22 de setembro de 2011
Uma Lady Perigosa
Ao deixar sua casa, altas horas da madrugada, para fugir de uma cilada, o Duque Trydon Ravel se viu prisioneiro de um grupo de malfeitores encapuzados.
Sem querer, foi testemunha de uma ação criminosa de, ao que tudo indicava perigosos contrabandistas. A surpresa maior, porém, ainda estava por vir.
Levado à presença do chefe do bando, descobriu que aquela figura vestida com roupas masculinas fora de moda, botas militares e chapéu era uma bela mulher!
Capítulo Um
1809, Inglaterra
— Que inferno! Você ganhou novamente!
O Duque de Westacre ergueu-se da mesa de jogo, forrada de baeta verde, e atirou as cartas para o alto.
Elas passaram por cima da elegante mobília marchetada e foram cair no sofá de pés torneados, revestido de damasco.
Seu parceiro inclinou a cadeira para trás e riu.
— Você está se tornando um mau perdedor, Trydon!
— Esta é a terceira noite seguida que você ganha de mim nas cartas — replicou o Duque — Nunca mais jogo faraó com você.
— Sabe o que diz o ditado, não, Trydon? — pergun¬tou o Capitão Peregrine Carrington.
— Não sei nem quero saber! — retrucou o Duque, zangado.
— Mesmo assim, vou dizer, "Infeliz no jogo, feliz no amor" — citou o Capitão.
O Duque olhou para o amigo com olhos fuzilantes, atravessou o salão e puxou com violência, as duas partes da alta porta de vidro que se abria para o jardim.
Ficou no limiar, parado sentindo no rosto o ar fresco da noite.
Lembrou que poucas horas atrás uma profusão de velas acesas cercava os canteiros repletos de flores, o tanque forrado de nenúfares e ladeavam os caminhos que conduziam ao lago artificial.
No momento, porém, as velas que não se haviam extinguido por completo, bruxuleavam apenas algumas lanternas chinesas, pendentes de árvores e arbustos, balouçando com a brisa, ali estavam para revelar que o jardim fora cenário de uma grande festa e muita alegria.
— E então? — Peregrine Carrington perguntou da mesa de jogo.
— Então, o quê? — tornou o Duque, seu tom de voz ainda agressivo
— Você acha que passei uma noite agradável? Ora, Peregrine, sinto-me como uma raposa sendo perseguida. Agora sei como é ser caçado. Sim, caçado!
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!