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7 de janeiro de 2015

O Desejo do Highlander




















Capítulo Um

Minch, arredores do Lago Ewe. Verão de 1720.
O mar estava calmo; no entanto, havia vento suficiente para levar navio de Lachann MacMillans, o Glencoe Lass, para o norte em direção ao Minch, o mar que ficava entre a Escócia e as ilhas ocidentais. O destino Lachann era Kilgorra, uma ilha fértil na extremidade do Minch que guardava a entrada do Lago Ewe, e, portanto, a passagem para Braemore.
Lachann e dois de seus parentes estavam na proa do navio e viram quando eles se aproximavam de seu destino.
A ilha se ampla e montanhosa. O lado noroeste consistia-se de uma parede de rocha preta em um promontório que se elevava acima do mar. O enorme castelo, Kilgorra, estava situado no seu cume, as janelas da fortaleza ainda escuro, sem o sol da tarde. As paredes castelos e torres eram perfeitos para postar vigias para alertar o exército de Kilgorra de marinheiros invasores.
No entanto, Kilgorra não tinha um exército, nenhum marinheiro treinado para lutar.
O primo e bom amigo de Lachann, Kieran Cameron, olhou de soslaio para a terra à frente. — Tem certeza que isso é o que você quer, Lachann? — Vai casar com filha lorde MacDuffie, sem tê-la visto? Dizem que ela é tão simples como um do bolo de farinha de aveia.
— É teimoso, claro que ele fara, Duncan MacMillan respondeu por Lachann.
— Uma vez que ele se case com Catrìona, o velho laird vai fazê-lo seu herdeiro, e depois não haverá mais oportunidade para os piratas atacarem as terras Braemore.
— Sim, no entanto, há mais para tomar de uma esposa que a cobiça pelas terras de seu pai.
— Ah, sim? Duncan desafiado. — Cite uma coisa.
— Bem, você certamente não saberia. Você, esteve para casar quantas vezes, Kieran?
— Chega, Lachann disse, encerrando o argumento antes que pudesse ganhar algum impulso.
Braemore precisa Kilgorra.
— Mesmo que a filha do laird seja um do bolo de farinha de aveia, se eu devo casar com ela para garantir a proteção de Braemore, que assim seja.
Ele não se importava quem era Catrìona, nem tinha qualquer interesse em sua aparência. Ele tinha aprendido a não confiar em seus olhos quando se tratava de mulheres. Ele amou Fiona impetuosamente, no entanto, quando Cullen Macauley tinha chegado em Skye e pagou a seu pai tão generosamente, ele não tinha sido capaz de recusar.
Lachann avô poderia tê-lo proibido de assassinar o maldito bastardo, Lachann tinha apresentado outra solução para Fiona, eles poderiam deixar Skye e seus clãs para se estabelecerem por conta própria.
No entanto, Fiona não iria fugir com ele. Ela chorava enquanto jurava seu amor por ele, no entanto, ela havia alegado seu dever era com seu clã, e que ela tinha escolhido seus pais sobre qualquer coisa que ela sentia por Lachann.
Essa tinha sido a última vez Lachann havia permitido que o seu coração governasse suas escolhas.
— Diga-me de novo, Lachann, disse Kieran.
— Você está comprometido com este casamento? — Existe uma maneira para você sair disso? Bem, ela também está?
Lachann e seus irmãos tinham se correspondido com Bruce MacDuffie durante todo o verão. Tudo o que precisava agora era do consentimento de Catrìona, e, uma vez que ela aceitasse, eles iriam casar o mais rápido possível.
Lachann não tinha dúvida de que ele poderia convencer a moça a casar com ele.
— Não estou totalmente comprometido, disse Lachann. Catrìona deve concordar.
— Você não terá problemas, Lachann, disse Duncan.
Kieran riu. — Ou melhor. Eu ainda quero ver você falhar com uma moça que você tenha escolhido para a cama.
Sim, porque ele teve o cuidado, escolhendo apenas as mais despreocupadas, as moças mais dispostas. Nunca mais ele escolheu o tipo de mulher que poderia danificar seu coração, como Fiona tinha feito.
— Chega, disse Lachann. Precisamos de Kilgorra. Vamos criar uma força de combate que possa defender a ilha, bem como os canais no entorno. Nenhum navio vai navegar sem o nosso conhecimento e consentimento.
— Assim, Braemore estará a salvo de um ataque por mar, disse Duncan.
— Sim. Isso era tudo que preocupava Lachann.









12 de agosto de 2012

Cúmplice Do Amor








Uma vida cheia de imprevistos certamente tinha seu fascínio!

Inglaterra 1883Quando deixou a tranquila Oxford para morar na casa de seu adorado pai, em Londres, Dorothea Bright nunca imaginou que seria lançada num turbilhão de intriga e perigo pelas mãos do aventureiro Jack Temple. 
Por mais atrevido e complicado que esse homem se mostrasse, Dorothea demonstraria espanto ao descobrir que estava se divertindo imensamente ao lado dele. 
Arrancar os segredos do pai de Dorothea estava longe de ser uma tarefa fácil! Jack Temple, porém, jurou que a filha toda "certinha" daquele malandro o ajudaria a encontrar uma antiga peça de incalculável valor. 
O problema era que Jack estava começando a se desviar dos propósitos que tinha em mente, atraído pelas camadas infinitas de paixão escondidas sob a aparência bem comportada de Dorothea!

Capítulo Um

Londres
Fim de primavera, 1883
O desagradável empurra-empurra da multidão e todos os cheiros asquerosos de Londres tomaram Dorothea Bright de assalto, dentro da carruagem que transportava seus pertences, a caminho da casa de seu pai. Levando um lencinho imaculado de linho até o nariz, ela deixou escapar um gemido de desgosto.
Não era de admirar que sua mãe tivesse preferido viver em Oxford. Honória Bright nunca teria permitido que Dorothea, de saúde delicada, vivesse em um lugar tão horripilante.
A viagem de trem fora desgastante, seus companheiros de vagão, de origem duvidosa e de maneiras rudes. Dorothea não conseguia compreender como alguém haveria de tolerar viajar de trem mais de uma vez na vida.
Poderia jamais ter vindo a Londres, mas as circunstâncias haviam ditado a mudança. Sua querida mãe morrera recentemente e a casa em que moravam, em Oxford, seria agora ocupada pelo novo proprietário por direito, um primo distante, o conde de Groton.
Dorothea sentia uma profunda gratidão pelo antecessor do conde, que permitira que ela e Honória morassem lá por quase vinte anos, desde que haviam sido abandonadas, de maneira tão insensível, por Alastair Bright.
Naqueles vinte anos, Dorothea não vira nem traço nem notícias de seu pai. Sabia muito pouco sobre ele, além de suas credenciais como professor e de sua reputação de andarilho. Essa última tendência em não criar raízes fora responsável pelo rompimento de seus pais. Honória não pudera suportar um marido que estava mais afastado do que presente, e, consequentemente, preferiu ficar sem marido algum.
Mãe e filha viviam muito bem em Oxford. Desde que Dorothea evitasse qualquer aborrecimento, não sofria com a falta de ar e as palpitações do coração, resultado de uma enfermidade terrível que contraíra na infância.
Honória era bastante respeitada na cidade. E Dorothea, em virtude do surpreendente talento para idiomas antigos, tornara-se uma consultora altamente considerada por vários dos professores de História Antiga da universidade. Conquistara um nome respeitável por meio desses esforços, juntamente com a estima de Albert Bloomsby, um jovem mestre cujo principal interesse acadêmico focava-se nos idiomas escritos da antiga índia.
Acontecia que Dorothea era bastante especializada em avéstico, páli e pakrit, e Albert usava dessa fluência sempre que deparava com uma tradução particularmente difícil.
Era um bom pretendente, além disso, embora seu talento em cortejá-la fosse tão restrito quanto seu conhecimento dos textos antigos.
Mesmo assim, Dorothea ficara decepcionada quando Bloomsby não a pedira em casamento, depois da morte de sua mãe.
Ele sabia que ela não tinha para onde ir nem contava com outra pessoa da família para ajudá-la. Ninguém, além de seu pai, a quem Dorothea não via fazia vinte anos, e era bem possível que se passassem outros vinte antes que se encontrassem de novo.
Dorothea teria sido a esposa perfeita para um aspirante a acadêmico, inteligente, equilibrada, bem-nascida. Era, afinal, a neta de um conde. Albert devia saber que não encontraria alguém melhor.

3 de julho de 2011

A Tentação do Guerreiro

Série Warrior

Nortúmbria, 981

Uma nova terra...Um novo tempo... Um novo amor...
Merrick Mac Lochlainn precisa viajar quase mil anos para o futuro, para descobrir a mágica capaz de proteger seu clã de um grande mal.
Porém, ao acordar na Inglaterra do século XIX, ele não se lembra de sua missão, e tampouco reconhece Jenny Keating, a jovem linda e graciosa que afirma ser sua esposa...
Vulnerável e sozinha, e fugindo de um homem cruel, Jenny nunca imaginou que seria salva por um galante cavalheiro, muito menos um guerreiro bonito e charmoso.
Atraída pela beleza máscula e pelo jeito misterioso de Merrick, Jenny dá início a uma farsa perigosa e se faz passar por esposa dele.
Porém, seus sentimentos nada têm de fictícios, ao contrário, são reais e intensos, até demais...
E, juntos, eles terão de combater uma terrível ameaça, que põe em perigo as suas vidas, ao mesmo tempo em que têm de lidar com uma paixão forte demais para resistir...

Capítulo Um

Ilha de Coruain, 981
Merrick, quero saber por quanto tempo poderemos proteger Coruain depois que você e Brogan se forem — Ana disse, parando perto do primo, recentemente empossado comandante do povo druzai. — Permita que eu vá em seu lugar enquanto permanece aqui para guardar a ilha. Posso procurar uma das duas pedras enquanto...
— Você não teve treinamento de guerreiro, Ana, e minha busca nas ilhas Tuath poderá ser perigosa.
O pai de Merrick jamais enviaria uma mulher em uma missão daquelas, e ele também não o faria.
Ana e o primo tinham retornado às pressas da Câmara dos Anciãos. Ele tirou a capa oficial dos membros da Câmara e a jogou a um criado.
Não havia tempo a perder.
Naquele momento, Ellinora, antiga inimiga dos druzais, juntava forças e unia seus aliados para atacar.
A feiticeira havia escapado da prisão e assassinara o pai de Merrick, Kieran, apossando-se do cetro de ouro do comandante. Todo o povo druzai sabia que não poderia neutralizar Ellinora sem as antigas pedras brigha, escondidas havia séculos no reino de Tuath.
Ninguém, nem mesmo Ana, tinha idéia de como a feiticeira má e seus seguidores, os odhars, haviam escapado dos laços misteriosos que os mantiveram afastados durante quase um milênio.
Merrick e o irmão suspeitavam de que Ellinora havia obtido ajuda de al¬gum poderoso feiticeiro desconhecido pelos druzais.
De algum modo, ela e os odhars tinham encontrado Keiran e conseguiram se esconder dos guardiões e dos guerreiros druzais. Pretendiam invadir Coruain House.
Merrick abafou um resmungo de aflição e frustração.
A morte do pai pelas mãos de Eilinora pesava muito sobre ele. Como tambem as novas responsabilidades.
—Tem visto Eilinora? — ele perguntou. Ana meneou a cabeça em negativa. — Ela tem me evitado, Merrick.
—Então, podemos presumir que ela foi a Tuath em busca das pedras brigha.
—Ou enviou os odhars para procurá-las, enquanto ela permanece por perto e planeja outro ataque a Coruain — Ana opinou, preocupada. — “Merrick,” o prognóstico do oráculo no seu nascimento...
— Não há relação com o que devo...
—Tais visões nunca devem ser ignoradas.
Não havia tempo para falar dos eventos profetizados trinta anos atrás. Eles se realizariam independenemente do que Merick pudesse fazer.
—Meu navio está pronto?
Surpresa pelos modos abruptos do primo, Ana afirmou com um gesto de cabeça.
—Sim, a embarcação está à sua espera nas docas.
Ele pediu a bolsa de couro e encheu-a com os itens de que precisaria quando chegasse a Tuath, terra chamada de Inglaterra. Então, lançaria um feitiço que fecharia as águas do mar de Coruain e o trauma do portal do tempo.
—Espero regressar em um ou dois dias.
Quando ele retornasse com uma das pedras, os feiticeiros druzais, cujos destinos estavam atados ao de Merrick, surgiriam, como fora previsto pelo oráculo. Juntos, combateriam os poderes que tentariam destruir os druzais. Não havia dúvida de que ele venceria com a bela e poderosa Sinann ao seu lado.
—Seu irmão acha que você deve partir durante a noite — Ana falou, demonstrando ansiedade — embo¬ra fosse dia quando ele partiu e...
—Sim. Não temos notícia do que Brogan encontrou. Nem do que você encontrará, Merrick. Mas deve se apressar para que Eilinora não volte brandindo o
cetro do seu pai antes de termos as pedras e estarmos preparados para negociar com ela...
Ana não precisou terminar o pensamento. Merrick sabia que ela e os anciãos fariam uso de todas as energias para proteger as ilhas. E esperava que esse gesto fosse suficiente até que o irmão e ele voltassem.
—O que mais pode me dizer a respeito da minha missão?—Merrick indagou, ansioso para partir, encontrar a pedra que lhe cabia e regressar para seu povo.
Mal posso ver as pedras — Ana informou, fechando os olhos e esfregando os nós dos dedos contra a testa como se pensar lhe causasse dor.
Ela era o mais verdadeiro oráculo que Merrick conhecia, mas tinha sido muito pressionada para localizar as pedras brigha, as únicas armas de que os druzais precisavam para derrotar Eilinora e seu mentor.
—Procure Keating —Ana murmurou, olhando para o primo de súbito. ——Keating? Como ele é? Onde posso encontrá-lo?
Ela balançou a cabeça.
—Não sei, Merrick. É alguma coisa... — Franziu o cenho diante da vaga visão. — Não está claro. Você deve ir ao Norte, a um lugar... chamado Carlisle. Lá encontrará Keating.


Série Warrior
1 - O Destino do Guerreiro
2 - A Tentação do Guerreiro
Série Concluída

2 de julho de 2011

O Destino do Guerreiro

Série Warrior
Um amor que transcende o tempo...

Brogan Mac Lochlainn ouviu falar de uma pedra mágica que possui grandes poderes.
Agora que seu pai morreu e ele se tornou responsável pela proteção de seu clã, Brogan enfrentará qualquer perigo para se apossar da tal pedra.
Mas somente a mais poderosa das feitiçarias poderá levá-lo até o talismã, que está escondida em Ravenfield, uma propriedade inglesa...900 anos à frente!
Sarah Granger fica assustada e intrigada ao se deparar com o homem desconhecido quase nu na praia, aparentemente trazido pelo mar.
A história dele não poderia ser mais absurda, mas homem nenhum despertou nela uma paixão tão ardente quanto o belo escocês.
Sarah sabe no fundo do coração, que seu destino é ao lado daquele guerreiro sedutor.
Entretanto, um mal implacável acompanhou Brogan através dos tempos, e ele precisará enfrentá-lo em uma batalha mortal, se quiser salvar a jovem dama que está se tornando mais preciosa do que a magia que ele atravessou séculos para buscar...

Capítulo Um

Comentário Jenna: Tem fantasia, eu li e é deliciosa a história!
Escócia, 981
Mar Ocidental da Ilha de Coruain, 981
Ana agarrou o braço musculoso do primo.
— Espere Brogan! — O que pretende fazer é insano!
— Até onde sei, não temos mais tempo a perder, Ana. — Brogan amarrou à cintura a alça de sua bolsa o subiu até o convés do magnífico navio que pertencia ao líder do clã. Ignorou o vento gélido em sua pele nua, enquanto a embarcação navegava em direção ao portal que o levaria a viajar pelo tempo.
— Enquanto meu irmão aplaca os anciãos com histórias das pedras, vou iniciar minha jornada.
— Mas, Brogan, você precisa conversar com Merrick!
— Ainda resta muito a lhe ensinar acerca da...
— Meu irmão já me disse o suficiente. Vou encontrar a pedra sem usar mágica. Amanhã, terei a recompensa em minhas mãos e voltarei a Coruain House.
— Brogan, não será simples assim. — Precisa escutar o que Merrick tem a dizer...
Ele não esperou para ouvir o resto.
Havia escutado tudo até ficar farto da voz do irmão. Por isso, resolvera partir para a ação. Queria vingar a morte de seu pai, Rieran, o líder supremo do povo druzai.
Não haviam previsto que a feiticeira maléfica, Eilinora, escaparia da prisão e voltaria a Coruain. Jamais tinham imaginado que Kieran se encontraria vulnerável ao ataque.
— Brogan, espere!
— Eilinora roubou o cetro de poder de meu pai — Brogan alegou. — Portanto, ela é capaz de invadir nossas ilhas a qualquer momento.
Lágrimas marejaram os olhos de Ana.
Brogan sabia que a prima lamentava profundamente a perda do tio, o mais amado e poderoso de todos os líderes druzais.
Mas o assassinato brutal de Kieran o compelia à ação imediata.
— Se você e Merrick estiverem certos, nossa única chance contra aquela bruxa são as pedras brigha. — E você disse que elas estão escondidas no tempo.
Ana assentiu enquanto Brogan ia à proa do navio.
— Não consegui ver que força libertou Eilinora da prisão, Brogan.
— Portanto, a bruxa não é nossa única preocupação!
— Acredita que Eilinora tenha recebido a ajuda de algum feiticeiro poderoso que deseja enfraquecer Coruain?
Mais uma vez, Ana tocou o braço do primo.
— Não sei Brogan. — Talvez essa força não seja druzai. — Talvez tenha poderes maiores que o nosso. — Você precisa tomar cuidado com...
— Deseje-me sorte, prima — ele pediu ansioso para agir. — Se eu sobreviver às Colunas Astar, prometo trazer a pedra a Coruain amanhã.
— Ou, no máximo, em alguns dias.
Brogan mergulhou nas profundezas do oceano, evocando os feitiços que o protegeriam até que atingisse as Colunas Astar.
Assim que as atravessasse, sua sobrevivência dependeria de força e resistência físicas. E de sua habilidade de agir para além de novecentos anos no futuro, sem alertar Eilinora e os odhars.


Série Warrior
1 - O Destino do Guerreiro
2 - A Tentação do Guerreiro
Série Concluída

5 de maio de 2011

Um Cavaleiro Virtuoso



Ele não conseguia resistir à maior tentação de sua vida: a inocência de uma dama!

Amargurado pelo peso da viuvez, Sir Alexander Brenton decide levar uma vida monástica, e parte em uma Cruzada para aliviar sua dor.
Mas quando volta da expedição sagrada, o destino se interpõe colocando a bela Lucy em seu caminho.
E ela precisava de proteção.
Ela precisava de Alexander!
Apenas um pensamento a torturava: fugir!
Lucy Kendal faria qualquer coisa para se livrar do convento à qual fora confinada desde criança.
Mas não podia imaginar que o mundo além das muralhas pudesse ser tão perigoso e excitante.
Ainda que tivesse sido salva inúmeras vezes por Alexander, ele provocava em Lucy um sentimento selvagem, algo que um cavaleiro honrado jamais poderia saciar!

Capítulo Um

Outubro de 1257.

Lucy Kendal viajava na parte de trás da carroça de provisões e espichou a cabeça, observando as nuvens aglomeradas no firmamento.
Tentou bloquear o som da voz de Lady Elsbeth, mas foi incapaz de eliminá-lo por completo.
Elsbeth sempre conseguia encontrar algo sobre o que reclamar, sem importar qual fosse a situação, e esta adorável manhã não seria exceção.
— Você jamais deveria ter insistido para que partíssemos sem o pajem, irmã Gunnora — queixou-se Elsbeth empertigada na sua triste montaria. Ela era a única do grupo que seguia a cavalo.
— É perigoso sair pela estrada sem comp...
— Estamos mais seguras sem aqueles palermas beberrões — replicou, sisuda, a mais idosa das freiras. — Uma dupla de pagãos tão imprestáveis que eu espero mesmo que... — resmungou, deixando as palavras soltas.
Enquanto Lucy se deleitava com aqueles poucos dias de alforria das regras severas da abadia de Craghaven, Elsbeth não se interessou pela viagem, pelo tempo ou pela comida.
A dama abominou a companhia, a estrada esburacada e o pobre cavalo no qual foi forçada a cavalgar na jornada até a nova abadia em Yorkshire.
Ela deplorou as estalagens miseráveis onde precisaram passar as noites, e desdenhou dos serviços precários que recebiam em tais hospedarias.
E Elsbeth aproveitava toda oportunidade possível, para amaldiçoar o marido vingativo e ingrato, que a confinara na abadia, exilando-a do mundo, como ela dizia, devido às inúmeras infidelidades que ela cometera.
— Apenas pense, Lady Elsbeth — sugeriu Lucy, escolhendo as palavras cuidadosamente. A abadessa a repreendia com muita freqüência pelo descuido com as palavras. — Hoje à noite não haverá serviçais impertinentes, tampouco vinho azedo. Cozinharemos nossas próprias refeições e dormiremos sob as estrelas.

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1 de abril de 2011

Uma Dama Do Além


A bela e misteriosa Lilly Tearwater estava longe de ser uma dama.

E muito perto de ser um enigma! Samuel Temple quer a todo custo encontrar uma explicação para as aparições misteriosas que acontecem na estalagem de Lilly.
Mas os planos de Sam desmoronam ao conhecer de perto a exótica beldade.
E agora, Sam está completamente enfeitiçado.
De alguma forma, ele sente que aquela mulher tão diferente pode lhe proporcionar a melhor aventura de sua vida.

Capítulo Um
Ravenwell Cottage, Cumbria, Inglaterra, meio do verão de 1886.
Crepúsculo. A hora do dia em que as ilusões de Lilly Tearwater funcionavam melhor. Enquanto seus hóspedes prendiam a respiração e assistiam, atônitos, uma forma humana turva flutuava pelo ar, vinda dos portões do jardim na direção do andar superior da estalagem.
Ela soltou um grito melancólico ao desaparecer numa das janelas do sótão.
Lilly observou dos jardins quando um pequeno grupo de visitantes começou a conversar entre si, pasmos com o espetáculo que haviam acabado de presenciar.
E ela aguardou para descobrir que consequências inesperadas teriam os atos dela. Alguma coisa sempre acontecia.
Um instante mais tarde, um grande vaso de plantas caiu da parede do jardim e estilhaçou-se na calçada.
Lilly respirou fundo e se sentiu afortunada por não ter ocorrido um desastre maior como resultado de seu trabalho.
Por experiência, sabia que qualquer coisa poderia acontecer, e isso a preocupava. Lilly nunca soubera o que pensar a respeito de suas estranhas habilidades, assim como Maude Barnaby, a viúva que anos atrás a trouxera do orfanato de Saint Anne, em Blackpool, para Ravenwell.
Tia Maude, como Lilly a chamava, a proibira de usar seu talento de fazer as coisas acontecerem apenas com determinado pensamento.
Maude tinha certeza de que só podia ser obra do diabo, e não queria nada disso em Ravenwell.
No entanto, Lilly não sentia o mal no que fazia.
Era apenas parte de si, uma parte meio constrangedora, assim como seus cabelos negros rebeldes. Ou os estranhos olhos de cor violeta.
Lilly supunha ter herdado o talento, assim como o cabelo e os olhos, dos pais, que nunca conhecera.
Lilly nunca saberia se eles haviam sido ciganos ou irlandeses itinerantes.
Mas Maude deixara bem claro que se alguém viesse a descobrir o poder de Lilly, ela seria banida.
Seria repudiada e vilipendiada como feiticeira.
— Ah, meu Deus! — gritou uma voz estridente. Lilly virou-se para ver Ada Simpson atravessando os portões.
A mulher trazia um pequeno pacote apertado de encontro ao peito magro e seu olhar estava fixo na janela do sótão.— Ha...

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27 de maio de 2010

Feita Para Amar

Trilogia Conqueror

Prisioneira apaixonada...

Criada em um convento, Kathryn de St. Marie aprendeu que render-se ao desejo por um homem é pecaminoso e proibido.
Apesar disso, a bela normanda sonha em viver um grande amor.
Mas o destino cruel interfere quando ela é capturada por um grupo de bárbaros escoceses, e logo em seguida, de uma forma bem mais branda, quando é resgatada por Edric de Braxton Fell, um homem orgulhoso e amargurado, deposto de seu cargo pelo governo normando.
Embora despreze os normandos, Edric percebe que Kathryn é diferente, gentil, generosa e dona de uma sensualidade envolvente.
Tendo a reputação manchada pela captura, Kathryn não pode mais voltar para sua gente e ele é o único que poderá ajudá-la.
Agora, o futuro dela repousa nas mãos fortes de Edric... e num sonho por longo tempo acalentado, de uma sedução perfeita e uma paixão arrebatadora...

Capítulo Um

Castelo de Kettwyck, Fim de verão, 1072
Raptada? — exclamou a majestosa lady Beatrice, sentada à frente de Kathryn de St. Marie.
— Se os escoceses bárbaros me raptassem, teriam de me matar antes que eu mostrasse a face diante da civilização outra vez.
Um calafrio correu pela espinha de Kathryn. Certamente as novas muralhas de Kettwyck eram suficientes para impedir qualquer incursão escocesa.
E havia muitos e poderosos cavaleiros normandos presentes para as festividades ali, nos domínios de seu pai.
Mesmo assim, encontravam-se perto demais da fronteira, longe da segurança da Abadia de St. Marie, onde Kathryn e a irmã, Isabel, haviam passado os últimos dez anos. Estariam vulneráveis ali, em Kettwyck?
A fortaleza ainda não estava pronta, e Kathryn vira os trabalhadores colocando argamassa e pedras nas muralhas naquele dia mesmo. E ela só poderia esperar que toda aquela festa e o banquete de boas-vindas não fossem prematuros.
— O que fazem aos cativos é indescritível — disse lady Alice, a mãe de Kathryn.
— A minha filha preferiria se jogar do penhasco mais próximo a voltar à sociedade. Jamais...
As palavras da velha faladeira perderam-se no ar quando sir Geoffroi Le Chievre aproximou-se por trás de Kathryn e tocou-lhe o ombro.
Faíscas de calor desceram-lhe pelo braço ao toque do rapaz.
Era um belo cavalheiro e atraíra a atenção de Kathryn mais cedo, naquele dia. Tinham trocado alguns olhares, e ela ficara intrigada.
Mas não esperava que viesse procurá-la ali.
— Venha, vamos dançar.
Kathryn levantou-se, mas as palavras de sua mãe a seguiram enquanto se afastava com Geoffroi do grupo de senhoras.
— Uma vez que tenha se tornado a prostituta de um escocês, é melhor estar morta.
— Não dê ouvidos àquelas velhotas — retrucou Geoffroi, conduzindo Kathryn para o pátio onde os músicos tocavam e o pessoal mais jovem se reunira para dançar.
— Não quero ofender sua mãe ou as outras senhoras, mas as muralhas de Kettwyck são fortes e sólidas. Nenhum escocês irá transpô-las.
— Você tem razão, é claro — murmurou Kathryn, com um sorriso, afastando os pensamentos negativos e concentrando a atenção no jovem cavalheiro.
Afinal, tinha de lhe dar algum crédito, pois ele mal notara sua irmã, Isabel, a beldade. Isabel ficara encantada com a permissão do pai para que as filhas escolhessem seus próprios maridos.


Trilogia Conqueror
1 - Refém do Desejo
2 - Meu Amor, Meu Inimigo
3 - Feita para Amar
Trilogia Concluída

18 de abril de 2010

Proposta de Noivado

Ela era amaldiçoada por seu próprio povo... 

Desde a sangrenta batalha de Falkirk, Cristiane MacDhiubh era desprezada pelos habitantes do vilarejo onde vivia. 
Filha de um escocês e de uma inglesa, ela não tinha pátria nem lar... até que o cavaleiro mais galante com que uma mulher poderia sonhar apareceu em busca de uma noiva! 
O primeiro casamento de Adam Sutton terminara de maneira trágica. 
Mas o dever exigia que ele se casasse de novo.  E certamente não faltavam à bela e corajosa Cristiane MacDhiubh qualidades para despertar as paixões adormecidas de Adam. Mas, por mais encantadora que ela fosse, consequiria algum dia curar sua alma tão amargurada e ferida? 

Capítulo Um

Vila de St Oln, Escócia, 1300
Cristiane MacDhiubh, a filha metade in­glesa de Domhnall MacDhiubh, sentou-se à beira de um penhasco e ficou olhando as ondas escuras do mar do Norte chocarem-se contra o paredão de pedra. O vento aumentara de intensidade e nuvens escuras co­briam o firmamento. Cristiane sabia que a chuva não iria demorar a cair.
Mas não se importava com isso, porque havia uma caverna por perto e poderia se refugiar nela. Não voltaria à vila, se tivesse escolha. Sabia muito bem que era apenas tolerada em St. Oln desde a morte de seus pais.
Cristiane procurou se ajeitar na rocha e ficar em uma posição mais confortável. Logo um casal de pequenas gai­votas se aproximou cauteloso, mas logo perdeu o medo e veio comer as migalhas de pão que ela trouxera para alimentar os pássaros.
Fazia anos que Cristiane ia até os penhascos onde estavam os ninhos de aves marinhas. Nenhum dos pás­saros tinha medo dela e vinham comer em sua mão. Um pouco ressabiados, mas isso era natural.
Logo Cristiane não os veria mais. Sua mãe, Elizabeth, antes de morrer, arranjara que levassem a filha até seu tio, que morava no condado de York, na Inglaterra. Quan­do seu marido morrera em uma disputa com um clã vizinho, Elizabeth começou a procurar um novo lar para a filha, porque sabia que ela não teria chance alguma de um futuro feliz no vilarejo.
Cristiane ficava imaginando se a mãe combinara um enlace para ela em York. Ali em St. Oln não arranjaria marido, sobretudo agora que seu pai falecera. Nenhum escocês ia querer uma esposa que tivesse sangue inglês, e Cristiane era filha de um escocês com uma inglesa. Isso a tornava uma espécie de inimiga, pois escoceses e ingleses sempre se odiaram.
Bem, não ia se preocupar agora com esse assunto de matrimônio, mas gostaria de ter uma família. Os homens locais se casavam com um pouco mais de vinte anos, e todos os rapazes que conhecia já estavam casados, e al­guns até com filhos. Era provável que ela não viesse a se casar, e nunca iria conhecer o prazer de ser mãe.
Sabia que era diferente das outras moças de St. Oln, não só porque tinha sangue inglês nas veias, mas porque seu pai a ensinara até a ler francês e latim. Desde criança, explorara os rochedos querendo saber como era a vida dos animais e das aves da região.
Ora não adiantava pensar nisso agora. Voltou a aten­ção para a gaivotinha que se aproximou e com seu bico longo e afiado pegou mais um pedaço de pão. Quando voou para se reunir a seu grupo, Cristiane ficou obser­vando as fortes ondas que batiam nos rochedos.
Iria passar mais um dia ou dois ali em St. Oln até a chegada dos cavaleiros que a levariam até York. Tinha de respeitar a vontade de sua mãe que agora estava morta e enterrada.
Não tivera dificuldade em prometer à mãe que partiria. Nada a prendia a St. Oln, e só lamentava não poder ver mais os pássaros, que faziam seus ninhos nos penhascos e eram seus amigos.
Não lhe restava escolha. O povo de St. Oln empobrecera com as lutas contra os ingleses e alguns clãs vizinhos, e não queria ter entre eles alguém com sangue inimigo.
Cristiane sempre soubera ter parentes na Inglaterra. O irmão mais velho de Elizabeth era o conde de Learick, que morava ao sul de York, e era para lá que sua mãe queria que ela fosse. No leito de morte, Elizabeth fizera a filha prometer que iria com os homens do conde de Bitterlee, quando eles viessem buscá-la.
Cristiane não tinha idéia que ligação a mãe mantinha com esse conde, porque nunca escutara antes o nome Bitterlee. E Elizabeth não estava em condições de lhe explicar bem os planos que fizera. Parecia estranho que não fosse seu tio quem a levasse para York.
Agora era tarde para saber o que sua mãe planejara. Elizabeth não costumava falar de sua família, que a man­dara da Inglaterra para St. Oln para se casar com Domhnall MacDhiubh, que era chefe de um clã escocês.
Cristiane sentiu as primeiras gotas de chuva caindo em seu.rosto. Ergueu a saia fina e rasgada para ter mais facilidade para subir nas pedras e chegar até a caverna, onde guardava seus poucos pertences. Visto que ninguém costumava vir até aquele lugar tão alto, Cristiane sabia que estaria segura.

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4 de março de 2010

Meu Amor, Meu Inimigo

Trilogia Conqueror

Inimigos jurados... Destinados ao amor.

O barão Mathieu Fitz Autier esperava alguma resistência ao reivindicar o domínio saxão que conquistara em batalha.
Porém, jamais esperaria que a senhora daquelas terras tivesse coragem de enfrentá-lo... com uma flecha apontada para sua cabeça!
Lady Aelia vira seu mundo ruir quando os normandos tomaram seu amado lar.
E o pior: ela se sentia atraída por Fitz Autier, seu maior inimigo!
Ela não sucumbiria à paixão pelo implacável guerreiro, não quando era obrigada a se render a um normando.
Mas uma jornada por terras assoladas pela guerra testaria ambos muito além do que poderiam imaginar...

Capítulo Um

Norte da Inglaterra, começo do outono, 1068

Lady Aelia fez o que podia para manter seus homens calmos antes da batalha iminente. Caminhou pelas ameias e falou com os arqueiros, elogiando sua coragem e habilidade na luta.
— Sobrevivemos nestes últimos meses por causa de sua capacidade contra o inimigo! Vocês são os heróis de Ingelwald! Não temam o bastardo normando, Fitz Autier, que invade nossas terras. Ele não é diferente de Gui de Reviers ou de nenhum dos outros que vocês mataram na luta, não tem poder contra nossa força!
Aelia esperava que fosse verdade.
As histórias das conquistas de Mathieu Fitz Autier eram muitas e aterrorizadoras. Tornara-se uma lenda na Nortúmbria por sua impiedade, enviado pelo rei Guilherme para conquistar onde outros guerreiros haviam falhado.
Nenhum saxão, homem, mulher ou criança, era poupado quando Fitz Autier vencia.
Aelia se asseguraria de que ele não venceria em Ingelwald.
Estava perto do amanhecer e um nevoeiro cobria a terra. Podia mais sentir do que ver a atividade no terreno além das muralhas de pedra de Ingelwald.
Sem dúvida Fitz Autier colocava seus homens em posição.
Mas Aelia se recusou a temer o inimigo que ainda não vira.
Muitos nobres importantes da Nortúmbria tinham vindo para Ingelwald quando suas mansões foram conquistadas e jurado lealdade a Wallis, pai de Aelia.
Agora que Wallis e tantos outros guerreiros saxões estavam mortos, cabia a Aelia salvar seu povo do perigo normando.


Trilogia Conqueror
1 - Refém do Desejo
2 - Meu Amor, Meu Inimigo
3 - Feita para Amar
Trilogia Concluída

3 de março de 2010

Refém do Desejo

Trilogia Conqueror
Inglaterra e Escócia, 1072

Sua vida estava nas mãos de um homem que ela não ousava amar...

Na noite em que Isabel Louvet escolheria um noivo, o castelo de seu pai é atacado e ela é raptada e entregue como escrava a um líder escocês.
Ao tentar salvar a vida de Isabel, o valente Anvrai d'Arques também é capturado,
mas graças às suas habilidades de guerreiro, ele consegue escapar, levando consigo a jovem prisioneira.
Isabel desperta em Anvrai uma ardente paixão, mas ele não ousa esperar que uma mulher tão linda e cobiçada possa amar um homem que traz marcas profundas das batalhas que enfrentou.
No entanto, ao se aventurarem naquela fuga arriscada, Anvrai descobre o brilho do desejo nos olhos de Isabel.
Perseguidos por inimigos implacáveis, Isabel e Anvrai têm de enfrentar uma árdua batalha para salvar a si mesmos, seu povo e um amor que tem o poder de libertá-los para sempre!

Capítulo Um

Nortúmbría, 1072, fim de verão. Castelo de Kettwyck

Sir Anvrai d'Arques olhava para os lados, inquieto, incapaz de descontrair-se.
Não conseguia se envolver no ambiente alegre, nem com as músicas que eram executadas sem parar. As obras do castelo-forte não tinham sido concluídas.
Além disso, nos últimos tempos os cavaleiros de lorde Kettwyck haviam se dedicado mais a ajudar na construção do que ao treinamento com objetivos de defesa.
Seria muito fácil para os escoceses atacarem o castelo durante as festividades em comemoração à chegada de Isabel e Kathryn, as duas filhas do lorde.
Apoiado na balaustrada superior, observava lady Isabel dançando com os incontáveis pretendentes.
— Anvrai d'Arques! — Hugh Bourdet, o auxiliar de maior confiança de lorde Kettwyck, estendeu a mão para saudá-lo efusivamente.
— Bem que disseram que o senhor veio no lugar do barão Osbern. Fico satisfeito em encontrá-lo. Já faz dois anos que não nos vemos?
Apesar de respeitar o cavaleiro idoso, não se encontrava com disposição para conversar. — Sim, se não for mais — Anvrai respondeu, com o cenho franzido.
— Noto que o senhor está muito sério. Hoje é um dia de festividades e descontração.
— Hugh riu. — Segundo me consta, o senhor não assumiu o comando da guarnição do rei em Winchester. Anvrai cerrou os dentes.
Havia um ressentimento profundo entre ele e o rei Guilherme.
De todos os cavaleiros que estavam na corte e podiam aproveitar a notoriedade de comandar um dos exércitos do monarca, Anvrai d'Arques fora o que recebera menores recompensas. Pelo menos, nada de substancial.
Anvrai teria encontrado muita satisfação em possuir uma pequena propriedade... um lar... como recompensa pelos anos em que estivera a serviço de Guilherme.
Antes e depois da batalha de Hastings.
Mas Guilherme não tinha intenção de recompensar o homem que o desafiara.
Por esse motivo, Anvrai d'Arques vivia nas casernas de Belmere, a serviço do barão Osbem d'Ivry, lorde de Belmere.
O fato era uma permanente fonte de irritabilidade, mas não havia solução possível. Anvrai d'Arques era tão obstinado quanto Guilherme, o Conquistador.
Anvrai apontou para as muralhas de Kettwyck e explicou os motivos de sua preocupação.
— Sir Hugh, as fortificações ainda não foram terminadas. Será que
lorde Henri não receia o ataque de escoceses?
— Nossos inimigos nunca demonstraram interesse em conquistar nosso longínquo território a oeste — Hugh retrucou. — Mesmo assim, não deixamos de tomar precauções. Temos cavaleiros patrulhando o perímetro das muralhas que não estão terminadas e...
Anvrai escutara histórias a respeito das incursões violentas contra os cavaleiros normandos. Os escoceses eram bárbaros. Seqüestravam mulheres e crianças para serem escravizadas ou vendidas. O melhor seria poder contar com muralhas altas, além de cavaleiros armados nas rondas.
— O senhor acha que isso seria o suficiente para deter um bando de escoceses selvagens?
— Em breve esses ataques terminarão. Os arautos do rei Guilherme estão atualmente percorrendo a Nortúmbria, arregimentando vassalos para a luta. — Hugh observou as festividades que tinham lugar embaixo, no salão. — O rei foi pessoalmente para o norte e reuniu legiões de cavaleiros no trajeto.
— Ir ao encontro do rei Malcolm em seu torrão natal será uma aventura arriscada.
— Concordo com sua opinião, mas o exército de Guilherme é muito mais numerosos
.


Trilogia Conqueror
1 - Refém do Desejo
2 - Meu Amor, Meu Inimigo
3 - Feita para Amar
Trilogia Concluída

18 de janeiro de 2009

Noiva Indomada




O Que o Rei poderia querer com uma garota travessa e malcuidada...

Ainda que fosse tão sensual quanto uma rainha de contos de fada? Wolfram Colston não conseguia entender a ordem real de levar Kathryn Somers para a Corte. 

Uma criatura indomável, tão diferente das nobres damas de Londres... e, entretanto, exatamente igual à mulher de seus sonhos!Kit Somers recusava-se a acompanhar sir Colston, um cavaleiro solitário que jurara lealdade a Henrique V. 
Se o seguisse, como seu noivo seria capaz de localizá-la? 
E qual seria seu destino se partisse nos braços de um homem tão bonito e perturbador?

Capítulo Um

Northumberland, Inglaterra Fins de abril, 1421
Maldito tolo! Maldito barão Somers! Wolfram Gerhart Colston embrenhou-se na floresta, em direção ao lago afastando-se de seus homens. Como Somers se acreditava capaz de desafiar as ordens do rei? Quem, em nome dos céus, o tal barão pensava ser? O rei o mandara vir buscar a enteada daquele idiota e era isso o que faria! Por nada deste mundo voltaria de mãos vazias e, além de tudo, o tempo era curto. Não importava quão arduamente Somers se esforçasse para impedir que a garota partisse. Iria levá-la para Londres a qualquer custo.
O cavaleiro de elevada estatura evitou com destreza o galho caído de uma árvore, apesar da quase total escuridão, e continuou seu caminho rumo ao lago na esperança de desfrutar de alguns momentos de paz junto às águas escuras. Já era quase meia-noite e ainda não havia conseguido dormir, tão irritado estava com a teimosia de Thomas Somers, um bêbado vil e preguiçoso. Edith, a esposa, era tão desprezível quanto o marido, com suas maneiras pegajosas e olhares insinuantes.
Na verdade, precisava admitir que toda a situação o exasperava. Por Deus, o que poderia o rei Henrique V desejar com a pequena Kathryn Somers? Wolf se perguntou pela enésima vez. Afinal, Henrique retornara há poucos meses da França, onde acabara de se casar com Catherine de Valois. Assim, que importância teria essa menina de Northumberland? E mais, ressentia-se do fato de ter sido ele o homem designado para ir atrás de uma criança naquela parte remota do país.

15 de janeiro de 2009

A Lei da Paixão



Um cavaleiro de alma perdida.

Sir Robert Dryden aceitara, mesmo a contragosto a idéia de casar-se . Mas, dois anos de ligação com uma esposa a quem não amava, haviam matado sua ternura e capacidade de desejar qualquer outra mulher.
Por que então sentiu-se atraído por uma simples camponesa em apuros ? E por que o ato de livrá-la do perigo fazia sua pulsação aumentar?
Sem um dote considerável, nenhum cavalheiro se casaria com Samantha Tudor. Muitos lhe faziam ofertas indecentes...exceto o cavaleiro que a resgatara da morte. O homem era forte e enigmático a ponto de incitar nela a vontade de tocá-lo. Mas que emoções Samantha poderia causar em um cavaleiro treinado para batalhas , se estava prestes a ser enclausurada em um convento?

Capítulo Um

Norte da Inglaterra... Outono, 1423
Ao avistar o Castelo Clairmont, Robert Dryden examinou a fortaleza de pedra iluminada pelos primeiros raios da manhã e, novamente, abominou o dia em que nasceu. Insultou a sucessão de fatos acometidos em sua vida os quais ainda o assombravam.
Junto com a perda da visão de um olho, tempos atrás, também perdera a profunda perspicácia que lhe era peculiar desde os tempos da adolescência. Portanto, tinha dificuldade de calcular em que distância encontrava-se o castelo. Mas confiava na capacidade de seu companheiro, Nicholas Becker, quando ele dissera que estavam a apenas dois quilômetros dos portões de Clairmont.
Ambos haviam passado a última noite na floresta, planejando alcançar o castelo pela manhã, depois de ter a oportunidade de se banharem e colocarem suas melhores roupas.
Tudo isso, apenas, para ir ao encontro da noiva de Robert...
Maldita mulher, Robert blasfemou em pensamento. Não queria se casar. Nem tinha pretensões de acrescentar mais terras à sua já imensa propriedade, tampouco desejava uma esposa cordata em sua vida. Definitivamente, não precisava de nada disso.
Não compreendia por que seu amigo, Wolf Colston, o duque de Carlisle, acreditava que Robert era a pessoa ideal para realizar as vontades do conselho. Wolf e a esposa também não entendiam a preferência de Robert por uma vida solitária.
Longos e dolorosos meses se passaram até que ele se recuperasse dos ferimentos adquiridos durante a época em que ficara preso nas masmorras do castelo em Windermere. Durante aquele período, Robert não fizera planos para o futuro, muito menos demonstrara qualquer anseio por uma mulher. Na verdade, havia revelado uma total ausência de interesse.
Era um homem acostumado ao isolamento. A agonia que sofrerá, abandonado nas cavernas escuras do calabouço de Windermere, o tornara frágil e indefeso, impotente contra a mutilação. Na verdade, estivera à beira da morte...
Robert afastou da mente aquelas lembranças dolorosas. Imagens aterrorizantes o perseguiam à luz do dia e o torturavam a cada noite enquanto tentava conciliar o sono.
Perdera o prazer de viver, sentia-se desiludido e inteiramente só.
Suas virtudes, qualidades e determinação se perderam nas trevas. O que lhe restara? Nenhuma força para lutar pelo país. E, com certeza, nada lhe restava para oferecer a uma mulher.