6 de abril de 2018

A Duquesa

Série Montgomery Saga

A jovem norte-americana Claire Willoughby só poderá receber a fabulosa herança de seu avô e salvar da ruína sua esbanjadora família, se se casar com o homem "adequado". 

Claire não demora para achar um marido com título nobiliário: o escocês Harry Montgomery, décimo primeiro duque de MacArran.
Harry possui um histórico castelo em Bramley, é loiro, bonito e parece encarnar toda a tradição e magia da Escócia. Entretanto, não tem dinheiro e carece totalmente de engenho e motivação para ganhar a vida ou tirar proveito de suas propriedades.
Quando foi anunciado o compromisso entre a jovem herdeira e o encantador nobre, a futura duquesa viaja a Bramley para conhecer o excêntrico clã dos Montgomery, e casualmente, a um estranho personagem: Trevelyan.
Trevelyan, é cínico, altivo e fascinante. Desvendará Claire os misteriosos vínculos que o unem aos membros do clã e se converterá em seu melhor amigo e confidente?
Dividida entre o amor e a paixão que suscita nela o aventureiro Trevelyan e o sentido de dever que a obriga a casar-se com Harry, Claire deverá tomar uma decisão.

Capítulo Um

Londres 1883
Claire Willoughby se apaixonou por Harry, décimo primeiro duque de MacArran, a primeira vez que o viu... como ocorreu com as demais mulheres do salão. Mas não foi somente a incrível beleza do homem o que a fez apaixonar-se. Não foram seus ombros, de uma largura descomunal, ou seus espessos cabelos loiros e brilhantes olhos azuis. Nem foram suas pernas musculosas, por todos os anos de montar cavalos indômitos, expostas vantajosamente sob o vistoso kilt verde. Não, não foi o que viu o que fez com que o piso tremesse sob seus pés; foi o que ouviu.
À vista do kilt, com o sporran prateado pendurando de sua cintura, a adaga de cabo de marfim embainhado em sua grosa meia de lã e o tartan jogado sobre um ombro, seguro pelo broche do lorde, ouviu um homem solitário tocando uma gaita de fole. Ouviu a brisa por cima dos brejos e a melodia local. Ouviu os canhões de Culloden e os gemidos das viúvas chorando a seus homens caídos. Ouviu os gritos de alegria pela vitória e o silêncio desesperado da derrota. Ouviu o rumor de esperança ante o aparecimento do príncipe Charlie e ouviu a desesperança quando o derrotaram. Ouviu a traição dos Campbell e ouviu o triste, triste lamento de dor dos escoceses em sua secular batalha contra os ingleses.
Harry por sua vez viu uma americana baixa e bonita, certo, mas o que a fazia quase linda era a expressão de seu rosto. Uma expressão ansiosa, interessada em tudo e por todos. Quando olhava Harry sentia que era o único ser na Terra que merecia ser escutado. Seus grandes olhos castanhos refletiam curiosidade e inteligência. Seu corpo pequeno e enérgico se movia com rapidez e caminhava com uma decisão que a maioria das mulheres não possuía.
Harry não demorou em compreender que gostava do fato de que Claire fosse uma mulher de ação. Não podia estar sentada, quieta, nem um instante, e sempre queria ir a todas as partes e ver coisas. Claire sugeria excursões e se encarregava da comida, e o único que Harry e seus amigos deviam fazer eram aparecerem. O fazia rir e lhe distraía. Às vezes falava muito a respeito da história da Escócia, mas achava extremamente divertido que a narração de uma batalha que tinha acontecido há mais de cem anos atrás lhe enchesse os olhos de lágrimas. Parecia haver centenas de homens mortos que ela considerava heróis e que, a seu parecer, tinham realizado façanhas de grande valentia e importância. Ao falar desses homens, seus olhos se tornavam sonhadores, perdiam-se no infinito. Enquanto, Harry passava o tempo admirando seus seios.







8- A Sedutora - Independente até aqui.


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