31 de dezembro de 2013

Um Homem Perigoso

O libertino mais famoso da cidade! 

O perigoso lorde Darrington não é um homem para ser recebido na casa de moças indefesas! 
Apesar de ser um conde, Beth Forrester já ouviu histórias de arrepiar sobre sua incorrigível devassidão... 
Hospedar, inesperadamente, uma celebridade com um vasto histórico de escândalos é apenas um de seus problemas. 
Pois logo que o malicioso lorde Darrington descobre o segredo mais sombrio de Beth, ela é obrigada a fazer qualquer coisa para salvar a própria reputação. 
Entretanto, como comprar o silêncio de um homem sem escrúpulos? Só havia um modo... Oferecer seu corpo!

Capítulo Um 

A notícia de que o perigoso lorde Darrington estava hospedado na casa de casa de Edwin Davey, em Yorkshire, se espalhou, mas deixou em um dilema as mães mais zelosas de donzelas solteiras. 

Guy Wylder, o conde de Darrington, era um solteiro e estava na idade de se casar e ter um herdeiro. 
Não foram poucos os escân­dalos em que Guy tinha se envolvido, mas a maioria dos pais esta­va disposta a se esquecer desses fatos por causa da riqueza e do nome do conde.
No entanto, Guy recusara todas as tentativas de seduzi-lo ao casamento. Qualquer jovem que se oferecesse muito abertamente estaria fadada ao sofrimento, pois ele passaria a flertar com ou­tras, incitando as más línguas e levando a jovem donzela a acredi­tar que ele estivesse apaixonado. 
E, então, quando a jovem estivesse na expectativa de um pedido de casamento, o malvado conde esfriaria e demonstraria inclusive dificuldade em lembrar o nome de sua pretendente quando se encontrassem.
Esse compor­tamento desencorajou várias jovens a concentrar sua atenção em lorde Darrington, apesar de sua fortuna e aparência estonteante. 
Os pais mais preocupados passaram a avisar suas filhas a não procurar as atenções do conde. Infelizmente, na opinião de Guy, não eram muitos os pais zelosos.
Em uma ocasião em especial, as precauções não foram neces­sárias. A festa da caça de Davey em sua casa, em Highridge, foi apenas para cavalheiros. 
Fora uma visita ocasional ou outra ao White Hart, os cavalheiros se restringiram à propriedade de Davey ou cavalgavam pelas extensas montanhas inabitadas ou pelos campos que seguiam a leste até a costa.
— Devo levar uma coça quando voltar para a cidade — recla­mou Davey, rindo. — Hospedei um membro da realeza em casa e não o levei a nenhuma festa. Meus vizinhos irão soltar os cachor­ros em cima de mim.
— Davey, você sabe que só vim para cá porque você me prome­teu duas semanas de muito esporte na companhia de amigos — respondeu Guy.
— E foi isso que eu proporcionei, mas ainda não vejo que mal teria em comparecermos a alguns bailes na cidade.
— Ora, mas esse esporte seria bem diferente, Davey — disse Guy, esboçando um sorriso, — E seriamos nós as presas.
Os dois tinham viajado pelas montanhas durante um tempo, subindo até o pico de uma ou outra para admirar uma terra rica a ser trabalhada ao leste e terras baldias ao norte de Yorkshire. Guy parou por um momento para contemplar a vista.
— Claro que sempre será um perigo — observou Davey, empare­lhando seu cavalo com o de Guy. — Mas as lendas sobre o seu compor­tamento cavalheiresco com o sexo frágil dá o que pensar às moças.
— Talvez isso aconteça com algumas, mas não com todas — disse Guy, meneando a cabeça, e acrescentou com amargura: — Posso ser um verdadeiro barba-azul, mas ainda encontrarei alguns pais que oferecerão suas filhas para mim. Acredito que meu título e minha fortuna pesem bastante.
— Claro que sua fortuna e seu título significam bastante, além de serem sempre mencionados nos jornais da sociedade. Aqueles patifes malditos que escrevem no Intelligencer adoram publicar fofocas a seu respeito.
— É um jornal de escândalos. — Guy curvou os lábios. — Ignore-o. O que eles não conseguem descobrir inventam, e, contanto que se refiram apenas a minhas aventuras amorosas, não me importo. Além do mais, se os escândalos forem bem ruins, talvez as mães mais ambiciosas desistam da caçada.
— Sei que as fofocas não o incomodam, mas enervam seus amigos. Veja, por exemplo, o que disseram sobre aquela moça atrevida, filha de Ansell.
— Deus do céu, eu só dancei com ela duas vezes e já dizem que estou apaixonado!

 

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