21 de setembro de 2009

Fagulhas Da Paixão

Série Família Grahan


Londres, século XIX

Entre o dever e o desejo...

Casar-se com o visconde Charles Langdon é a única maneira de Maggie pagar as dívidas de seu irmão irresponsável.
Seria fácil amar um homem tão generoso e compreensivo... não fosse o fato de ele ter idade para ser seu avô.

James Langdon não aprova o casamento do tio com uma jovem, empenhada em desmascarar videntes vigaristas que se aproveitam dos crédulos e pobres.
Porém, com as investigações policiais em andamento para capturar um perigoso bandido que aterroriza a população,
James se sente no dever de acompanhar a futura tia em suas incursões ao submundo londrino.
À medida que se conhecem melhor, uma forte atração nasce entre eles, levando-os a descobrir uma paixão tão intensa quanto indesejada.
Maggie está decidida a cumprir seu dever e sua promessa de desposar Charles, embora saiba que seu coração pertencerá a James para sempre...

Capítulo Um


Londres, 1888
Ao se aproximar da Graham House, sua casa em Londres, Maggie Graham, filha do falecido barão Edward Graham, avistou a carruagem ostentando na porta o brasão da família e teve um estranho pressentimento.
Tio Angus havia chegado e, uma vez que ele nunca deixava de enviar uma mensagem anunciando que pretendia visitá-los, sua vinda inesperada era sinal de problemas.
Maggie praguejou baixinho e imediatamente censurou-se.
Esse linguajar era impróprio para uma lady. E ela, filha de um barão, era uma lady, mesmo tendo sido casada com um plebeu. Não que desse importância a títulos.
Também não se importava de ser considerada pelo tio e pelos primos esnobes a ovelha-negra da família.
"Tio Angus, com certeza lamenta que o irmão mais velho, depois de um casamento de vários anos sem filhos, tivesse sido pai de um casal de gêmeos", ela pensou com humor.
Na Grã-Bretanha, de acordo com a lei, o nascimento dela, sendo mulher, pouco importava.
Mas, segundos depois que viera ao mundo, Justin nascera. Isso destruíra a esperança de Angus de herdar o título do irmão. De fato, era espantoso que, apesar de Justin já ser homem feito, tio Angus continuava agindo como o chefe da família.
— O bicho-papão chegou! — disse Mireau baixinho.
— Não diga isso — aconselhou Maggie, sorrindo para o amigo.
Jacques Mireau havia entrado na vida de Maggie numa época muito feliz.
Desde então decidira defendê-la. Ele também era escritor e precisava de apoio financeiro enquanto escrevia seus preciosos volumes.
Havia entre Jacques e Maggie grande amizade e auxílio mútuo.
No entanto, alguns viam naquele relacionamento muito mais do que na verdade existia. Maggie não se importava com a opinião dos outros.
Também não fazia questão de luxo ou de aparências. Considerava-se afortunada por saber apreciar a magia da vida. Por reconhecer a beleza que havia na verdade.
Por ver o sofrimento causado pela hipocrisia.
Por ter consciência de que de nada adiantava esforçar-se na busca de uma vida que era, normalmente, não mais do que falsidade e miragem.
— Você também se refere a Angus como um ogro — Jacques lembrou-a.
— Somente quando estamos sozinhos.
— Ainda estamos aqui fora. Você está andando devagar, como se odiasse entrar em casa.
— Admito que tio Angus não é a pessoa de quem mais gosto.
— Devemos enfrentar o pelotão de fuzilamento o mais depressa possível.
Quanto mais demorarmos maior será a agonia. — comentou Jacques passando o braço pelos ombros de Maggie.
— É isso mesmo. Vamos. Sei lidar com um ogro — Maggie retrucou, apressando o passo.
Parou ao alcançar os degraus de entrada da casa. Clayton, o mordomo, estava à porta e inclinou a cabeça.
— Lorde Angus está em casa, lady Maggie.
Maggie sorriu.
— Obrigada, Clayton — ela respondeu, desabotoando os botões da capa, tirando as luvas e entregando-as ao mordomo.
— Estávamos esperando pela senhora, milady, para servir o chá.
— É muita gentileza de tio Angus ter-me esperado — tomou Maggie. — Monsieur Mireau e eu iremos até a sala de estar.
Clayton adiantou-se, ficando na frente de Maggie, e falou-lhe baixinho:
— Apenas a família, milady. — Com um movimento dos olhos o mordomo indicou que monsieur devia ficar para trás.


Série Família Grahan
1- Um Novo Amanhecer
2- O Conquistador
3- A Dama e o Guerreiro
4- Dama do Castelo
5- Sublime Rendição
6- Fagulhas da Paixão
7- A Dama da Rainha
Série Concluída

Um comentário:

  1. Este livro apesar de estar em todos os lugares como o 6º da série não o é...na verdade é o 7º livro. É só confrontar as datas em questão. A história FAGULHAS DA PAIXÃO se passa em 1888 e o livro A DAMA DA RAINHA se passa em 1561. Uma diferença de mais de 300 anos. Pode ser que a autora tenha o escrito antes do A DAMA DA RAINHA e por isso haja essa ligeira - e não significa nada diante do compendio esplendido que é a série em si -discordância. Obrigada as tradutoras que nos trouxeram tão magnifica série que muito despertou meu interesse romântico e histórico...

    Porém...de todos este livro foi o que menos me despertou o frenesi que os outros me deram. Vemos aqui a figura grotesca do estripador de Londres...
    Mas os personagens foram 'mornos'...esperei bem mais do casal.

    Mesmo assim fecha a série.

    Aos tradutores que nos tragam quando possível séries tão fantásticas assim. Me quedei alucinada e só o parava para refeições diárias.Li a série completa em uma semana. Cheguei a dormir - ou seria cochilar?- muitas vezes as 2 ou 3hs da manhã para terminar um livro e já inicar o outro.

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