8 de julho de 2012

O Segredo Do Duque


Adrian, eu posso suportar tudo isso. 

Estou disposta a continuar neste casamento recebendo nada além de um olhar gentil. 
Estou mesmo disposta a deixar para trás os sonhos de ter um marido que me ame. 
Mas não vou me deitar a seu lado e fingir que estou feliz Você não se importa com as liberdades que tomei? 
Você as receberá de bom grado?Ela não podia admitir verdades tão constrangedoras. Não podia... 
Ele levantou-lhe o queixo e ela achou ter visto um brilho de júbilo nos olhos cor de mel. 
Como uma mulher poderia não apreciar estar nua com um homem daquele?
Miranda segurou-lhe o cabelo. Puxando-lhe a cabeça, beijou-o, saboreando o conhaque em sua língua e deixando que ele provasse o sabor da sua. 
Sem respiração, assentiu para ele em resposta à pergunta que ainda a incomodava. 
—Eu as receberia de bom grado, Adrian. Dessa vez foi ele quem a beijou e ela agarrou as lapelas do seu, sobretudo para manter-se equilibrada... 

Capítulo Um 

— Vire a cabeça, por favor, Vossa Alteza.
Adrian Warfield, duque de Windmere, suportou ser apalpado em silêncio. 

Graças ao título e à posição, três dos mais renomados médicos ingleses estavam em sua casa, e seus modos refinados impediam-no de deixar escapar as blasfêmias que gostaria de proferir. 
Caso não conseguissem dar-lhe respostas, seu futuro, o de sua família e do ducado seriam sombrios. Permitindo que cada um deles o examinasse, Adrian impacientou-se ao perceber que os exames se arrastavam por tanto tempo. 
Finalmente, afastaram-se e ele ajeitou a camisa e o colete. Esperou os pronunciamentos. Agruparam-se ao lado da mesa, cochichando entre si.
— Bem, doutores, qual é o diagnóstico? — Ele não gostou das expressões. O silêncio aumentou e ele acabou botando para fora um dos impropérios que até então segurara. — Que diabos! Comecem logo com isso.
Entreolharam-se antes de encará-lo.
— Vossa Alteza, nenhuma novidade quanto a seu estado — disse o Dr. Penworthy. As espessas sobrancelhas agitavam-se, fazendo-o parecer com um esquilo. Piorou? — Adrian preparou-se para o pior.
— Sim, mas não o suficiente para nos preocuparmos demais com as mudanças apresentadas. — O Dr. Lloyd pegou um pequeno caderno de notas. — Um ou dois ajustes nos tônicos para aliviar os sintomas.
Adrian afastou-se, permitindo ao Dr. Lloyd sentar-se para prescrever as instruções ao farmacêutico. Os Drs. Penworthy e Wilkins voltaram a entreolhar-se e permi­tiram que o Dr. Lloyd falasse por eles.
— Vossa Alteza, não deixe que essas mudanças o afetem tanto. Sabemos que o nervosismo irá piorar o estado de seus pulmões. — Os três concordaram e Adrian olhou com raiva cada um deles. O Dr. Lloyd en­tregou-lhe a receita. — Vá para uma estação de águas no verão e irá sentir-se um novo homem. — Fechando os olhos por um instante, Adrian lutou para controlar a frustração. 
Não queria dar a impressão de ser uma pes­soa nervosa como haviam mencionado. Não precisava demonstrar a vontade de estrangular um por um. 
Sentia pulsar dentro de si uma raiva potente e crescente. Com uma astúcia que o surpreendeu, os três fitaram-no dire­tamente. Sabia quão impotente ele se sentia devido à sua condição. 
E nenhum homem gostava de se sentir impotente.
— Estamos de saída, Vossa Alteza — disse o Dr. Wilkins calmamente. — Estaremos à sua disposição se necessário.

 

Um comentário:

Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!