5 de fevereiro de 2011

Linda Flor da Madrugada





Que estranho que um acidende de faetonte pudesse trazer tal encantamento à vida de Petula!

Vivendo no campo, ela não estava acostumada a companhias tão charmosas como o Major Adrian Chester.
Que feliz destino o teria forçado a passar a noite em sua casa? E que maravilhosa noite foi.
Mas a manhã foi ainda mais maravilhosa:
"Não pude dormir pensando em você" - disse o Major quando, de repente, a beija.
O beijo foi tão perfeito que Petula imagina não haver mais ninguém nesse lugar secreto e isolado do mundo a não ser eles dois.
Quando esperava que o Major a beijasse de novo, ele diz:
"Tenho que partir o mais rápido possível".
Iria o encantamento terminar agora... Para sempre?

Capítulo Um

O cavalheiro descia com dificuldade pelo caminho esburacado coberto de cascalho. Praguejava intimamente e se culpa­va mais uma vez por ter sido imprevidente e entortado uma roda de seu faetonte.
A culpa era exclusivamente dele e não adiantava amaldiçoar ninguém.
Tinha saído tarde de Londres, depois passou a noite com uma moça encantadora, que, com todo seu poder de sedução, o fez esquecer a longa viagem que o esperava na manhã seguinte.
Viajava há dois dias e, mesmo depressa, estava atrasado.
Por isso, aceitou o conselho dos amigos que o hospedaram na segunda noite.
Disseram-lhe para sair da estrada principal e pegar uma secundária, que seria mais rápido. A idéia tinha sido um perfeito desastre.
Vinha a uma velocidade que ele próprio achava perigosa àquela estrada tão estreita, quando, numa curva sem visibi­lidade nenhuma, encontrou uma carroça.
Só com muita perícia, conseguiu evitar que os cavalos se chocassem com o velho animal que puxava a carroça.
Mesmo assim, a roda do faetonte bateu na carroça, entortando e impossibilitando-o de continuar viagem.
O camponês sugeriu que pedisse ajuda no solar da fazenda.
Deixou o cocheiro tomando conta de suas coisas e, pas­sando por uma porteira em ruínas, foi andando a pé por um caminho que não devia ser cuidado há pelo menos cem anos!
Mas mesmo estando num estado calamitoso, o lugar era muito pitoresco, todo ladeado de rododendros, liláses e arbus­tos floridos.
O cavalheiro, contudo, estava mais preocupado com o con­serto do faetonte do que com a beleza da paisagem.
Foi andando o mais depressa que pôde, pensando que, quando chovia, aquilo tudo devia ficar totalmente intransitá­vel com a lama.
Subitamente, após uma curva, viu uma casa que devia ser a que estava procurando.
À primeira vista, era muito bonita.
Aparentemente, tinha sido construída na época dos Tudor, mas a trepadeira que a revestia toda, tornava difícil de se descobrir exatamente quando.
Em frente à casa havia um pátio de pedras, que estava na mesma deplorável condição da estrada, e uma profusão de arbustos, que mal deixavam ver os tijolos antigos da cons­trução.

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