14 de novembro de 2019

A Filha do Arqueiro

Cate Archer é uma mulher procurada. 

Quando seu pai foi morto durante as negociações de paz com o jovem rei Richard, Cate prometeu que não ia descansar até ver o assassinato de seu pai ser vingado e seu assassino derrotado. 
Ela nunca imaginou que se apaixonaria pelo homem enviado para executar sua sentença de morte.
O visconde Owen Gray tem apenas uma tarefa — trazer os líderes rebeldes, mortos ou vivos. O dever de sua vida é para a Guarda do Rei, e ele tem certas expectativas para cumprir. Apaixonar-se por sua prisioneira não é uma delas. Ele entende sua causa, mas não pode arriscar sua posição e honra por uma fora da lei. Owen deve escolher entre o dever e o desejo do seu coração. A Guarda é tudo o que ele já conheceu. Ele permanecerá fiel ao seu juramento ou estará na próxima lista dos mais procurados ao lado de sua Cate?

Capítulo Um

Julho de 1381, Floresta Bedgebury, Kent, Inglaterra
Assassinado não era para os fracos de coração.

Cate Archer respirou fervorosamente, incapaz de acalmar seu interior. Ela confiava em seus instintos sem hesitação. A sensação de formigamento que percorria sua barriga e rapidamente se espalhava por suas extremidades — o arrebatador turbilhão de excitação que a consumia a cada estiramento de seu arco — a excitava além da contestação.
O sangue percorria suas veias com cada batida de seu coração. O galho da árvore em que ela pousava balançava suavemente na brisa, ninando-a suavemente em seu dossel de pelúcia. Ela se distraiu brevemente com a ideia de uma pequena soneca, se tivesse tempo. Os informantes rebeldes haviam dado a palavra de que um bando de nobres viajava pela estrada de acesso através da floresta de Bedgebury, e não havia melhor oportunidade do que essa para acabar com suas crueis vidas. Com um pouco de sorte e algumas flechas bem direcionadas, o grupo estaria morto antes do pôr do sol. Justiça rápida para aqueles que tinham sido assassinados nas mãos do rei, incluindo o seu amado pai.
Cate prometeu que não descansaria até que o homem que matara seu pai tivesse o mesmo destino. Ela foi para a floresta, prestando especial atenção à estrada de acesso aberta em meio às árvores. Qualquer nobre que ousasse passar teria uma morte precoce na extremidade oposta de seu arco. Não haveria cobrança de tributos — eram roubos, não tributos — de sua aldeia.
A espera era o mais difícil. Aguardar pelo momento mais oportuno para atacar, ou escutar algum leve ruído suspeito no vento — um passo em falso de um cavalo nervoso, que talvez captasse a presença de Cate muito antes de seu condutor. Lutando contra o desejo de se esticar de sua posição inflexível na árvore, Cate concentrou-se em seus arredores, lembrando as lições que seu pai lhe ensinara durante os seus vinte e três anos. Ela não falharia com ele agora.
Constância, honestidade e verdade.
Agarrando a haste de sua flecha entre os dentes, Cate afastou seus cachos escuros do rosto, segurando-os sobre sua cabeça com um pedaço de corda. Do outro lado da copa, a doce música de um pardal flutuava pelas árvores. Cate respondeu a chamada simulada com um grasnado retumbante, silenciando o pássaro da canção. O sinal fora dado. Seus homens estavam prontos.
Em instantes, os cavaleiros surgiram, aproximando-se de suas mortes a cada passo insuspeito. Três homens armados protegiam um homem fortemente carregado no centro do grupo de viajantes. Pesadas bolsas ​​com mercadorias e moedas retiniam quando o cavaleiro se ajustava na sela.
Um cobrador de impostos. Ele seria o primeiro a morrer.
Depois de encaixar sua flecha, Cate silenciosamente esticou seu arco. Um passo, dois passos mais perto e ela teria um tiro certeiro para o coração do homem. Prendendo a respiração, ela aguardou. Então, a corda do arco escapou de seus dedos, zunindo perto de sua bochecha. A flecha mergulhou profundamente no peito de seu alvo, e Cate abriu um sorriso.
Ela armou sua segunda flecha. Os cavaleiros abaixo se movimentaram em círculos erráticos, gritando ordens e puxando suas armas, preparando-se para combater um inimigo que não podiam ver. Cate riu, comparando-os com um formigueiro importunado. Perturbação caótica... como isso a emocionava. A corda do arco cruzou entre as pontas de seus dedos, impulsionando a flecha em direção ao seu próximo alvo — um homem gordo e calvo que não conseguia decidir se queria ou não descer de sua montaria. Ele se sentou na sela, inseguro de sua posição na refrega. No impacto, sua segunda vítima caiu para o lado e ficou imóvel no chão lamacento.
Seus homens — seus rebeldes irmãos de armas — invadiram todos os ângulos, cortando todos os meios de fuga para as últimas duas pobres almas que ainda lutavam por suas vidas. A galante tentativa deles de batalhar até o amargo fim trouxe uma pontada de culpa em suas entranhas, embora breve.
Quando o terceiro guarda caiu vitimado pelos seus homens, Cate suspirou pesadamente.
— Espere. — ela gritou das árvores. Ela colocou o arco em suas costas, em seguida, saltou de galho em galho, descendo da árvore com a graça e elegância de uma criatura da floresta.
Botas no chão, ela parou, régia e imponente, os pelos suaves da armadura forrada de peles esvoaçando com a brisa. Carregando uma pequena adaga na lateral, Cate se aproximou do guarda restante.
O homem ensanguentado era mantido firme por duas corpulentas monstruosidades de couro e suor, e a observava aproximar-se com os olhos cautelosos.
— m nome. É isso que eu peço. Dê-me o nome do homem que executou William Archer de Kent e pouparei a sua vida, tem a minha palavra.
O homem lutou contra a restrição.
— E o que isso vale... a palavra de uma mulher?

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