavam a ser urna dedicada tia dos filhos do irmão mais velho ou a mãe dos filhos do cortês homem a quem ela se uria por estima e que pretendia desposá-la, Venetia leva uma vida agradável, embora estivesse longe, muito longe, da felicidade que só o amor pode produzir.
Quis o destino que Venetia encontrasse em Lorde Damere!
O Barão Maldito, um libertador que aos olhos da aristocracia da época merecia mais o titulo de libertino.

Nota Autora: Venetia e o libertino é uma história de amor e uma crónica de costumes com todos os ingredientes para despertar e segurar o interesse do leitor da primeira à última página.

Capítulo Um

— ontem À noite uma raposa entrou no galinheiro e roubou nossa melhor poedeira — comentou a srta. Lanyon. — Uma bisavó, inclu­sive. Qualquer um julgaria que ela deveria envergonhar-se! — Como não recebesse nenhuma resposta, ela continuou, com voz alterada: — Aliás qualquer um julgaria mesmo! Uma grande lástima. O que tem de ser feito?
Ao despertar, assim, a atenção do seu acompanhante, a moça obrigou-o a levantar os olhos do livro aberto ao seu lado sobre a mesa e dirigi-los à sua pessoa com uma expressão de indagação desatenta.
- O que foi? Disse alguma coisa, Venetia?
- Disse, querido — a irmã respondeu alegremente —, mas nãotinha a mínima importância, e, de qualquer modo, já respondi por você. Acho que ficaria surpreso se soubesse que conversas interessantes man­tenho comigo mesma.
— Eu estava lendo.
— Então estava lendo... e deixou seu café esfriar, além de esquecer o pão com manteiga. Coma-o! Creio que eu não devia permitir que lesse à mesa!
— Oh, à mesa do café! — respondeu ele, com desdouro. — Tente impedir-me se puder!
— Não posso, é claro. De que se trata? — replicou ela olhando para o volume. — Ah, grego! Algum conto proveitoso, não duvido.
— Trata-se de Medeia — disse ele, procurando controlar-se. —Edição Porson, que o sr. Appersett me emprestou.
— Eu sei! Ela foi aquela encantadora criatura que esquartejouo irmão e lançou os pedaços no caminho do pai, não foi? Ouso dizer uma pessoa perfeitamente agradável quando se chega a conhecê-la.
Impaciente, ele deu de ombros e respondeu com desdém:
— Você não compreende, e é perda de tempo tentar fazê-la com­preender. Ela lançou-lhe um olhar cintilante.
- Mas eu juro que compreendo! Compreendo e simpatizo com ela, além de ansiar possuir a mesma determinação de Medeia!
Embora pense que, ao contrário dela, eu teria preferido enterrar seus restos mor­tais com todo o capricho no jardim, meu querido!