21 de setembro de 2009

A Dama da Rainha

Série Família Grahan

Desejava-o sobre todas as coisas, mas… acabaria sendo seu carrasco?

Lady Gwenyth Macleod tinha posto em jogo sua fortuna e sua reputação para ajudar que Mary da Escócia ocupasse seu lugar legítimo no trono.
Entretanto, seu esforço por guiar a desafiante e ousada rainha a enfrentou com Rowan Graham, um lorde perigosamente perito tanto em assuntos de paixão como de estado, e quanto mais o desafiava, mais se rendia ele ante o desejo que ardia entre os dois.
Seu país estava imerso no caos e a deslealdade a seguia a toda parte, assim correr um último e audaz risco possivelmente a levasse a uma traição demolidora… ou a um destino mais grandioso do que jamais teria podido imaginar.

Prólogo

Diante do fogo
Ao ouvir o som de passos e o tamborilar de algo metálico, Gwenyth soube que os guardas se aproximavam de sua cela. Tinha chegado a hora.
Apesar de que sabia desde o começo estava condenada, estava decidida a morrer desafiante, sentiu que lhe gelava o sangue nas veias. Era fácil ser valente, mas estava aterrorizada diante da hora da verdade.
Fechou os olhos, e tentou reunir todas as suas forças. Ao menos podia manter-se em pé. 

Não teriam que se arrastar até a fogueira, como a tantas pobres almas às que tinham «induzidas» a confessar.
Os que se deram conta do engano de suas ações graças às torturas ou a qualquer um dos variados métodos que se empregavam para conseguir que um prisioneiro confessasse, quase nunca podiam manter-se em pé.
Ela havia dito a seus inimigos o que queriam desde o começo, manteve-se erguida e orgulhosa enquanto se burlava de seus juizes com sua irônica confissão. 
Tinha-lhe economizado uma boa soma de dinheiro à Coroa, já que os monstros que torturavam aos prisioneiros para lhes tirar a verdade recebiam dinheiro por seu detestável trabalho. E se tinha economizado a si mesma a ignomínia de ter que ser arrastada até a fogueira sangrando, desfeita e desfigurada.
Ouviu-se outro tamborilar metálico, e os passos foram aproximando-se cada vez mais. Disse a si mesma que tinha que respirar. 
Podia morrer com dignidade, e isso era o que ia fazer. Estava preparada e depois de ter visto do que eram capazes, sabia que tinha que se sentir agradecida por poder ir caminhando para sua execução.
Mas o terror…
Permaneceu completamente erguida, mas não graças ao orgulho, mas sim por que estava tão gelada como o gelo e se sentia incapaz de inclinar-se sequer. Embora isso não durasse muito, já que as chamas a envolveriam logo em um abraço profundo e mortal.
O fogo servia para que os condenados ficassem completamente destruídos… cinzas as cinzas, pó ao pó… mas não se usava para incrementar a agonia do castigo nem para torturar ainda mais às almas destroçadas, já que antes que se acendesse a fogueira estava acostumado a estrangular aos condenados… por regra geral.

Capítulo Um

19 de agosto, ano 1561 de Nosso Senhor
—Quem é esse? —sussurrou uma das damas que foram atrás da rainha Mary, quando chegaram a Leith antes do esperado.
Gwenyth não soube quem tinha falado. Mary, a rainha dos escoceses, tinha abandonado ainda menina sua pátria natal junto a quatro damas de companhia que compartilhavam seu nome: Mary Seton, Mary Fleming, Mary Livingstone, e Mary Beatón. Todas elas lhe caíam muito bem, já que eram doces e encantadoras.
Embora cada uma tinha sua própria personalidade, as conhecia como «as quatro Marys» ou «as Marys da rainha», e às vezes dava a impressão de que se converteram em uma pessoa coletiva, como nesse momento.
Todas, incluindo à rainha, estavam olhando para a borda, e tinham o olhar fixo no contingente que as esperava.
A Gwenyth pareceu que os preciosos olhos escuros da soberana estavam tão úmidos como o dia, e pensou que não tinha ouvido a pergunta até que comentou:
—É Rowan. Rowan Graham, o senhor de Lochraven.Veio à França faz alguns meses com meu meio irmão, lorde Jacobo.
Gwenyth já tinha ouvido aquele nome, porque Rowan Graham era um dos nobres mais capitalistas de toda Escócia. Pareceu-lhe recordar que havia alguma estranha tragédia associada a ele, mas não pôde recordar do que se tratava. Também sabia que tinha fama de falar sem disfarces, se dizia que tinha tanto o poder pessoal como a força política necessária para obter suas opiniões se tivesse em conta.
Nesse momento, intuiu que aquele homem ia marcar sua vida.
Estava junto ao meio irmão da rainha, o regente lorde Jacobo Estuardo, e seria impossível passar despercebida. A rainha era mais alta que a maioria dos homens que estavam a seu serviço, o mesmo Jacobo era mais baixo que ela, mas embora tivesse maior estatura que a soberana, o homem que estava a seu lado era ainda mais alto.
A luz era tênue, mas iluminava o cabelo loiro como o trigo de Rowan Graham parecia um guerreiro dourado que recordava os vikings de antigamente. 
Vestia as cores azul e verde de seu clã, e apesar das fastuosas roupas do grupo que foram receber à rainha, todos os olhos se voltavam a ele.
Lochraven estava nas Terras Altas. Da Escócia, os habitantes daquele lugar se consideravam uma estirpe por direito próprio. 
Gwenyth conhecia a Escócia melhor que a rainha, e sabia que um senhor das Terras Altas podia ser um homem perigoso. Ela nasceu na Escócia, e era mais que consciente do poder que tinham os distintos clãs. Seria melhor não perder de vista Rowan Graham.

Série Família Grahan
1 - Um Novo Amanhecer
2 - O Conquistador
3 - A Dama e o Guerreiro
4 - Dama do Castelo
5 - Sublime Rendição
6 - Fagulhas da Paixão
7 - A Dama da Rainha
Série Concluída

2 comentários:

  1. A história é boa,pena que duas rainhas "loucas",atrapalham um pouco a vida do casal.Mas é Shannon Drake,então vale a pena ler.Darla

    ResponderExcluir
  2. Rowan Graham e Gwenyth Macleod é tudo de bom...um amor que aparece e se confessa quase que no inicio do livro. Nenhum dos dois deixa pro ultimo capitulo a rendição deste amor. Se entregam e se completam.

    Como disse o anônimo acima..duas rainhas loucas! Maria da Escócia é infantil, louca, chata, teimosa e arrogante. Isabel da Inglaterra tem um pouco mais os pés no chão mas não deixa de ter a sua cota de arrogância e loucura. Das duas a que em definitivo eu mandaria pras masmorras seria a Maria da Escócia..tive ganas de matá-la. Mulherzinha...ahghhhh

    O casal em si sofre demais pelo capricho das duas rainhas. Porém se mantem fieis aos ideais a que se propõem a história.

    Se fosse eu no ligar da mocinha mandava tudo as favas e levava comigo meu amor e seriamos felizes juntos sem as duas rainhas loucas...

    ResponderExcluir

Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!