17 de julho de 2011

O Príncipe Grego





Ela acaba de conhecer o amor, mas está prometida a alguém que não conhece!

Athena parte para a Grécia para casar-se com o príncipe Yiorgos, que ela não conhecia.
Como se os deuses do Olimpo conspirassem contra esse casamento arranjando, ela conhece em Delfos o aventureiro Órion, homem que pode mudar o seu destino. Perdidamente apaixonado por Athena, ele a pede em casamento.
Mas como revelar a Órion que ela se refugiara em Delfos para tentar esquecer que estava prometida ao príncipe grego?
Teria forças para lutar contra tudo e contra todos por aquele amor que já se apossara de sua alma?
Só havia uma certeza: seu coração pertencia à Órion, e ela não estava disposta a passar a vida sem o seu amor!

Capítulo Um

1852
Athena abriu a porta de vidro que dava para a varanda e pôs—se a admirar a vista à sua frente.
Todas as vezes que olhava para uma paisagem grega, achava—a ainda mais bonita do que um minuto atrás e, ainda assim, parecia impossível que alguma coisa neste mundo fosse mais encantadora do que o mar de águas muito azuis do golfo de Corinto.
O sol poente tingia o céu de dourado, o qual, mais adiante, ao misturar—se com a névoa cinzenta, adquiria um lindo tom de lilás.
Tudo aquilo era de uma beleza extraordinária, o que confirmava suas suspeitas de que a Grécia, na verdade, conseguia ser ainda mais encantadora do que o era em seus sonhos mais fantásticos.
Desde a mais tenra infância, quando sua avó, a viúva marquesa, a embalava com histórias das deusas e dos deuses gregos, Athena desejava visitar esse país.
Enquanto as outras crianças se divertiam com contos de fadas, histórias da Cinderela, de Hansel e Gretel, ela havia crescido lendo sobre a deusa na qual seu nome fora inspirado.
Só que, na Inglaterra, ninguém a chamava desse modo.
Para sua família, ela era Mary Emmeline.
Para o resto do mundo, lady Mary Emmeline Athena Wade, filha da quarta marquesa de Wadebridge e, como tal, figura de grande destaque na sociedade londrina.
O sol já começava a se esconder, e agora, o mar inteiro havia adquirido um brilho dourado, cuja luz intensa, aliada à coloração translúcida do céu, era quase ofuscante.
Athena fechou os olhos e lembrou—se das palavras de sua avó:
“Os gregos nunca se cansam de descrever a aparência da luz.
Eles amam o brilho da areia branca coberta pelo mar, amam o brilho do orvalho e seus templos reluzem como pilares de luz".

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