25 de janeiro de 2011

Difícil Conquista

Um romance inesperado...

Pleasance Dunstan está acostumada a suportar em silêncio as crueldades de sua família, mas nada a preparou para a maior de todas as indignidades: ser vendida como serviçal a um brutamontes como Tearlach O'Duine.
Os modos selvagens do homem são conhecidos na cidade inteira, e é óbvio que ele olha para Pleasance com intenções que vão bem além de um patrão para com uma criada.
Ele a quer em sua cama!
Pleasance poderia escapar desse terrível destino com uma única palavra, mas seu orgulho a impede de protestar.
Em vez disso, ela segue seu novo senhor até a região indômita onde ele vive, e acaba descobrindo um mundo totalmente desconhecido para ela: o mundo do desejo e da sedução!
Embora Tearlach a mantenha cativa, ele é o único homem que poderá libertar seu coração apaixonado e convencê-la de que nada poderá separá-los...

Capítulo Um

Worcester, colônia de Massachusetts, 1769.
— Não quero me casar com John Martin — Letitia se lamentou.
Pleasance observou a atitude infantil da irmã mais nova.
Desde ò momento que elas e os pais haviam se sentado à enor­me mesa do café da manhã, Letitia começara a se queixar.
No mesmo momento, Pleasance perdeu o apetite e não gostou do rumo da conversa.
Sempre que Letitia demonstrava desprazer, em geral era ela quem sofria as conseqüências.
De soslaio, fitou os pais. Thomas Dunstan, corado, não estava conseguindo esconder a raiva.
Ele desejava o casamen­to de Letitia com os abastados Martin para aumentar o próprio prestígio.
Sarah, sua mãe, dedilhava o fichu de renda em um indicativo de agitação. Sem dúvida, ela estivera elaborando secretamente um casamento pomposo.
Lawrence, irmão mais velho de Pleasance, estudava com o tutor, o que era providen­cial, pois o rapaz tinha a mesma verborragia do pai e já havia usado sua linguagem bombástica o suficiente à mesa.
Nathan, o irmão mais novo, não viera para o desjejum, decerto ocupado com os carregamentos ilícitos que trouxera para as colônias.
— John Martin é um rapaz excelente. — Thomas puxou o colete bordado sobre o abdômen antes de se servir de presunto defumado e ovos mexidos das finas travessas de estanho. — Ele tem residência, ofício e pertence a uma família proeminen­te da colônia. Os Martin são muito respeitados em Worcester.
— Isso não me interessa, papai. — O senhor prometeu que eu poderia escolher meu marido.
— E quem escolheria se não fosse John Martin?
— O escocês.
Pleasance sentiu uma dor aguda no peito e tentou se acalmar antes que alguém notasse que ela empalidecera.
A preferência de sua irmã não devia chocá-la, porém ela não queria acreditar que a irmã fosse tão cruel. O escocês, a quem a família não chamava pelo nome, fazia a corte a ela.
— O escocês? — Thomas berrou. — Ele é um homem sem cultura e não serve para você. Além de não ser de uma tradicio­nal família inglesa, é um simples caçador de peles.
— O senhor permitiu que ele cortejasse Pleasance. — Letitia ajeitou cuidadosamente os cachos loiros sobre o ombro direito.
— Pleasance é uma mulher madura que não se casou e não pode ser tão seletiva.
— Quanta bondade! — Pleasance engoliu a ironia com um gole de chá.
— Se minha irmã acha o escocês interessante, ele não pode ser tão desprezível, não?
Letitia fixou em Pleasance um olhar duro e frio.
— Por que não o chama pelo nome, se ele lhe interessa tanto? — Pleasance indagou.
— É um nome muito estranho.
— Se você o escutasse pronunciar, não teria dificulda­de. Tearlach O’Duine. Tearlach é o mesmo que Charles em gaélico.
— Então por que não o chamamos de Charles? — Letitia foi ríspida.
— Porque ele não é inglês, certo? — Pleasance respondeu com sarcasmo.
— Não seja tão atrevida com sua irmã, Pleasance — Thomas a advertiu antes de se dirigir à filha mais nova.
— Letitia, o escocês é rude, não tem instrução e, além disso, os comercian­tes de pele, ordinariamente, não são dignos de confiança.
— Não me importo, papai. Tentei gostar de John Martin para agradar ao senhor, mas não deu resultado. — O lábio infe­rior de Letitia tremeu, e ela encostou nos olhos o guardanapo de linho bordado. — Pelo bem de Pleasance, também tentei esquecê-lo, mas foi impossível.
Creio estar apaixonada pelo sr. O’Duine.


9 comentários:

  1. Nossa da vontade de esganar a irmã da Pleasance, livro otimo ! adoro o blog !

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  2. muito bom mesmo o livro. aquela Letitia só matando mesmo.

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  3. Como a maioria dos livros de Hannah este livro é muito bom, a mocinha sofre bastante por causa da família. O mocinho fica louco por ela, mas, não quer admitir, ele a faz sofrer um pouco,mas, tem troco.. Não percam a chance de lê-lo.

    Beijos para todas, e em especial para Jenna e as revisoras que nos proporcionam a chance de ler estes romances maravilhosos.

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  4. adorei,mocinha lutadora, que irmã mais idiota, que familia mesquinha

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  5. Livro gostoso de ler envolvente essa Hannah e danada escreve muito bem msm super recomendo

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  6. É uma das minhas Autoras preferidas...bjs

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  7. Amei o livro e a narrativa da autora. Mocinho cabeça dura, mas um fofo. Queria muito que Moira tivesse um livro só para ela.

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  8. Que gracinha de livro um pouco diferente de tudo que já li da autora mais não deixou a desejar. Adorei vale a pena ler e é curtinho...

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