18 de setembro de 2011

O Chamado Do Amor





Rosana viveu uma lua-de-mel estranha, sem beijos e sem amor!

Mesmo sem olhar, Rosana sabia que o noivo a esperava nos degraus do altar.
Repentinamente passou pela sua cabeça estar cometendo um grande erro, se casando com um desconhecido.
Por um instante pensou em fugir dali correndo.
Pode se ver descendo as escadas atropeladamente, jogando o buque no chão.
Mas ai surgiu diante de seus olhos o castelo, como uma enorme prisão.
Uma vez que as portas se fechassem, a luz de fora desapareceria e ela seria aprisionada inexoravelmente, como uma freira enclausurada!

Capítulo Um

1820
Sentada no largo peitoril da janela do quarto de estudos do castelo, Rosana cerzia calmamente uma peça de roupa. De repente a porta do quarto abriu e sua prima, Carolina, entrou ofegante e com as feições transtornadas.
— O que há, Carolina?
Por alguns momentos a jovem não conseguiu responder, mas, tomando fôlego, dominou-se e exclamou, furiosa,
— Não! Não e não! Não me casarei com ele, mesmo que papai queira me obrigar a isso!
— Casar? — perguntou Rosana— Do que está falando?
A moça sentou junto à prima, torcendo as mãos.
— Você não vai acreditar no que vou dizer!
Meio surpresa, a jovem pôs no colo a finíssima gola de renda de Bruxelas de um vestido da Duquesa, sua tia, que ela acabara de consertar caprichosamente e aí pediu à prima,
— Conte-me então, o que a deixou tão exasperada.
— Eu, exasperada? Estou furiosa, arrasada, e não sei mais o que fazer!
Havia algo de patético em sua atitude e Rosana, pondo uma das mãos sobre a de Carolina, num gesto fraterno, insistiu,
— Mas, afinal, o que aconteceu, prima?
— Papai acaba de me dizer que o Marquês de Quorn virá para a corrida de obstáculos, na quarta-feira, e pretende me pedir em casamento.
— O Marquês de Quorn ! Você tem certeza? — exclamou Rosana, espantada.
— Claro que tenho! E quando eu disse a papai que não me casaria com o Marquês, ele se limitou a responder, "Não quero discutir esse assunto com você. Fale com sua mãe".
Doloroso silêncio envolveu as duas moças, pois sabiam que de nada adiantaria falar com a Duquesa.
Carolina levantou nervosa e agitada, e quase gritando, disse,
— Eu não me casarei com ele! Não casarei mesmo! Você bem sabe como eu amo Patrick. Ele aguardava apenas uma oportunidade para falar com papai.
A prima não fez nenhum comentário, sabia, de antemão, que Carolina jamais teria a permissão dos pais para se casar com Patrick Fairley.
Apesar do moço ser uma pessoa encantadora e filho de um Baronete, a Duquesa tinha planos bem mais ambiciosos para o futuro de sua filha.

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