19 de janeiro de 2014

Acordo Selado


Uma proposta tão escandalosa, que só um homem de reputação duvidosa aceitaria!

A honrada Clarissa Warrington se desespera quando sua bela e tola irmã cai na lábia do mais notório conquistador da sociedade. 
Para o bem de Amélia, Clarissa irá agir, e rápido! Apesar de ser um homem charmoso e de posses, Kit, lorde de Rasemby, está entediado. 
A elite londrina já não é mais tão excitante. 
Então, quando o incorrigível mulherengo recebe um desafio inusitado, a tentação soa bastante aprazível. 
Afinal, se conseguir proporcionar a Clarissa a maior aventura de sua vida, ela se entregará a ele! 
Nenhum sedutor que se preze poderia declinar uma proposta tão irrecusável... 
Capítulo Um

1798 , Londres
— Você certamente não vai sair nesse traje, Amelia? — A Ilustre Clarissa Warrington olhou atônita para sua irmã mais nova. — Você está totalmente indecente. Eu juro que posso ver através de suas anáguas.
Amelia, seis anos mais nova que Clarissa, e com 18 anos, em toda glória de sua beleza, simplesmente sorriu.
— Não seja tão antiquada. Está na moda umedecer um pouco as anáguas. Você saberia disso, Clarrie, se saísse de vez em quando.
— Eu não desejo sair nas companhias que você mantém, Amelia. E, se você não tomar cuidado, logo descobrirá que ficará com o tipo de reputação que combina com anáguas umedecidas. Sem mencionar o fato de que provavelmente vai pegar um resfria­do, também.
— A típica Clarrie, sempre prática. Eu nunca fico resfriada. Ago­ra, pare com isso e arrume meu cabelo. — Amelia voltou a força total de seus enormes olhos azuis para sua irmã e fez um biquinho.
— Ninguém os penteia como você, e é muito importante que eu fique bonita esta noite.
Com um suspiro, Clarissa pegou a escova. Nunca conseguia ficar brava com Amelia por muito tempo, mesmo quando se sentia no direito disso. Amelia ia a outra festa com sua amiga Chloe e a mãe de Chloe, sra. Barrington. Clarissa recebera os mesmos con­vites, mas sempre os recusava. 
Além do custo, ela não tinha dese­jo de passar a noite dançando com homens que a entediavam até a morte com suas conversas insípidas. Ou pior, ser obrigada a se reunir com as mulheres que disputavam os cavalheiros e sorriam com afetação.
Amelia era diferente. Os últimos estilos e cores, quem tinha a probabilidade de casar com quem, eram de grande importância para ela. E era melhor que sua irmã achasse tudo aquilo tão extasiante, pensou Clarissa, habilmente arrumando o cabelo de Amelia. 
Casamento era a única coisa para a qual Amelia era boa, realmen­te. Clarissa amava sua irmã, mas não era cega para as limitações dela. Como poderia, afinal de contas? Amelia era exatamente como a mãe delas.
Casamento, na verdade, estava se tomando uma necessidade para Amelia. Não porque Amelia realizaria uma união fabulosa, como a mãe delas esperava. 
Com um dote de noiva tão pequeno, isso era improvável ao extremo. Não, casamento era uma necessi­dade para Amelia porque ela não possuía nem as habilidades nem a inclinação para ganhar seu próprio sustento. Além de tudo isso, Clarissa suspeitava que Amelia estivesse se relacionando com companhias não muito boas. Para que ela chegasse imaculada ao altar, um casamento precisava ser arranjado o mais rapidamente possível.
— Quem você está tão desesperada para impressionar esta noi­te, Amelia?
Amelia riu.
— Eu não acho que deveria lhe contar. Você é tão conservadora, Clarrie, que correria para contar à mamãe.
— Isso não é justo! — Clarissa cuidadosamente passou uma fita através dos cachos dourados de Amelia. — Não sou delatora, e você sabe disso. Eu não correria para mamãe. — Não, ela realmente não faria tal coisa, pensou com tristeza. Pois sua mãe, com certeza, diria que Clarrie era uma criadora de casos, e que Amelia sabia o que fazia. Na verdade, a mãe delas, lady Maria Warrington, pro­vavelmente nem mesmo teria a energia para falar aquilo.
Lady Maria se desapontara com a vida numa idade precoce, e desapontamentos constantes tinham seu preço. 
Casada com um homem que era o filho mais novo, em sua família, então tendo ficado uma viúva sem um tostão, não muito depois do nascimen­to de Amelia, lady Maria levava a vida com o mínimo esforço possível. Apenas jogos de cartas e o pensamento do casamento brilhante que sua filha mais nova um dia faria levava animação ao rosto dela. 
Ao menor sinal de que qualquer tipo de esforço seria requerido de sua parte, ela se tomava fraca, e, às vezes, até mesmo tinha ataques de desmaio. Lady Maria vinha contando com sua filha mais velha pragmática desde quando qualquer uma delas pudesse lembrar.
Traços da beleza de lady Maria ainda podiam ser detectados sob a pele envelhecida pela idade, mas os anos não tinham sido gentis
 

2 comentários:

  1. Romance do jeito que gosto, drama, suspense, brigas, amor impossível e final feliz! Adorei!

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  2. Eu queria tirar uma duvida, eu realmente amei o blog, mas queria saber se os livros postados aqui são em pdf.

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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!