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9 de novembro de 2012
Suave Feitiço
Um grande amor que desafiou o antigo ódio entre dois clãs Escócia, de 1372 a 1382.
Homem de temperamento ardente e paixões arrebatadoras, Micheil, líder do clã Gunn, sentiu-se enfeitiçado pela estonteante beleza de Seana MacKay.
Mas Micheil fez uma terrível descoberta: a adorada Seana era inimiga do clã Gunn, e ele teria de usá-la como instrumento de sua vingança final contra o clã MacKay!
Capítulo Um
O Início.
Castelo de Halberry, 1372.
As vigas enegrecidas pela fumaça estremeceram ao som vibrante das gaitas de fole no amplo salão da fortaleza Gunn.
O castelo de Halberry ocupava o promontório que se projetava no mar em Mid Clyth, na costa norte de Caithness.Ingram, chefe do clã dos Gunn e príncipe herdeiro de Caithness, reinava ali. Os servos apressavam-se a manter cheios os cálices de ouro e prata incrustados de pedras preciosas sobre a grande mesa.
Movido por seu imenso amor pela filha Bridget, Ingram ofereceu o primeiro brinde de parabéns aos noivos.
Beber à saúde de Liam, do clã MacKay, noivo e inimigo, era algo que o amargurava.
Porém, ressentia-se do fato de seus homens hesitarem em celebrar a ocasião com alegria.
Aquele casamento asseguraria a paz entre os dois clãs.
As guerras constantes estavam acabando com os bens de ambos.
O novo compromisso entre seu filho mais velho, Micheil, com Seana, filha única de MacKay, garantiria a paz para sempre.
Dentro de Ingram ardia a mágoa de saber que não mais ouviria, naquele salão, o grito de guerra contra os MacKay. Bridget e Liam haviam unido os clãs poderosos, tornando-os aliados por afinidade.
Sentado à direita dos noivos, Ingram sentiu o clima tenso que se propagava no ar como névoa sobre o lago.
O sangue quente e as lembranças dos escoceses estavam imersos em brigas de famílias.
Poucos dos homens ali presentes iriam um dia esquecer aqueles que haviam morrido pelas adagas e espadas de seus inimigos.
As sobrancelhas arqueadas de Ingram, que emolduravam olhos penetrantes, de um azul profundo, esquadrinharam as mesas apinhadas.
Não prestou atenção à riqueza do linho puro que as cobria, nem às tapeçarias que revestiam as paredes de pedra.
Pela primeira vez, achou natural a abundância de comida servida em pratos dignos de um rei.
Sua riqueza viera, em parte, de Malcolm, duque de Caithness, e Angus, cuja filha Maud casara-se com sir Albert de Umfraville, da antiga casa baronial normanda. Essa aliança trouxera mais riquezas ao clã.
Seu olhar errante deparou com o de Heth, chefe dos MacKay, que possuíam Strathnaver, toda a parte nordeste das terras escocesas.
Em honra da filha de Heth, Ingram disfarçou um sorriso quando o outro tocou no imblema da família, uma planta chamada giesta com poucas folhas e flores amarelas.
Ao ouvir o riso de Bridget, Ingram desviou o olhar orgulhoso para ela, compreendendo que fora pela filha que recolocara a espada na bainha. Bridget, a primogênita, voltou-se para ele e elogiou a festa.
- Está contente, minha menina?
- Oh, se estou! Você tornou realidade o meu maior desejo.
- Oxalá eu sempre possa fazer isso.
Sim, realmente dera à filha o que ela desejava. Mas não tivera escolha.
Só houve paz depois que ele concordou com o casamento. Não que Bridget ou Liam precisassem de seu consentimento, ou do de Heth. Sabia que Bridget teria fugido com o herdeiro dos MacKay.
Porém, tinha que admitir, Liam era um homem íntegro e insistira no casamento. Com um suspiro, expressou o cansaço do homem que fora dominado e vencido pelo belo sexo.
Bridget, apesar do físico delicado, não era nenhuma florzinha tímida.
Era sangue de seu sangue, o mesmo dos reis nórdicos, homens do mar. Como ele, Bridget jamais desviava de um objetivo.
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15 de setembro de 2009
Série Clã Gunn
1 - SUAVE FEITIÇO
Escócia, de 1372 a 1382.
Um grande amor que desafiou o antigo ódio entre dois clãs.
Homem de temperamento ardente e paixões arrebatadoras,
Micheil, líder do clã Gunn,
sentiu-se enfeitiçado pela estonteante beleza de Seana MacKay.
Mas Micheil fez uma terrível descoberta: A adorada Seana era inimiga do clã Gunn, e ele teria de usá-la como instrumento de sua vingança final contra o clã MacKay!
Capítulo Um
O Início. Castelo de Halberry, 1372.
As vigas enegrecidas pela fumaça estremeceram ao som vibrante das gaitas de fole no amplo salão da fortaleza Gunn.
O castelo de Halberry ocupava o promontório que se projetava no mar em Mid Clyth, na costa norte de Caithness.
Ingram, chefe do clã dos Gunn e príncipe herdeiro de Caithness, reinava ali.
Os servos apressavam-se a manter cheios os cálices de ouro e prata incrustados de pedras preciosas sobre a grande mesa.
Movido por seu imenso amor pela filha Bridget, Ingram ofereceu o primeiro brinde de parabéns aos noivos.
Beber à saúde de Liam, do clã MacKay, noivo e inimigo, era algo que o amargurava. Porém, ressentia-se do fato de seus homens hesitarem em celebrar a ocasião com alegria. Aquele casamento asseguraria a paz entre os dois clãs.
As guerras constantes estavam acabando com os bens de ambos. O novo compromisso entre seu filho mais velho, Micheil, com Seana, filha única de MacKay, garantiria a paz para sempre.
Dentro de Ingram ardia a mágoa de saber que não mais ouviria, naquele salão, o grito de guerra contra os MacKay. Bridget e Liam haviam unido os clãs poderosos,
tornando-os aliados por afinidade.
Sentado à direita dos noivos, Ingram sentiu o clima tenso que se propagava no ar como névoa sobre o lago.
O sangue quente e as lembranças dos escoceses estavam imersos em brigas de famílias. Poucos dos homens ali presentes iriam um dia esquecer aqueles que haviam morrido pelas adagas e espadas de seus inimigos.
As sobrancelhas arqueadas de Ingram, que emolduravam olhos penetrantes,
de um azul profundo, esquadrinharam as mesas apinhadas.
Não prestou atenção à riqueza do linho puro que as cobria, nem às tapeçarias que revestiam as paredes de pedra.
Pela primeira vez, achou natural a abundância de comida servida em pratos dignos de um rei. Sua riqueza viera, em parte, de Malcolm, duque de Caithness, e Angus, cuja filha Maud casara-se com sir Albert de Umfraville, da antiga casa baronial normanda. Essa aliança trouxera mais riquezas ao clã.
Seu olhar errante deparou com o de Heth, chefe dos MacKay, que possuíam Strathnaver, toda a parte nordeste das terras escocesas.
Em honra da filha de Heth, Ingram disfarçou um sorriso quando o outro tocou no vmblema da família, uma planta chamada giesta com poucas folhas e flores amarelas.
Ao ouvir o riso de Bridget, Ingram desviou o olhar orgulhoso para ela, compreendendo que fora pela filha que recolocara a espada na bainha.
Bridget, a primogênita, voltou-se para ele e elogiou a festa.
— Está contente, minha menina?
— Oh, se estou! Você tornou realidade o meu maior desejo.
— Oxalá eu sempre possa fazer isso.
2 - SEDA E AÇO
Ele era capaz de tudo para protegê-la...
O lema do clã Gunn nunca soara mais verdadeiro para Jamie Gunn do que quando ele tomou lady Gilliane de Verrill pela primeira vez em seus braços.
Neste momento, Jamie, percebeu que ela fora feita para ele... e para mais ninguém!
Lady Gilliane escapara do casamento com um normando decadente, mas deparou-se com um novo perigo encarnado pelo guerreiro escocês Jamie Gunn Sucessor do chefe de seu clã, Jamie vivia para sua missão. E Gilliane não queria correr o risco de ter o coração partido... apesar do fervor que a presença dele lhe causava.
Capítulo Um
Escócia, 1384
Era um grupo de quinze homens fortes, robustos,
montados em cavalos malhados, liderados por um cavaleiro, percorrendo sem o menor cuidado o campo ao redor do Convento de Deer.
Em uma das extremidades, duas noviças largaram as enxadas, ergueram a barra de seus hábitos e saíram correndo para avisar as colegas da aproximação de estranhos.
Depois de um rigoroso inverno, chegou a primavera, e com ela bandos de vagabundos, a maioria envolvida em roubos de algum tipo. As pessoas que pensavam assim culpavam um rei fraco e nobres gananciosos, que não faziam nada para evitar esses tipos de acontecimento.
Lady Ailis, a abadessa, ajoelhou-se diante de seu pequenino altar no quarto iluminado pela luz do sol, que formava desenhos no chão.
Não havia mais nenhum indício das intempéries do inverno.
Tinha muito o que agradecer, e também muitas preocupações naquela manhã de inverno.
Ela respirou fundo o aroma puro e doce da brisa vinda da janela aberta, contente por a fuligem causada pela lareira constantemente acesa no inverno não manchar mais as paredes de pedra.
De enfeite, apenas uma grande cruz de madeira.
Dedilhando as contas de seu rosário, ela agradeceu pelo retorno a salvo de Micheil, chefe de seu clã e sobrinho, e a esposa, Seana, sua pupila havia muitos anos.
Suas orações manifestavam gratidão com o término da rivalidade sanguinária que levara fogo e armas por suas terras, terminando com a vida de seu irmão, de sua sobrinha e também de vários companheiros.
Entretanto, agora a paz reinava em sua família, embora não se pudesse dizer o mesmo do relacionamento deles com o clã vizinho.
A forte batida na porta acabou repentinamente com suas orações matinais.
- Podem ser bandidos, reverenda Mãe?
- Não, irmã Joan - respondeu Ailis, seguindo apressada pelo corredor.-São os homens que esperamos, os que estão atrás daquela pobre jovem.
Ailis não precisou dizer mais nada, pois todas tinham testemunhado, na noite anterior, a chegada de lady Gilliane de Verrill, tão consumida pelo pânico que não conseguira nem falar.
A abadessa não pensou nos riscos quando a acolheu em seu convento.
Sabia que logo viriam atrás dela. Mas prometeu a si mesma que a caçada terminaria ali. - E verdade, reverenda Mãe? Eles vieram atrás de mim?
Ailis olhou rapidamente para a jovem correndo atrás dela.
- Volte para a capela. Tudo ficará bem, minha filha. - A abadessa se virou para as freiras que a acompanhavam. - Mantenham Gilliane na capela. Ninguém deve vê-la. Todas as minhas protegidas estão dentro do convento?
- Como a senhora pediu - respondeu uma delas.
A mulher passou pela abertura arqueada que levava ao pátio, e mandou que as freiras e noviças fossem fazer suas obrigações protegidas pelas paredes do convento.
Sua voz, sempre calma, fazia com que freiras, noviças ou mesmo visitantes de nascimento nobre estremecessem quando proferia uma reprimenda.
Também confortava as almas atormentadas sob seus cuidados.
Sabendo que suas irmãs estariam a salvo atrás das grossas paredes de pedra, Ailis ordenou que as que a tinham acompanhado permanecessem ali enquanto seguia sozinha até os portões.
Os portões de madeira tinham quase trinta centímetros de espessura, feitos de troncos de árvores e cintas de metal.
A abadessa saiu pela pequena abertura e mandou que fechassem os portões depois que passasse.
Por sorte, ainda não tinham aparecido jovens nobres em busca de asilo, pois as estradas estavam cheia de buracos e lama, os últimos resquícios do inverno e das primeiras chuvas de primavera.
Ela fora educada em um convento francês, como muitas outras, pois o rei inglês, Eduardo, tinha morrido tentando dominar a Escócia.
Como legado, restara o ódio dos escoceses pelos ingleses, o que permitira uma aliança com a França nos últimos setenta e cinco anos.
3 - MAGIA E SEDUÇÃO
Davey Gunn fora enfeitiçado...
Pelo menos era isso que seu clã supunha.
O que ,mais,além de bruxaria,
poderia impelir o corajoso guerreiro a deixar as
Terras Altas para ajudar um misteriosa druida?
Mas Davey sabia que seu destino e seu coração estavam para sempre ligados a Meredith de Cambria, a mulher que conquistara sua alma beligerante!...
Meredith sabia que o amor que nascia em seu coração poderia significar a morte para os sonhos de seu povo.
Davey fora escolhido somente para ajudá-la a recuperar as quatro dádivas de poder, nada além disso.
Mas agora ela começava a suspeitar que a força da mais antiga das magias
O verdadeiro amor não poderia jamais ser negada!
Capítulo Um
Não haverá filhas da Beleza ante uma magia como a vossa...
George Gordon, Lorde Byron
Todos os membros do Clã Gunn compareceram ao castelo naquele final de verão para celebrar o casamento de Jamie Gunn com Gilliane de Verrill.
A noiva radiante e o charmoso noivo foram vítimas de impiedosas brincadeiras por parte dos parentes, antes de fazerem os votos que os tornariam marido e mulher.
O casal, alegre e feliz, sentado à mesa mais alta, abraçava as meninas órfãs que ambos amavam como filhas legítimas.
Jamie e Gilliane ainda aguardavam o decreto do rei que permitiria a adoção.
Os raios de sol penetravam pelas janelas e iluminavam o grande salão do castelo Halberry, a fortaleza do clã, aquecendo aqueles que dançavam animados ao som das gaitas de foles.
Servos abriam caminho entre a multidão, carregando bandejas repletas de carne assada, tortas e pães, cujo aroma se confundia ao forte odor do mar.
O castelo ocu¬pava as terras que bordejavam o mar do norte, em Mid Clyth, a noroeste da costa escocesa, próximo a Caithness.
Micheil, o mais velho dos irmãos Gunn, era o chefe do clã.
Ele cedera o lugar no centro da mesa para Jamie e sentou-se em uma das extremidades com a esposa, Seana, e o filho, Heth.
Após recusar uma farta fatia de torta de cebola e creme, Micheil ergueu o cálice para brindar os recém-casados.
O saboroso vinho de Aquitaine, a cerveja e o malte escocês, devidamente armazenados e conservados na adega, circulavam entre os presentes.
Micheil desejou felicidade ao irmão e à cunhada, e também almejou a paz para o futuro dos Gunn. George, o chefe do Clã Keith, havia morrido.
O sangue que oprimia os Gunn fenecera com ele.
Os Keith agora discutiam quem seria nomeado o novo líder.
Micheil esvaziou o cálice com a esperança de que continuariam a disputar o posto pela eternidade.
Voltou a atenção ao irmão caçula, Davey, o único ainda solteiro.
Pelo olhar das duas jovens que o cercavam, tal condição não duraria muito tempo. Micheil levantou-se para alertar Davey e, quando conseguiu, pediu-lhe que se aproximasse.
Davey correspondeu ao gesto do irmão e, pegando o odre de vinho para saciar a sede, caminhou até Micheil com um sorriso malicioso entre os lábios.
— Está na hora, Micheil?
— Está. Pode começar, Davey — ele murmurou no ouvido do irmão para que ninguém o escutasse.
A voz grave de Davey reverberou pelo salão.
Ele chamou Jamie para que este apresentasse a dança da espada à noiva.
Micheil e os outros membros do clã iniciaram o canto das espadas.
Série Clã Gunn
1 - Suave Feitiço
2 - Seda e Aço
3 - Magia e Sedução
Série Concluída
Escócia, de 1372 a 1382.
Um grande amor que desafiou o antigo ódio entre dois clãs.
Homem de temperamento ardente e paixões arrebatadoras,
Micheil, líder do clã Gunn,
sentiu-se enfeitiçado pela estonteante beleza de Seana MacKay.
Mas Micheil fez uma terrível descoberta: A adorada Seana era inimiga do clã Gunn, e ele teria de usá-la como instrumento de sua vingança final contra o clã MacKay!
Capítulo Um
O Início. Castelo de Halberry, 1372.
As vigas enegrecidas pela fumaça estremeceram ao som vibrante das gaitas de fole no amplo salão da fortaleza Gunn.
O castelo de Halberry ocupava o promontório que se projetava no mar em Mid Clyth, na costa norte de Caithness.
Ingram, chefe do clã dos Gunn e príncipe herdeiro de Caithness, reinava ali.
Os servos apressavam-se a manter cheios os cálices de ouro e prata incrustados de pedras preciosas sobre a grande mesa.
Movido por seu imenso amor pela filha Bridget, Ingram ofereceu o primeiro brinde de parabéns aos noivos.
Beber à saúde de Liam, do clã MacKay, noivo e inimigo, era algo que o amargurava. Porém, ressentia-se do fato de seus homens hesitarem em celebrar a ocasião com alegria. Aquele casamento asseguraria a paz entre os dois clãs.
As guerras constantes estavam acabando com os bens de ambos. O novo compromisso entre seu filho mais velho, Micheil, com Seana, filha única de MacKay, garantiria a paz para sempre.
Dentro de Ingram ardia a mágoa de saber que não mais ouviria, naquele salão, o grito de guerra contra os MacKay. Bridget e Liam haviam unido os clãs poderosos,
tornando-os aliados por afinidade.
Sentado à direita dos noivos, Ingram sentiu o clima tenso que se propagava no ar como névoa sobre o lago.
O sangue quente e as lembranças dos escoceses estavam imersos em brigas de famílias. Poucos dos homens ali presentes iriam um dia esquecer aqueles que haviam morrido pelas adagas e espadas de seus inimigos.
As sobrancelhas arqueadas de Ingram, que emolduravam olhos penetrantes,
de um azul profundo, esquadrinharam as mesas apinhadas.
Não prestou atenção à riqueza do linho puro que as cobria, nem às tapeçarias que revestiam as paredes de pedra.
Pela primeira vez, achou natural a abundância de comida servida em pratos dignos de um rei. Sua riqueza viera, em parte, de Malcolm, duque de Caithness, e Angus, cuja filha Maud casara-se com sir Albert de Umfraville, da antiga casa baronial normanda. Essa aliança trouxera mais riquezas ao clã.
Seu olhar errante deparou com o de Heth, chefe dos MacKay, que possuíam Strathnaver, toda a parte nordeste das terras escocesas.
Em honra da filha de Heth, Ingram disfarçou um sorriso quando o outro tocou no vmblema da família, uma planta chamada giesta com poucas folhas e flores amarelas.
Ao ouvir o riso de Bridget, Ingram desviou o olhar orgulhoso para ela, compreendendo que fora pela filha que recolocara a espada na bainha.
Bridget, a primogênita, voltou-se para ele e elogiou a festa.
— Está contente, minha menina?
— Oh, se estou! Você tornou realidade o meu maior desejo.
— Oxalá eu sempre possa fazer isso.
2 - SEDA E AÇO
Ele era capaz de tudo para protegê-la...
O lema do clã Gunn nunca soara mais verdadeiro para Jamie Gunn do que quando ele tomou lady Gilliane de Verrill pela primeira vez em seus braços.
Neste momento, Jamie, percebeu que ela fora feita para ele... e para mais ninguém!
Lady Gilliane escapara do casamento com um normando decadente, mas deparou-se com um novo perigo encarnado pelo guerreiro escocês Jamie Gunn Sucessor do chefe de seu clã, Jamie vivia para sua missão. E Gilliane não queria correr o risco de ter o coração partido... apesar do fervor que a presença dele lhe causava.
Capítulo Um
Escócia, 1384
Era um grupo de quinze homens fortes, robustos,
montados em cavalos malhados, liderados por um cavaleiro, percorrendo sem o menor cuidado o campo ao redor do Convento de Deer.
Em uma das extremidades, duas noviças largaram as enxadas, ergueram a barra de seus hábitos e saíram correndo para avisar as colegas da aproximação de estranhos.
Depois de um rigoroso inverno, chegou a primavera, e com ela bandos de vagabundos, a maioria envolvida em roubos de algum tipo. As pessoas que pensavam assim culpavam um rei fraco e nobres gananciosos, que não faziam nada para evitar esses tipos de acontecimento.
Lady Ailis, a abadessa, ajoelhou-se diante de seu pequenino altar no quarto iluminado pela luz do sol, que formava desenhos no chão.
Não havia mais nenhum indício das intempéries do inverno.
Tinha muito o que agradecer, e também muitas preocupações naquela manhã de inverno.
Ela respirou fundo o aroma puro e doce da brisa vinda da janela aberta, contente por a fuligem causada pela lareira constantemente acesa no inverno não manchar mais as paredes de pedra.
De enfeite, apenas uma grande cruz de madeira.
Dedilhando as contas de seu rosário, ela agradeceu pelo retorno a salvo de Micheil, chefe de seu clã e sobrinho, e a esposa, Seana, sua pupila havia muitos anos.
Suas orações manifestavam gratidão com o término da rivalidade sanguinária que levara fogo e armas por suas terras, terminando com a vida de seu irmão, de sua sobrinha e também de vários companheiros.
Entretanto, agora a paz reinava em sua família, embora não se pudesse dizer o mesmo do relacionamento deles com o clã vizinho.
A forte batida na porta acabou repentinamente com suas orações matinais.
- Podem ser bandidos, reverenda Mãe?
- Não, irmã Joan - respondeu Ailis, seguindo apressada pelo corredor.-São os homens que esperamos, os que estão atrás daquela pobre jovem.
Ailis não precisou dizer mais nada, pois todas tinham testemunhado, na noite anterior, a chegada de lady Gilliane de Verrill, tão consumida pelo pânico que não conseguira nem falar.
A abadessa não pensou nos riscos quando a acolheu em seu convento.
Sabia que logo viriam atrás dela. Mas prometeu a si mesma que a caçada terminaria ali. - E verdade, reverenda Mãe? Eles vieram atrás de mim?
Ailis olhou rapidamente para a jovem correndo atrás dela.
- Volte para a capela. Tudo ficará bem, minha filha. - A abadessa se virou para as freiras que a acompanhavam. - Mantenham Gilliane na capela. Ninguém deve vê-la. Todas as minhas protegidas estão dentro do convento?
- Como a senhora pediu - respondeu uma delas.
A mulher passou pela abertura arqueada que levava ao pátio, e mandou que as freiras e noviças fossem fazer suas obrigações protegidas pelas paredes do convento.
Sua voz, sempre calma, fazia com que freiras, noviças ou mesmo visitantes de nascimento nobre estremecessem quando proferia uma reprimenda.
Também confortava as almas atormentadas sob seus cuidados.
Sabendo que suas irmãs estariam a salvo atrás das grossas paredes de pedra, Ailis ordenou que as que a tinham acompanhado permanecessem ali enquanto seguia sozinha até os portões.
Os portões de madeira tinham quase trinta centímetros de espessura, feitos de troncos de árvores e cintas de metal.
A abadessa saiu pela pequena abertura e mandou que fechassem os portões depois que passasse.
Por sorte, ainda não tinham aparecido jovens nobres em busca de asilo, pois as estradas estavam cheia de buracos e lama, os últimos resquícios do inverno e das primeiras chuvas de primavera.
Ela fora educada em um convento francês, como muitas outras, pois o rei inglês, Eduardo, tinha morrido tentando dominar a Escócia.
Como legado, restara o ódio dos escoceses pelos ingleses, o que permitira uma aliança com a França nos últimos setenta e cinco anos.
3 - MAGIA E SEDUÇÃO
Davey Gunn fora enfeitiçado...
Pelo menos era isso que seu clã supunha.
O que ,mais,além de bruxaria,
poderia impelir o corajoso guerreiro a deixar as
Terras Altas para ajudar um misteriosa druida?
Mas Davey sabia que seu destino e seu coração estavam para sempre ligados a Meredith de Cambria, a mulher que conquistara sua alma beligerante!...
Meredith sabia que o amor que nascia em seu coração poderia significar a morte para os sonhos de seu povo.
Davey fora escolhido somente para ajudá-la a recuperar as quatro dádivas de poder, nada além disso.
Mas agora ela começava a suspeitar que a força da mais antiga das magias
O verdadeiro amor não poderia jamais ser negada!
Capítulo Um
Não haverá filhas da Beleza ante uma magia como a vossa...
George Gordon, Lorde Byron
Todos os membros do Clã Gunn compareceram ao castelo naquele final de verão para celebrar o casamento de Jamie Gunn com Gilliane de Verrill.
A noiva radiante e o charmoso noivo foram vítimas de impiedosas brincadeiras por parte dos parentes, antes de fazerem os votos que os tornariam marido e mulher.
O casal, alegre e feliz, sentado à mesa mais alta, abraçava as meninas órfãs que ambos amavam como filhas legítimas.
Jamie e Gilliane ainda aguardavam o decreto do rei que permitiria a adoção.
Os raios de sol penetravam pelas janelas e iluminavam o grande salão do castelo Halberry, a fortaleza do clã, aquecendo aqueles que dançavam animados ao som das gaitas de foles.
Servos abriam caminho entre a multidão, carregando bandejas repletas de carne assada, tortas e pães, cujo aroma se confundia ao forte odor do mar.
O castelo ocu¬pava as terras que bordejavam o mar do norte, em Mid Clyth, a noroeste da costa escocesa, próximo a Caithness.
Micheil, o mais velho dos irmãos Gunn, era o chefe do clã.
Ele cedera o lugar no centro da mesa para Jamie e sentou-se em uma das extremidades com a esposa, Seana, e o filho, Heth.
Após recusar uma farta fatia de torta de cebola e creme, Micheil ergueu o cálice para brindar os recém-casados.
O saboroso vinho de Aquitaine, a cerveja e o malte escocês, devidamente armazenados e conservados na adega, circulavam entre os presentes.
Micheil desejou felicidade ao irmão e à cunhada, e também almejou a paz para o futuro dos Gunn. George, o chefe do Clã Keith, havia morrido.
O sangue que oprimia os Gunn fenecera com ele.
Os Keith agora discutiam quem seria nomeado o novo líder.
Micheil esvaziou o cálice com a esperança de que continuariam a disputar o posto pela eternidade.
Voltou a atenção ao irmão caçula, Davey, o único ainda solteiro.
Pelo olhar das duas jovens que o cercavam, tal condição não duraria muito tempo. Micheil levantou-se para alertar Davey e, quando conseguiu, pediu-lhe que se aproximasse.
Davey correspondeu ao gesto do irmão e, pegando o odre de vinho para saciar a sede, caminhou até Micheil com um sorriso malicioso entre os lábios.
— Está na hora, Micheil?
— Está. Pode começar, Davey — ele murmurou no ouvido do irmão para que ninguém o escutasse.
A voz grave de Davey reverberou pelo salão.
Ele chamou Jamie para que este apresentasse a dança da espada à noiva.
Micheil e os outros membros do clã iniciaram o canto das espadas.
Série Clã Gunn
1 - Suave Feitiço
2 - Seda e Aço
3 - Magia e Sedução
Série Concluída
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