12 de junho de 2020

Disciplinando a Duquesa

Ao longo de cinco temporadas, a Srta. Harmony Barrett conseguiu repelir todos os cavalheiros de importância e planejar um desastre em Almacks tão horripilante que seus privilégios valiosos de valsa foram revogados.

Se ela não está na biblioteca lendo sobre hordas mongóis, ela está envergonhando sua família ou se envolvendo em confusões impulsivas.
Já o Duque de Courtland, um homem conhecido por seu amor pelo dever e decoro.
Através de uma série de eventos, ele se vê preso à senhorita Barrett em matrimônio. Mas nem tudo está perdido. O duque nutre uma afinidade não tão secreta a palmada e disciplina, e sua nova esposa está sempre precisando disso. Será que o casal incompatível encontrará o caminho para a felicidade conjugal? Ou o duque estará para sempre disciplinando a Duquesa?

Capítulo um: fofoca


A senhorita Harmony Barrett olhou ansiosamente para a porta.
Ela sabia a localização exata da biblioteca de Lord Darlington, pois já havia invadido várias vezes para explorar sua impressionante coleção de livros. Ela tinha certeza de que ele não ficaria bravo se a pegasse, mas ela ainda entrava e saía como um ladrão. Talvez porque a biblioteca dos Darlingtons fosse tão privada. Parecia um refúgio, um abrigo.
Ela desejou poder se esconder lá agora mesmo.
Em vez disso, estava presa ao seu bando de jovens mulheres solteiras, ouvindo uma dissecação interminável e enjoativa de todos os convidados cavalheiros da Danbury House. O conde Fulano de Tal tinha os cachos louros mais bonitos, e Lord Whomever era o dançarino mais elegante, todos não acreditavam nisso? E todos tinham ouvido falar que Sir Horrid Rake e Lady “Más Escolhas” haviam se retirado para atrás da carruagem ontem afim de ficarem sozinhos? Essa foi a deixa das meninas para se dissolverem em risadas vertiginosas. Ah, e o senhor Barrett não tinha os olhos mais lindos do mundo?
Harmony se encolheu. Barrett era seu irmão canalha e se casaria com lady Meredith Airleigh nos feriados. Isso não o impediu de passar o verão confraternizando com todas as mulheres da casa de festa.
— O Sr. Barrett é um grosseirão — disse Harmony — se é preciso saber.
— Silêncio. — Lady Mirabel Godwin bateu na cabeça de Harmony com seu leque de renda branca. — Claro que você pensa assim, mas eu perdoaria qualquer coisa por aqueles olhos.
— Ele vai se casar, — Harmony disse teimosamente. — Seus olhos estão prometidos para outra. — Ela não entendia a obsessão das garotas com a aparência do irmão. Seus olhos eram de um tom muito claro de azul como os dela, e seus cabelos eram do mesmo louro-branco, e ela certamente não era bajulada por nenhum dos cavalheiros.
Lady Mirabel fungou e se afastou de Harmony, afastando-a do grupo. — Você sabe o que eu ouvi? Sua graça, o duque de Courtland, finalmente chegou à festa, junto com sua mãe e sua companheira. Talvez os vejamos no jantar, embora eu não tenha certeza de que serei corajosa o suficiente para falar com uma pessoa tão elevada. Se eu estiver sentada ao lado dele, posso até desmaiar na minha sopa.
A ideia disto enviou o grupo para mais risos e desmaios. Algumas mulheres mais velhas vieram se juntar a elas agora que Sua Graça era o tópico. Harmony meio que ouviu as fofocas sobre sua riqueza, suas propriedades opulentas, suas feições atraentes. Outro belo exemplar para seus contemporâneos tagarelarem sobre.
— Por que você acha que ele não se casou? — perguntou a senhorita Juliette Pettyfur.
— Existem razões. — a voz da Sra. Castleton tinha uma nota de desagrado. — Eu não definiria seu limite para ele.
— Todos os duques devem se casar em algum momento — disse a Srta. Viola Burress, mas outra mulher disse algo sobre “hábitos desconfortáveis”, e as senhoras mais velhas mandaram que as mulheres mais jovens saíssem ao sol para tomar o chá.
Foi ali, com suas cabeças inclinadas em conjunto, que as mais jovens senhoras sussurram sobre o que seus “hábitos desconfortáveis” poderia ser.
— Bem, se ele tem trinta anos e não casou, isso significa que ele é um libertino, — disse Mirabel.
— Isso não significa nada disso — respondeu Juliette.
Lady Sybil olhou para as outras garotas com uma expressão de gravidade. — Eu provavelmente não deveria dizer isso, mas papai me alertou contra ele.
— Vejam só — disse Mirabel. — Ele é um libertino.
— Eu acredito que ele deve ser algo pior que um libertino. — Viola corou. — Você viu as expressões das senhoras mais velhas quando seu nome foi citado?
Harmony se perguntou o que poderia ser pior que um libertino. Do manto silencioso e desconfortável que caiu sobre o grupo, ela supôs que não era a única.
— A sra. Castleton disse que há motivos para ele não se casar. O que eles poderiam ser? — Mirabel sussurrou.
— Eu não sei — disse Sybil —, mas meu irmão falou algo sobre isso à papai quando ele estava considerando a minha mão ao duque. O que quer que ele tenha dito, papai se recusou a repeti-lo para mamãe.
Isso provocou suspiros horrorizados de todo grupo.
— Talvez ele tenha matado alguém!


5 comentários:

  1. Eu apesar de todo contexto de época, o livro tinha tudo para ser perfeito, personagens, enredo, tudo. Mas foi uma decepção em resumo um romance abusivo.

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  2. Também achei abusivo, gosto de livros com mulheres fortes a frente do seu tempo.

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  3. Me senti da mesma forma que a judy. Tem bons diálogos, tem reflexões sentimentais, mas eu chorei com o abuso dele com ela! Eu leio BDSM e não é isso nao... isso é abuso.

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  4. Pra mim não deu!! Um marido que fica excitado batendo e a mulher, excitada apanhando é demais! Parei a leitura antes do meio do livro... Detestei o enredo.

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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!