29 de agosto de 2011

Mais Forte Que O Destino





Inglaterra, 1655



Uma dama notável!



Ela é Devondra Stafford, filha do "Cavalheiro James", um salteador de estradas que rouba dos ricos para dar aos pobres.

Mas quando James é capturado e condenado à morte, Devondra aceita um acordo por puro desespero: para salvar seu pai da forca, ela concorda em se deitar com Quentin Wakefield, um nobre atraente e sedutor...

Como magistrado de Londres, Quentin tem poder para absolver o Cavalheiro James, e embora despreze o fora da lei, ele fará qualquer coisa para possuir a bela filha do salteador.

Porém Devondra não imaginava que viveria uma noite de paixão indescritível, uma noite que ela jamais esqueceria...

Até descobrir que Quentin não cumpriu sua palavra...

Determinada a se vingar, Devondra traça um plano para arruinar Quentin, que terá de arriscar a própria vida para salvá-la de um inimigo decidido a vê-la pendurada no cadafalso, assim como fez com o pai dela...



Capítulo Um



Middlesex e Londres, 1655



A tensão pairava no ar tal qual a calmaria antes da tempestade; a sensação de perigo era bem perceptível para Devondra Stafford, que parada do lado de fora da estalagem Devil's Thumb, esperava pelo pai.

O caminho, no entanto, estava deserto; não havia sombras, nem silhuetas, nenhum sinal de vida.

— Oh, onde ele está?

Ansiosa por ouvir os relatos das aventuras daquela noite, estava impaciente e compreensivelmente agitada, visto que o pai não se ocupava de algo comum.

Ele era um salteador.

De fato, todas as noites, quando saía de casa, o "Cavalheiro James" brincava com o perigo.

Num período em que a vida de muitos ingleses submetidos às regras do Commonwealth de Cromwell era enfadonha e sem-graça, a de Devondra era excitante por causa de seus relatos, mesmo que por vezes cheia de riscos.

O pai era impetuoso. Ousado.

Inegavelmente, o mais galante dos salteadores da charneca. Vistoso. Nobre. Charmoso. Considerado vilão pelos ricos, era um herói para os pobres que viviam em Hounslow Heath, que com freqüência se beneficiavam de suas pilhagens.

A partir de seu quartel-general na estalagem, o Cavalheiro James iniciava muitas de suas façanhas, que logo se tornavam assunto em Londres.

Ainda que existissem diversos salteadores, ele sempre levava certo glamour às confusões das estradas, talvez por ser um romântico em sua essência.

Ele não saberia roubar sem um floreio, assim como não saberia caminhar ou cavalgar sem graciosidade.

A verdade era que se dizia que muitas damas secretamente fantasiavam encontrá-lo. Muito mais depois que se soube que ele havia dançado com uma bela dama em vez de assaltar-lhe a carruagem.

Havia boatos na cidade de que ele propusera exonerar o pagamento do acompanhante de uma senhora caso ela lhe concedesse um beijo.

Devondra riu dessa história, pois conseguia imaginar o pai sendo leniente por causa de um rosto bonito. Os últimos tempos tinham sido bons para eles.

Se as cavalgadas noturnas não os haviam tornado ricos, ao menos lhes permitiam cobrir as necessidades básicas e mesmo alguns luxos.

A realidade, todavia, não fora sempre assim. Houve um tempo em que haviam sido muito pobres.

Um dos partidários do deposto rei Charles I, James Stafford teve todos os bens confiscados, perdendo terras, dinheiro e o título quando os monarquistas perderam. Empobrecido, vagou pelas ruas de Londres em busca de trabalho, mas a resposta era sempre a mesma.

O país vivia um tumulto, as pesadas taxas impostas pelo Parlamento a fim de bancar a guerra foram responsáveis por tempos difíceis. Imposições rígidas vigoravam nos bolsos e na consciência das pessoas.

Havia poucos empregos, e esses eram concedidos somente aos seguidores do lado vitorioso.

O pai, porém, não sucumbiu ao destino. Seguindo a estrada, o nobre viúvo encontrou um modo de ressurgir da pobreza, apesar de à margem da lei.

Usando um chapéu emplumado, uma capa esvoaçante, botas de couro, calça e camisa pretas, montava um cavalo negro decorado com estribos prateados em suas incursões noturnas.

Nesse ínterim, o país fervilhava de pessoas ávidas por capturá-lo.

— Não tema. James é tão esquivo quanto a neblina de Londres. Ninguém conseguirá pegá-lo.

Sem se virar, Devondra reconheceu a voz de Tobias, o amigo mais fiel de James.

— Não estou com medo.

— Então por que está aqui fora esperando? A noite está fria. Seria melhor entrar e se aquecer perto da lareira.

-— Tal qual um gato no tapete? — Ela meneou a cabeça. — Não. Quero esperar por ele. Quero ouvir...

— As aventuras desta noite? — Tobias riu. — Só sei que James planejava atacar um dos homens de Cromwell.

Ela se virou para fitar o baixinho ruivo.

— Ótimo!

Ela detestava Cromwell e todos que serviam ao homem responsável pela execução do rei ungido.


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2 comentários:

  1. Flor, saudades!! apareça minha flor.

    bjs

    karyne

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  2. Olá Karyne,

    Saudade tb, faz tempo que não entro no msn, falta tempo...mas vou te chamar.

    Até... bjs

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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!