20 de janeiro de 2013

Fragmentos Da Paixão









De volta ao leito de seu marido! 

O marido de Felicity, o elegante major Nathan Carraway, desaparecera na Espanha quando o país se encontrava devastado pela guerra. 

Sozinha, ela descobre um obscuro segredo por trás de seu turbulento casamento e foge para a Inglaterra. 
Durante o dia, ela trata de expulsar qualquer pensamento relacionado a Nathan, mas à noite é assombrada pelas lembranças de sua intensa e apaixonada lua de mel... Cinco anos depois, Felicity é tirada para dançar por um homem bonito e perigoso. 
Mal sabe ela que está prestes a ficar frente a frente com Nathah, de volta para reivindicar a esposa fugitiva!

Capítulo Um 

Felicity estava brava, muito brava. Todo o medo que ela sentira por estar sozinha e sem dinheiro em um país estranho foi esquecido, substituído pela raiva ao perceber que a maleta que continha seus últimos pertences havia sido roubada. 
Sem pensar duas vezes, ela saiu em perseguição ao espanhol de colete de couro para longe da Plaza, embrenhando-se em um labirinto de vielas estreitas e apinhadas de gente nos arrabaldes do porto de Corunha. 
Ela não parou, nem mesmo quando uma súbita lufada de vento arrancou-lhe a touca da cabeça. 
Continuou correndo, determinada a recuperar sua maleta. 
Somente quando se aproximaram das docas e Felicity se viu em um pátio cercado por armazéns, foi que ela se deu conta do perigo. 
Viu o ladrão entregar a maleta a um garoto e depois se virar para ela com um sorriso maldoso. 
O garoto agarrou a maleta e saiu correndo. Felicity parou. 
Um rápido olhar revelou outros dois sujeitos ameaçadores bloqueando a passagem. 
Ela reuniu toda a coragem de que foi capaz e falou, em tom altivo e autoritário: 
— Aquela bolsa é minha! Devolvam-na para mim agora, e não se fala mais nisso. 
A resposta foi uma mão abrutalhada em suas costas que a empurrou. 
Ela tropeçou e caiu de joelhos, mas rapidamente tratou de se levantar e desviou-se quando um dos homens fez menção de agarrá-la. 
Havia somente um homem na sua frente agora. 
Tudo o que ela tinha a fazer era esquivar-se dele e correr, mas com uma risada gutural, ele a agarrou pelo cabelo e puxou-lhe a cabeça para trás, jogando-a nos braços de seus cúmplices. 
Felicity tentou se desvencilhar, mas era impossível vencer a força daqueles brutamontes. 
Eles a seguraram firme enquanto o homenzinho de dentes amarelos e hálito fétido se aproximava, fitando-a com olhar lascivo; e ele rasgou a peliça dela. 
Felicity fechou os olhos, tentando ignorar as risadas infames e os gracejos vulgares. 
Então ela ouviu outra voz, lenta, profunda e inconfundivelmente britânica. 
— Afastem-se da moça! Felicity abriu os olhos. Atrás do ladrão, estava um oficial inglês alto e garboso, em sua farda vermelha. 
Ele parecia completamente à vontade, observando a cena com ar despreocupado, mas quando o homem sacou uma faca da cintura, o tom de voz do oficial mudou: 
— Eu pedi com educação — disse ele, mostrando a espada. — Mas parece que terei de ser mais evasivo. Com um arquejo, os dois homens que seguravam Felicity a soltaram e correram para o lado do companheiro. 
Ela recuou e se encostou à parede, enquanto o oficial de farda vermelha tratava de despachar os agressores. Ele se moveu com uma rapidez surpreendente. 
Com um golpe da espada, ele acertou o pulso do homem baixote, sem o ferir, mas fazendo a faca cair ao chão. 
Um dos outros dois homens gritou quando a lâmina da espada roçou em seu braço. 
Quando o oficial voltou a atenção para o terceiro homem, este deu meia-volta e saiu correndo, seguido pelos companheiros. 
O oficial limpou a lâmina da espada e enfiou-a de volta na bainha. 
Um raio de sol infiltrou-se entre as construções que abrigavam os armazéns e o envolveu num feixe de luz. 
O cabelo dele parecia mogno polido à luz do sol. 
Ele sorria para Felicity, e os olhos castanhos dele tinham um brilho divertido, como se o que acabara de acontecer tivesse sido uma brincadeira. 
Em um lampejo, Felicity se deu conta de que ele era a personificação do herói com quem ela sempre havia sonhado. 
— Está ferida, senhorita? A voz dele era profunda, calorosa e a envolvia como se fosse um veludo macio. Ela balançou a cabeça. — Eu... Acho que não. 
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2 comentários:

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