13 de novembro de 2011

O Passado Entre Nós





Depois daquele encontro, nada mais seria como antes...

O comandante Michael Fielding, da Força Aérea, havia prometido a um oficial, seu amigo, momentos antes de sua morte, que iria visitar a mulher que ele amara, Cynthia Standish.

Michael e Cynthia se encontraram, odiaram-se mutuamente e se separaram.

A razão do ódio: ele tinha certeza de que Cynthia era a culpada pela morte do amigo. Porém, não conseguia se esquecer do olhar daquela mulher...
Quis o destino que se encontrassem novamente.
E Michael compreendeu que não fora ódio o que sentira desde o instante em que a vira, mas sim amor.
Agora, precisava mostrar a Cynthia que eles podiam ser felizes juntos... apesar do que acontecera no passado!

Capítulo Um

Michel Fielding subiu devagar os largos degraus de mármore da imponente mansão e tocou a campainha.
Enquanto esperava, correu os olhos pela rua sossegada onde pomposos carros oficiais estavam estacionados.
"Eu gostaria que tudo isto já estivesse terminado", pensou.
Em seguida sorriu; não era próprio de sua natureza ficar tão apreensivo antes de entrar em ação.
No passado, enfrentara a morte tantas vezes, sem medo e sem a desagradável apreensão que no momento o dominava.
Assim que a porta se abriu, Michael endireitou os ombros e voltou o rosto magro e queimado de sol para o mordomo de cabelos brancos.
— Desejo ver a Srta. Cynthia Standish. Ela me espera.
— A quem devo anunciar?
— Comandante Fielding, da Força Aérea.
— Entre por favor, e acompanhe-me. Vou avisar a Srta. Standish da sua chegada.
No hall de mármore, um tanto escuro e frio, Michael sentiu-se contagiado por aquela atmosfera sombria.
"Meu senso de humor deve estar de férias", disse a si mesmo, com ceticismo.
O mordomo conduziu-o a uma sala ampla, no primeiro andar, decorada com todo o requinte que o dinheiro pode proporcionar.
Entretanto, Michael não notou as obras-primas que enfeitavam as paredes, nem os caros tapetes que forravam o chão, tampouco as obras de arte que encantariam qualquer expert.
Assim que o mordomo saiu, fechando a porta.
Michael foi até a janela voltada para o pequeno jardim, além do qual se viam as árvores do Green Park, um oásis no meio do calor e do pó das ruas londrinas.
Olhou absorto para o parque e, em vez de ver o estandarte real, acima dos telhados do palácio de Buckingham, flutuando contra o límpido céu azul, vieram-lhe à mente as planícies áridas da índia e ele relembrou a conversa mantida com David antes de sua morte.
— Você irá vê-la e lhe dirá que sempre a amei? Que a amei... Desde que a vi... Até o meu último suspiro? Promete Michael?
—Sim, David. Prometo.

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