Lorde James, marquês de Wellington, primogênito e herdeiro do duque Frettorn, provocou o escândalo, o prejuízo e o dano, muito além da reparação e o perdão.
Quando recupera a prudência, parece ser muito tarde não só para ele, mas inclusive para quem, sem o compreender, o fez desejar o perdão sobre todas as coisas.
Capítulo Um
Em 1817, na vida social da nobreza londrina, ocorreram três fatos que se consideraram verdadeiramente relevantes e portanto, objetos de fofoca, intriga e, em muitos casos, comentários cruéis durante meses.
O primeiro, o nascimento do primeiro filho do duque de Clayborn, um fato extremamente feliz porque nasceu um formoso bebê esse dia, a não ser as dúvidas a respeito de sua paternidade, pois toda Londres conhecia a relação existente entre a jovem duquesa e o primo do duque, qualificada por muitos como muito estreita.
Deste modo, embora considerado e tratado como o herdeiro, esse bebê viveria toda sua vida com as palavras insidiosas sussurradas às suas costas e as olhadas desdenhosas ou censuráveis dos mais estritos moralistas da nobreza.
Não importava que realmente fosse filho do duque e sua jovem duquesa, nem que o primo do duque, que tanto tempo passava na casa deste, fosse um homem com uma dessas tendências consideradas, nesses tempos, como reprovável, desviada ou antinatural e que, portanto, jamais olhasse e menos ainda, tocasse à duquesa com intenção alguma que não fosse a do beijo cortês na mão ou o de ajudá-la a subir ou descer da carruagem ducal.
E assim que esses detalhe não resultavam de interesse para essas línguas ávidas de destroçar a vida de seus congêneres por mero aborrecimento.
Um segundo acontecimento gerou tantos ou mais fofocas nesse ano. A ruína econômica de um dos grandes totens da nobreza, o conde de Versham.
Ruína que não era outra coisa que o resultado de suas escandalosas perdas no jogo, que derivaram em enormes dívidas com alguns dos maiores canalhas dos subúrbios, agiotas, chantagistas e jogadores da pior estirpe. Mas a ruína econômica de um nobre pelo jogo não era tão incomum.
O que possivelmente era chamativo ou motivo de interesse para outros era o fato de que fosse o conde de Versham, um dos nobres com melhor reputação da alta sociedade, o protagonista dessa ruína, e quem, até que se conheceu sua debilidade, era considerado uma pedra angular de retidão entre seus pares; era conhecido sobretudo por sua altiva complacência de origem e pureza, especialmente, por seu público desprezo por todos os que não fossem de sua mesma condição e classe social; inclusive entre os de sua classe, considerava dignos só aqueles de berço e estirpes impecáveis.
E foi precisamente a soma destas circunstâncias que gerou o escândalo, pois para resolver sua penosa e cada vez mais alarmante ruína, casou suas duas formosas e nobres filhas, de maçante ascendência, com dois homens extraordinariamente ricos mas sem nenhuma só gota de sangue aristocrata em suas veias, e linhagem aristocrática alguma, o que, é obvio, situou ao conde, suas filhas e a seus novos genros, na boca de toda a cidade, como objeto da fofoca preferida dos salões, clubes, casas e parques de Londres.
Entretanto, tanto o duque como o conde tiveram sorte esse ano, pois se algo gerou polêmica, intrigas, falações, fofocas e, sobretudo, muitos comentários mordazes para os protagonistas foi um acontecimento concreto.
Ou para ser mais exatos, vários acontecimentos de uma mesma história escandalosa, em que, como sempre ocorre, o único prejudicado acaba sendo a vítima inocente de todo isso, a pessoa que não fez nem pôde fazer nada para se defender e que, portanto, acabou danificada sem remédio.
Em fevereiro desse ano, teve lugar um feliz acontecimento aos olhos de todos e, muito especialmente, aos olhos de uma jovem dama que acreditava que um 12 de fevereiro trocaria sua vida iniciando uma nova e feliz etapa em sua jovem e inocente existência.
Esse 12 de fevereiro, em uma repleta igreja de Saint George em Hanover Square, na chamada Igreja da nobreza, teve lugar, ante quinhentos convidados da alta aristocracia, da nobreza e inclusive de algumas cabeças coroadas européias, o matrimônio entre lorde James, marquês de Wellington, primogênito e herdeiro do duque Frettorn, com lady Olivia, filha mais nova do visconde do Grossem.
Era de um matrimônio acertado pelos pais dos nubentes, os quais tinham propriedades vizinhas perto de Kent e consideravam as bodas vantajosa para ambas as famílias.
O herdeiro do duque se casava com a filha de um dos grandes nobres, educada desde o berço para ser a esposa um nobre. Para a jovem noiva, uma mocinha de vinte anos era o dia mais feliz de sua vida pois, desde menina esteve apaixonada por herdeiro do duque, seu bonito vizinho, esse menino, jovem e posteriormente homem, que ela via, como perfeito em todos os sentidos.
A história me comoveu muito. A parte que ele cai em si, descobrindo que a ama é linda, eu amei.
ResponderExcluirComo diz o ditado: o mundo dá voltas. Curti cada linda da história.
ResponderExcluirUma historia interresante!Que mostra uma mocinha corajosa que soube enfrenta a dificuldades e cabeca herguida.
ResponderExcluirLinda história.
ResponderExcluirParticularmente não gostei muito do enredo. Mocinho muito imaturo, dependente do pai e egoísta. A mocinha é legal e forte. A lição do livro é legal: Superação, resiliência e perdão. Agora sinceramente, que família ordinária essa da mocinha..aff! Momento desabafo!
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