9 de novembro de 2012
Suave Feitiço
Um grande amor que desafiou o antigo ódio entre dois clãs Escócia, de 1372 a 1382.
Homem de temperamento ardente e paixões arrebatadoras, Micheil, líder do clã Gunn, sentiu-se enfeitiçado pela estonteante beleza de Seana MacKay.
Mas Micheil fez uma terrível descoberta: a adorada Seana era inimiga do clã Gunn, e ele teria de usá-la como instrumento de sua vingança final contra o clã MacKay!
Capítulo Um
O Início.
Castelo de Halberry, 1372.
As vigas enegrecidas pela fumaça estremeceram ao som vibrante das gaitas de fole no amplo salão da fortaleza Gunn.
O castelo de Halberry ocupava o promontório que se projetava no mar em Mid Clyth, na costa norte de Caithness.Ingram, chefe do clã dos Gunn e príncipe herdeiro de Caithness, reinava ali. Os servos apressavam-se a manter cheios os cálices de ouro e prata incrustados de pedras preciosas sobre a grande mesa.
Movido por seu imenso amor pela filha Bridget, Ingram ofereceu o primeiro brinde de parabéns aos noivos.
Beber à saúde de Liam, do clã MacKay, noivo e inimigo, era algo que o amargurava.
Porém, ressentia-se do fato de seus homens hesitarem em celebrar a ocasião com alegria.
Aquele casamento asseguraria a paz entre os dois clãs.
As guerras constantes estavam acabando com os bens de ambos.
O novo compromisso entre seu filho mais velho, Micheil, com Seana, filha única de MacKay, garantiria a paz para sempre.
Dentro de Ingram ardia a mágoa de saber que não mais ouviria, naquele salão, o grito de guerra contra os MacKay. Bridget e Liam haviam unido os clãs poderosos, tornando-os aliados por afinidade.
Sentado à direita dos noivos, Ingram sentiu o clima tenso que se propagava no ar como névoa sobre o lago.
O sangue quente e as lembranças dos escoceses estavam imersos em brigas de famílias.
Poucos dos homens ali presentes iriam um dia esquecer aqueles que haviam morrido pelas adagas e espadas de seus inimigos.
As sobrancelhas arqueadas de Ingram, que emolduravam olhos penetrantes, de um azul profundo, esquadrinharam as mesas apinhadas.
Não prestou atenção à riqueza do linho puro que as cobria, nem às tapeçarias que revestiam as paredes de pedra.
Pela primeira vez, achou natural a abundância de comida servida em pratos dignos de um rei.
Sua riqueza viera, em parte, de Malcolm, duque de Caithness, e Angus, cuja filha Maud casara-se com sir Albert de Umfraville, da antiga casa baronial normanda. Essa aliança trouxera mais riquezas ao clã.
Seu olhar errante deparou com o de Heth, chefe dos MacKay, que possuíam Strathnaver, toda a parte nordeste das terras escocesas.
Em honra da filha de Heth, Ingram disfarçou um sorriso quando o outro tocou no imblema da família, uma planta chamada giesta com poucas folhas e flores amarelas.
Ao ouvir o riso de Bridget, Ingram desviou o olhar orgulhoso para ela, compreendendo que fora pela filha que recolocara a espada na bainha. Bridget, a primogênita, voltou-se para ele e elogiou a festa.
- Está contente, minha menina?
- Oh, se estou! Você tornou realidade o meu maior desejo.
- Oxalá eu sempre possa fazer isso.
Sim, realmente dera à filha o que ela desejava. Mas não tivera escolha.
Só houve paz depois que ele concordou com o casamento. Não que Bridget ou Liam precisassem de seu consentimento, ou do de Heth. Sabia que Bridget teria fugido com o herdeiro dos MacKay.
Porém, tinha que admitir, Liam era um homem íntegro e insistira no casamento. Com um suspiro, expressou o cansaço do homem que fora dominado e vencido pelo belo sexo.
Bridget, apesar do físico delicado, não era nenhuma florzinha tímida.
Era sangue de seu sangue, o mesmo dos reis nórdicos, homens do mar. Como ele, Bridget jamais desviava de um objetivo.
DOWNLOAD
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Oi adoro esse livro , ele entra no rol dos ogros.......para quem gosta.....
ResponderExcluirGente,o Michael é um bruto, ou como dizem, é um selvagem! Ele vive o dilema entre o amor e o ódio, e nesse interim, a mocinha sofre pra burro. Mas gostei muito.
ResponderExcluirGente, o cara é um bruto, ou melhor dizendo, um selvagem - como ele se intitula. Ele vive um dilema entre o amor e o ódio. A mocinha sofre pra burro. Ele deveria sofrer um pouco, mas é assim mesmo. Gostei do livro. Gosto desses brutos, selvagens, ogros. Bjs.
ResponderExcluirAdorei o livro, embora eu concorde com a Valéria, que ele deveria sofrer mais, mas, ele é louco por ela...E tem mais dois livros na sequência com os irmãos dele, espero que seja tão bom quanto este.
ResponderExcluirGostei bastante dos livros dessa autora, amo demais este blog por nos proporcionar ótimas leituras. Estou sentido falta da série "As viúvas alegres", da mesma autora. Os livros "Mary" e "Sarah" são meus favoritos, mas não consigo encontrar o blog em que os li.
ResponderExcluir