Hannah Howell
Reféns da paixão!
Lady Sorcha Hay fica arrasada ao descobrir que soldados ingleses capturaram seu irmão mais novo.
Sem dinheiro, a única maneira de pagar pela liberdade dele será tomar um refém para pedir o resgate.
Seu prisioneiro, um cavaleiro ferido no campo de batalha, fica furioso ao ser capturado por uma mulher.
Mas nada impedirá Sorcha de manter sir Ruari Kerr aprisionado, mesmo que a visão do corpo bronzeado deixe sua mente girando e seus sentidos em fogo...
Ruari encontrou tudo o que procurava em uma mulher na figura de Sorcha, uma jovem linda e encantadora de cabelos escuros.
Enquanto ela trata de seus ferimentos, ele luta contra a intensa atração que o incendeia a cada toque daquela mulher.
Mas Ruari não pode permitir-se perder o coração para sua irresistível captora. Quando ele finalmente é resgatado por seus homens, Sorcha pagará caro pela traição... e a amar poderá arriscar a vida de ambos...
Capítulo Um
Fronteira da Escócia Verão de 1388
— Por Deus, Sorcha, não posso descer até lá.
Sorcha Hay entendeu a hesitação da prima Margaret ante o horror da cena.
Na base da pequena colina ventosa, estavam caídos os homens vencidos na última batalha entre sir James Douglas e o lorde inglês Hotspur Percy, de Northumberland. Fora uma luta sangrenta devida ao roubo de uma bandeira pelos escoceses durante um ataque à Inglaterra, em que Hotspur jurara consegui-la de volta.
Dizia-se que os escoceses haviam vencido e capturado Hotspur, mas isso lhes custara a vida de sir James Douglas.
Sorcha duvidou que muitos dos homens espalhados no solo rochoso abaixo tivessem se sentido vitoriosos antes de dar o último suspiro.
Uma rajada de vento fez uma madeixa de cabelos castanhos cobrir seu rosto, e Sorcha bendisse a falta de visão momentânea.
Era doloroso ver tantos mortos empilhados, e apavorava-a imaginar que um deles pudesse ser seu irmão Dougal. Suspirou e amarrou os cabelos escuros para trás com uma tira de couro. Não podia ceder aos próprios receios.
Tinha de ser forte.
Segurou a mão da tímida e roliça Margaret, que estava com os olhos arregalados, e começou a descer a encosta rochosa.
Na outra mão, levava as rédeas desgastadas de Bansith, seu robusto pônei das Terras Altas. Rezou para que sua montaria não precisasse carregar para Dunweare o corpo de Dougal.
Os carniceiros humanos já se aproximavam dos mortos, e seria preciso encontrar Dougal, se ele estivesse ali e vivo, antes que outros o fizessem.
Os moribundos teriam as gargantas cortadas enquanto os bolsos eram esvaziados, pois os homens e as mulheres que percorriam os campos de batalha não queriam testemunhas para seus roubos horripilantes.
Sorcha esperava que ela e Margaret pudessem imitar a habilidade de agir de maneira tão desprezível como os violadores de cadáveres.
Tocou no arco e nas flechas que carregava nas costas. Ela e Margaret também portavam espadas e adagas feitas especialmente para elas por Robert, o mestre armeiro.
Não estavam indefesas.
— Aqueles abutres nos matarão — Margaret sussurrou e envolveu melhor o corpo voluptuoso com a capa marrom.
— Não o farão, se nos juntarmos a eles — retrucou Sorcha.
— Se eles cortam as gargantas dos infelizes que estão morrendo, por que não nos matariam?
— Não digo que não sejam perigosos, mas se vasculharmos os cadáveres como se estivéssemos acostumadas a fazê-lo, eles provavelmente vão nos ignorar. — Sorcha parou ao lado do corpo de um jovem e pensou na tristeza de uma vida tão curta.
— Não posso tocá-lo, Sorcha.
— Então segure as rédeas de Bansith e fique atenta à turba.
Margaret obedeceu. Sorcha agachou-se ao lado do morto, pronunciou uma prece por sua alma e, furtivamente, para não ser flagrada num ato de bondade, fechou-lhe os olhos. Pegou a espada, a adaga e tudo mais que era valioso, prometendo em silêncio que faria o possível para devolver os pertences aos parentes do rapaz.
Prestou atenção à aparência dele, único indício de sua identidade, antes de guardar os objetos na albardilha pendurada nas costas do pônei. Relutante e lutando contra a náusea, caminhou até a próxima vítima.
Em sua procura por Dougal, não se abaixava diante de cada cadáver, e o fez apenas o suficiente para não despertar suspeita entre os ladrões desumanos.
Quando se agachou diante do quinto homem que seria obrigada a roubar, sentia-se mal. Embora aliviada por não ter encontrado o irmão entre os mortos, preocupava-se com o destino dele.
Seria uma crueldade macular sua alma com o crime de roubar mortos, e ter de sair de lá sem saber o que acontecera a Dougal.
— Este homem está muito bem-vestido — sussurrou e deteve a mão sobre a fivela da bainha da arma, observando o peito largo subir e descer com a respiração.
— Toque nessa espada, abutre, e eu a mandarei para o inferno!
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Oi Jenna,
ResponderExcluirseu Blog é um dos melhores. Parabéns!!
Gostaria de ler o e-book de hannah Howell - os devaneios de sorcha, mas não estou conseguindo abaixar, pois o ref downlord é de outro livro. É possível corrigir? Bj. Márcia
Marcia,
ResponderExcluirJá consertei o link
Me desculpe essa confusão de links é porque
estou mudando o hospedeiro dos arquivos e êle está me enganando o tempo todo rs.rs.!!!!
Obrigada por avisar, assim testo mais vezes o link antes de publicar.
Bjs