12 de agosto de 2012

Cúmplice Do Amor








Uma vida cheia de imprevistos certamente tinha seu fascínio!

Inglaterra 1883Quando deixou a tranquila Oxford para morar na casa de seu adorado pai, em Londres, Dorothea Bright nunca imaginou que seria lançada num turbilhão de intriga e perigo pelas mãos do aventureiro Jack Temple. 
Por mais atrevido e complicado que esse homem se mostrasse, Dorothea demonstraria espanto ao descobrir que estava se divertindo imensamente ao lado dele. 
Arrancar os segredos do pai de Dorothea estava longe de ser uma tarefa fácil! Jack Temple, porém, jurou que a filha toda "certinha" daquele malandro o ajudaria a encontrar uma antiga peça de incalculável valor. 
O problema era que Jack estava começando a se desviar dos propósitos que tinha em mente, atraído pelas camadas infinitas de paixão escondidas sob a aparência bem comportada de Dorothea!

Capítulo Um

Londres
Fim de primavera, 1883
O desagradável empurra-empurra da multidão e todos os cheiros asquerosos de Londres tomaram Dorothea Bright de assalto, dentro da carruagem que transportava seus pertences, a caminho da casa de seu pai. Levando um lencinho imaculado de linho até o nariz, ela deixou escapar um gemido de desgosto.
Não era de admirar que sua mãe tivesse preferido viver em Oxford. Honória Bright nunca teria permitido que Dorothea, de saúde delicada, vivesse em um lugar tão horripilante.
A viagem de trem fora desgastante, seus companheiros de vagão, de origem duvidosa e de maneiras rudes. Dorothea não conseguia compreender como alguém haveria de tolerar viajar de trem mais de uma vez na vida.
Poderia jamais ter vindo a Londres, mas as circunstâncias haviam ditado a mudança. Sua querida mãe morrera recentemente e a casa em que moravam, em Oxford, seria agora ocupada pelo novo proprietário por direito, um primo distante, o conde de Groton.
Dorothea sentia uma profunda gratidão pelo antecessor do conde, que permitira que ela e Honória morassem lá por quase vinte anos, desde que haviam sido abandonadas, de maneira tão insensível, por Alastair Bright.
Naqueles vinte anos, Dorothea não vira nem traço nem notícias de seu pai. Sabia muito pouco sobre ele, além de suas credenciais como professor e de sua reputação de andarilho. Essa última tendência em não criar raízes fora responsável pelo rompimento de seus pais. Honória não pudera suportar um marido que estava mais afastado do que presente, e, consequentemente, preferiu ficar sem marido algum.
Mãe e filha viviam muito bem em Oxford. Desde que Dorothea evitasse qualquer aborrecimento, não sofria com a falta de ar e as palpitações do coração, resultado de uma enfermidade terrível que contraíra na infância.
Honória era bastante respeitada na cidade. E Dorothea, em virtude do surpreendente talento para idiomas antigos, tornara-se uma consultora altamente considerada por vários dos professores de História Antiga da universidade. Conquistara um nome respeitável por meio desses esforços, juntamente com a estima de Albert Bloomsby, um jovem mestre cujo principal interesse acadêmico focava-se nos idiomas escritos da antiga índia.
Acontecia que Dorothea era bastante especializada em avéstico, páli e pakrit, e Albert usava dessa fluência sempre que deparava com uma tradução particularmente difícil.
Era um bom pretendente, além disso, embora seu talento em cortejá-la fosse tão restrito quanto seu conhecimento dos textos antigos.
Mesmo assim, Dorothea ficara decepcionada quando Bloomsby não a pedira em casamento, depois da morte de sua mãe.
Ele sabia que ela não tinha para onde ir nem contava com outra pessoa da família para ajudá-la. Ninguém, além de seu pai, a quem Dorothea não via fazia vinte anos, e era bem possível que se passassem outros vinte antes que se encontrassem de novo.
Dorothea teria sido a esposa perfeita para um aspirante a acadêmico, inteligente, equilibrada, bem-nascida. Era, afinal, a neta de um conde. Albert devia saber que não encontraria alguém melhor.

Um comentário:

  1. eu adooooooro esse livro...tinha a versão impressa mas por algum motivo eu o perdi..desde então eu venho procurando ele em pdf e nunca achava...ate hoje...Jena valew...mesmo....vc fez uma criança [23 anos] feliz.....aaahhhhahhhh :}

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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!