Mostrando postagens com marcador Sarah Mallory. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sarah Mallory. Mostrar todas as postagens

25 de maio de 2014

Calor do Coração


Uma ceia de delícias e malícias… 

Rose Westerhill quase congela de medo quando se vê presa em uma casa de campo com o notório e perigoso sir Lawrence Daunton durante uma tempestade de neve! 
Ao perceber que confundiu endereços, ela não tem alternativa senão aceitar a oferta de abrigo. 
Entretanto, promete a si mesma que se manterá indiferente aos encantos de Lawrence. 
À medida que a temperatura declina, Rose descobre que o melhor meio para se aquecer é se entregar à terrível e abrasadora sedução do libertino. 
Por uma noite apenas,ela abandona seus princípios e seu corpo ao toque habilidoso de Daunton. 
Passar o Natal com um farrista promete ser uma celebração inusitada.

Capítulo Um

A Sala de visitas de Knightscote Lodge era considerada por muitos o aposento ideal para uma fria noite de inverno. O teto com estruturas de madeira e lustrosos painéis de carvalho formavam o cenário perfeito para as mentes mais românticas. Sem dúvida, com uma chama vibrante na enorme lareira e o brilho dourado de velas, o aposento parecia quente e acolhedor.
Seu atual ocupante estava afundado na poltrona com os pés calçados em botas e em posição de descanso sobre o piso da lareira. Ele fitava sorumbaticamente o fogo com uma taça de vinho pela metade em sua mão de dedos magros e compridos.
A neve começara a cair um pouco mais cedo. Agora, impulsionada pelo vento uivante, chocava-se contra as vidraças reluzentes.
Sir Lawrence Daunton ergueu a cabeça quando uma rajada particularmente forte sacudiu os caixilhos. Ele considerou que, se a nevasca continuasse, seria impossível passar pela trilha por vários dias.
— Ótimo — murmurou ao esvaziar o copo.
Era véspera de Natal. Cavalgara até sua cabana de caça nos limites de Exmoor, alguns dias atrás, com duas ideias em mente. A primeira era evitar qualquer companhia durante a temporada de festas. A outra, ficar muito, muito bêbado. Pronto para atingir a segunda meta, estendeu o braço na direção da garrafa pousada na mesa ao seu lado. Vazia. Levantou-se e, quando se dirigia aos aposentos dos criados para buscar outra, escutou batidas vigorosas na porta.
Lawrence se deteve.
— Quem diabos será?
Com gestos controlados, colocou a garrafa na mesa e pegou o lampião. Seus passos ecoaram sobre o piso de pedra no caminho até a entrada. Perdeu um instante tentando destrancar. Por fim, abriu a porta.
Uma rajada de vento gelado o deixou sem fôlego.
Assim como a visão postada sob o abrigo da varanda.
Diante dele estava uma jovem envolta em uma capa de viagem de veludo azul-claro. As bordas de pelos brancos do capuz emolduravam um rosto pálido e delicado, com um nariz reto, lábios generosos e um par de olhos acinzentados adornados por cílios escuros.
Lawrence notou cada detalhe imediatamente. Quando piscou para se certificar de que a visão não desapareceria de sua frente, a mulher tratou de adentrar o chalé, comandando:
— Não me deixe parada na neve! Por favor, avise a sua patroa que a sra. Westerhill gostaria de vê-la. Imediatamente. — Esta última palavra foi pronunciada com certa ênfase, pois Lawrence ainda a fitava. Ela continuou: — Meu cavalariço encontra-se lá fora com os cavalos. Seria bom indicar para ele os estábulos antes de fechar a porta.
Lawrence tornou a piscar. Uma rajada de vento trouxe mais neve para dentro do vestíbulo, cada floco caindo sobre o piso escuro e se dissolvendo.
— Perfeitamente. Com licença. — Sem perder tempo, ele saiu da cabana, fechou a porta e correu até onde o infeliz cavalariço, prostrado, segurava as rédeas de dois cavalos.
Após algumas palavras de orientação, Lawrence correu de volta para dentro da casa. Encontrou o hall de entrada vazio, mas uma trilha de pegadas molhadas indicava a direção da sala de visitas. Lá, encontrou a dama aquecendo as mãos junto ao fogo.
Ela tirara a capa. Trajava um vestido de veludo azul-marinho de gola alta, apenas ornamentado nas bordas dos punhos e no pescoço com uma delicada renda branca. A seriedade da roupa era abrandada pela abundância do cabelo cor de mel que pendia em cachos suaves sobre os ombros.
— E então? Informou à sra. Anstey que estou aqui?
— Hã… Não.
Ela se empertigou, franzindo a testa ao fitá-lo.
— Aqui é Knightshill Hall, não é?
— Na verdade, não — respondeu Lawrence. — Estamos em Knightscote Lodge. Knightshill fica em Stoke Pero.
— Ah, meu Deus! Quer dizer que esta não é a casa da sra. Anstey?
— Não. Deve ter perdido a entrada.
Lawrence observou quando os pequenos dentes brancos mordiscaram o lábio inferior, tão generoso e vermelho quanto uma cereja madura. O olhar dela percorreu o aposento, e, pela primeira vez, pareceu se dar conta de seu estado desmazelado.
— Há uma patroa nesta casa?
Lawrence meneou a cabeça.
— Não no momento.
— Nesse caso, talvez queira informar ao seu patrão… 


31 de dezembro de 2013

Um Homem Perigoso

O libertino mais famoso da cidade! 

O perigoso lorde Darrington não é um homem para ser recebido na casa de moças indefesas! 
Apesar de ser um conde, Beth Forrester já ouviu histórias de arrepiar sobre sua incorrigível devassidão... 
Hospedar, inesperadamente, uma celebridade com um vasto histórico de escândalos é apenas um de seus problemas. 
Pois logo que o malicioso lorde Darrington descobre o segredo mais sombrio de Beth, ela é obrigada a fazer qualquer coisa para salvar a própria reputação. 
Entretanto, como comprar o silêncio de um homem sem escrúpulos? Só havia um modo... Oferecer seu corpo!

Capítulo Um 

A notícia de que o perigoso lorde Darrington estava hospedado na casa de casa de Edwin Davey, em Yorkshire, se espalhou, mas deixou em um dilema as mães mais zelosas de donzelas solteiras. 

Guy Wylder, o conde de Darrington, era um solteiro e estava na idade de se casar e ter um herdeiro. 
Não foram poucos os escân­dalos em que Guy tinha se envolvido, mas a maioria dos pais esta­va disposta a se esquecer desses fatos por causa da riqueza e do nome do conde.
No entanto, Guy recusara todas as tentativas de seduzi-lo ao casamento. Qualquer jovem que se oferecesse muito abertamente estaria fadada ao sofrimento, pois ele passaria a flertar com ou­tras, incitando as más línguas e levando a jovem donzela a acredi­tar que ele estivesse apaixonado. 
E, então, quando a jovem estivesse na expectativa de um pedido de casamento, o malvado conde esfriaria e demonstraria inclusive dificuldade em lembrar o nome de sua pretendente quando se encontrassem.
Esse compor­tamento desencorajou várias jovens a concentrar sua atenção em lorde Darrington, apesar de sua fortuna e aparência estonteante. 
Os pais mais preocupados passaram a avisar suas filhas a não procurar as atenções do conde. Infelizmente, na opinião de Guy, não eram muitos os pais zelosos.
Em uma ocasião em especial, as precauções não foram neces­sárias. A festa da caça de Davey em sua casa, em Highridge, foi apenas para cavalheiros. 
Fora uma visita ocasional ou outra ao White Hart, os cavalheiros se restringiram à propriedade de Davey ou cavalgavam pelas extensas montanhas inabitadas ou pelos campos que seguiam a leste até a costa.
— Devo levar uma coça quando voltar para a cidade — recla­mou Davey, rindo. — Hospedei um membro da realeza em casa e não o levei a nenhuma festa. Meus vizinhos irão soltar os cachor­ros em cima de mim.
— Davey, você sabe que só vim para cá porque você me prome­teu duas semanas de muito esporte na companhia de amigos — respondeu Guy.
— E foi isso que eu proporcionei, mas ainda não vejo que mal teria em comparecermos a alguns bailes na cidade.
— Ora, mas esse esporte seria bem diferente, Davey — disse Guy, esboçando um sorriso, — E seriamos nós as presas.
Os dois tinham viajado pelas montanhas durante um tempo, subindo até o pico de uma ou outra para admirar uma terra rica a ser trabalhada ao leste e terras baldias ao norte de Yorkshire. Guy parou por um momento para contemplar a vista.
— Claro que sempre será um perigo — observou Davey, empare­lhando seu cavalo com o de Guy. — Mas as lendas sobre o seu compor­tamento cavalheiresco com o sexo frágil dá o que pensar às moças.
— Talvez isso aconteça com algumas, mas não com todas — disse Guy, meneando a cabeça, e acrescentou com amargura: — Posso ser um verdadeiro barba-azul, mas ainda encontrarei alguns pais que oferecerão suas filhas para mim. Acredito que meu título e minha fortuna pesem bastante.
— Claro que sua fortuna e seu título significam bastante, além de serem sempre mencionados nos jornais da sociedade. Aqueles patifes malditos que escrevem no Intelligencer adoram publicar fofocas a seu respeito.
— É um jornal de escândalos. — Guy curvou os lábios. — Ignore-o. O que eles não conseguem descobrir inventam, e, contanto que se refiram apenas a minhas aventuras amorosas, não me importo. Além do mais, se os escândalos forem bem ruins, talvez as mães mais ambiciosas desistam da caçada.
— Sei que as fofocas não o incomodam, mas enervam seus amigos. Veja, por exemplo, o que disseram sobre aquela moça atrevida, filha de Ansell.
— Deus do céu, eu só dancei com ela duas vezes e já dizem que estou apaixonado!

 

20 de janeiro de 2013

Fragmentos Da Paixão









De volta ao leito de seu marido! 

O marido de Felicity, o elegante major Nathan Carraway, desaparecera na Espanha quando o país se encontrava devastado pela guerra. 

Sozinha, ela descobre um obscuro segredo por trás de seu turbulento casamento e foge para a Inglaterra. 
Durante o dia, ela trata de expulsar qualquer pensamento relacionado a Nathan, mas à noite é assombrada pelas lembranças de sua intensa e apaixonada lua de mel... Cinco anos depois, Felicity é tirada para dançar por um homem bonito e perigoso. 
Mal sabe ela que está prestes a ficar frente a frente com Nathah, de volta para reivindicar a esposa fugitiva!

Capítulo Um 

Felicity estava brava, muito brava. Todo o medo que ela sentira por estar sozinha e sem dinheiro em um país estranho foi esquecido, substituído pela raiva ao perceber que a maleta que continha seus últimos pertences havia sido roubada. 
Sem pensar duas vezes, ela saiu em perseguição ao espanhol de colete de couro para longe da Plaza, embrenhando-se em um labirinto de vielas estreitas e apinhadas de gente nos arrabaldes do porto de Corunha. 
Ela não parou, nem mesmo quando uma súbita lufada de vento arrancou-lhe a touca da cabeça. 
Continuou correndo, determinada a recuperar sua maleta. 
Somente quando se aproximaram das docas e Felicity se viu em um pátio cercado por armazéns, foi que ela se deu conta do perigo. 
Viu o ladrão entregar a maleta a um garoto e depois se virar para ela com um sorriso maldoso. 
O garoto agarrou a maleta e saiu correndo. Felicity parou. 
Um rápido olhar revelou outros dois sujeitos ameaçadores bloqueando a passagem. 
Ela reuniu toda a coragem de que foi capaz e falou, em tom altivo e autoritário: 
— Aquela bolsa é minha! Devolvam-na para mim agora, e não se fala mais nisso. 
A resposta foi uma mão abrutalhada em suas costas que a empurrou. 
Ela tropeçou e caiu de joelhos, mas rapidamente tratou de se levantar e desviou-se quando um dos homens fez menção de agarrá-la. 
Havia somente um homem na sua frente agora. 
Tudo o que ela tinha a fazer era esquivar-se dele e correr, mas com uma risada gutural, ele a agarrou pelo cabelo e puxou-lhe a cabeça para trás, jogando-a nos braços de seus cúmplices. 
Felicity tentou se desvencilhar, mas era impossível vencer a força daqueles brutamontes. 
Eles a seguraram firme enquanto o homenzinho de dentes amarelos e hálito fétido se aproximava, fitando-a com olhar lascivo; e ele rasgou a peliça dela. 
Felicity fechou os olhos, tentando ignorar as risadas infames e os gracejos vulgares. 
Então ela ouviu outra voz, lenta, profunda e inconfundivelmente britânica. 
— Afastem-se da moça! Felicity abriu os olhos. Atrás do ladrão, estava um oficial inglês alto e garboso, em sua farda vermelha. 
Ele parecia completamente à vontade, observando a cena com ar despreocupado, mas quando o homem sacou uma faca da cintura, o tom de voz do oficial mudou: 
— Eu pedi com educação — disse ele, mostrando a espada. — Mas parece que terei de ser mais evasivo. Com um arquejo, os dois homens que seguravam Felicity a soltaram e correram para o lado do companheiro. 
Ela recuou e se encostou à parede, enquanto o oficial de farda vermelha tratava de despachar os agressores. Ele se moveu com uma rapidez surpreendente. 
Com um golpe da espada, ele acertou o pulso do homem baixote, sem o ferir, mas fazendo a faca cair ao chão. 
Um dos outros dois homens gritou quando a lâmina da espada roçou em seu braço. 
Quando o oficial voltou a atenção para o terceiro homem, este deu meia-volta e saiu correndo, seguido pelos companheiros. 
O oficial limpou a lâmina da espada e enfiou-a de volta na bainha. 
Um raio de sol infiltrou-se entre as construções que abrigavam os armazéns e o envolveu num feixe de luz. 
O cabelo dele parecia mogno polido à luz do sol. 
Ele sorria para Felicity, e os olhos castanhos dele tinham um brilho divertido, como se o que acabara de acontecer tivesse sido uma brincadeira. 
Em um lampejo, Felicity se deu conta de que ele era a personificação do herói com quem ela sempre havia sonhado. 
— Está ferida, senhorita? A voz dele era profunda, calorosa e a envolvia como se fosse um veludo macio. Ela balançou a cabeça. — Eu... Acho que não. 
DOWNLOAD

17 de dezembro de 2012

Ventos Da Paixão




A noiva desafiadora do capitão 

Quando a jovem viúva Evelina Wylder foi colocada frente a frente com seu marido supostamente falecido, um elegante capitão, por sinal bem vivo, ficou ao mesmo tempo chocada, alegre... e furiosa! 

Por isso, qualquer que fosse a explicação dele para o ultrajante engano, ela não mais o aceitaria no leito conjugal. 
A corajosa inocência de Eve havia enfeitiçado Nick, mas a sua fúria ardente o conquistara! 
Agora, ele teria de encarar seu maior desafio: provar a Eve que sua primeira missão era amá-la e respeitá-la para sempre! 

Capítulo Um 

Mansão Makerham, Surrey... Julho, 1783 
— Ai! Evelina se assustou quando o espinho de uma rosa furou seu dedo. 
Na hora certa, refletiu, olhando para a pequena gota de sangue. 
Estivera justamente pensando que aquela era a atividade mais perigosa que assumira: cortar flores. Suspi¬ou. Aqueles jardins ornamentais em Makerham resumiam sua vida: organizados, seguros, protegidos. Limpou o sangue do dedo e reprimiu firmemente qualquer sentimento de insatisfação. 
Tornara-se ciente de tal sensação nos últimos tempos, da impressão de estar sendo sufocada. 
Ora, estava feliz, não estava? Cuidando das tarefas domésticas para seu avô? 
Ele tinha prometido cuidar dela, provê-la com todo o necessário. Não precisava se preocupar com mais nada. Evelina pegou a cesta cheia de flores de verão e estava andando de volta para casa quando ouviu cascos de animais no caminho de acesso à mansão. 
Olhou para cima e viu um cavaleiro se aproximando, montado num cavalo preto, alto e elegante. 
A ponte de pedra que dava acesso à casa antiga, Evelina parou, inclinando a cabeça com curiosidade quando o homem se aproximou. 
Ele soltou as rédeas e desmontou..Era muito alto. Forte também, era visível pela largura dos ombros sob o casaco escuro de montaria e pelas pernas poderosas cobertas por camurça e botas altas de verniz brilhante. Os cabelos pretos estavam presos com uma fita, e havia uma expressão arrojada em seus sorridentes olhos azuis. 
Parecia um aventureiro, pensou ela. Alto, imponente e... 
— Você deve ser Evelina. — A voz dele era rica e doce como mel. — Muito prazer. Sem esperar por resposta, aproximou-se, puxou-a para seus braços e a beijou. 
Eve ficou tão chocada que derrubou a cesta. 
Entretanto, não fez esforço nenhum para se afastar; e com aqueles braços a segurando com tanta firmeza, seria quase impossível, mesmo se quisesse.
Nunca havia sido beijada por um homem antes e a sensação era surpreendente e prazerosa, acordando seus sentidos, de modo a deixá-la ciente do cheiro daquela pele, uma mistura de sabonete com alguma coisa que Eve não sabia o quê. Com aroma de homem, supunha. 
Então ele levantou a cabeça e lhe deu um olhar arrependido, embora Eve achasse o brilho nos profundos olhos azuis positivamente malicioso. 
— Oh, Deus — exclamou ele, dando um passo atrás. 
— Isso não era para acontecer. Eve o fitou, trêmula, e perguntou-se o que uma jovem lady bem-criada deveria fazer nessa situação. 
De forma deliberada, levantou uma das mãos e lhe deu uma sonora bofetada. O homem recuou um pouco, mas continuou sorrindo, a travessura reluzia nos olhos azuis.
— Suponho que mereci. Foi necessário algum um esforço para que Eve desviasse a atenção daquele olhar hipnótico. 
Sua cesta estava caída no chão: rosas, íris e margaridas comuns espalhadas pelo caminho de acesso à casa. Com mãos trêmulas, começou a reuni-las. 
O homem ajoelhou-se ao seu lado, desconcertando-a com a proximidade. 
— Você não parece muito contente em me ver — observou. Eve se concentrou em coletar as flores e colocá-las de volta na cesta. 
De maneira tensa, murmurou: 
— Eu não o conheço, senhor. 
 DOWNLOAD