28 de julho de 2020

Rendição

Jackson Scott voltou para a Inglaterra, depois de jurar que nunca o faria. 

Uma década antes, fugira para o Egito, em busca de fama e fortuna, como um aventureiro Africano. Mas seu irmão, o conde de Milton, morreu e Jackson foi nomeado tutor do filho mais novo do homem. Ele ficou irritado com a designação. Não quer ajudar seu sobrinho trapalhão, não quer lidar com sua cunhada intriguista ou sua mãe dominadora. No entanto, não pode resistir a sua incessante teima. Quando a bonita e sedutora Grace Bennett chega inesperadamente em Milton Abbey, ela tem um menino que diz ser seu protegido. Ela conta uma história fantástica sobre o irmão de Jackson. É a história de um casamento secreto. De uma criança fruto de um amor secreto, finalmente trazida para a casa onde ele pertence. De um menino que não é o conde e um menino que o é. Contra sua vontade, Jackson é atraído para Grace e, porque a quer tão desesperadamente, não consegue decidir o que é real, o que é verdadeiro. Quando seus mundos colidem e seu ardor inflama, Jackson deve separar o fato da ficção, tem de saber a verdade sobre Grace, apesar de onde isso o possa levar. Enredado em um assunto clandestino e arriscado, a sua paixão por ela cresce, mas o mesmo acontece com o perigo por parte daqueles que os querem manter separados.

Capítulo Um

Inglaterra rural, verão de 1814
— Você tem certeza que este é o lugar certo? 
— Vivi na área por toda a minha vida. Claro, que tenho certeza. — Grace Bennett olhou para o carroceiro — Sr. Porter — em cuja charrete ela tinha estado montada por toda manhã. Ele parecia competente e confiável, mas ainda assim ela estava completamente confusa. 
— Você está certo de que esta é a entrada para Milton Abbey, — ela disse, — a casa da família Scott? — Essa mesmo. 
— Existe uma outra família Scott na vizinhança, talvez na aldeia ou nas cidades vizinhas?
— Com certeza existem outros Scotts por todo o mundo. Mas você me pediu para deixá-la em Milton Abbey. Esta é Milton Abbey. Ela olhou para a porta maciça ao lado de onde eles tinham parado, então seu olhar desceu pelo longo caminho arborizado. 
Ao final, ela podia discernir os contornos de uma mansão, e não era o tipo de residência confortável que tinha previsto. Era um edifício, onde um rei poderia residir. Havia um pátio com uma fonte, degraus de mármore que conduziam a uma porta ornamentada, um gramado verde inclinado e cuidado por jardineiros. Os cantos tinham torres 
— torres! — como se a residência tivesse sido algum dia parte de um antigo castelo. — Eles não podem ser comerciantes, — ela meditou mais para si mesma do que para o condutor. O Sr. Porter zombou. 
— Eles não iriam sujar as mãos de uma forma tão baixa.— Eu não entendo isso, de maneira nenhuma.
— Nem eu, tampouco, — disse Eleanor, sua irmã mais nova, de dezoito anos de idade. — Não é nem de longe, o que eu estava esperando. Grace franziu a testa para seu pupilo, de nove anos de idade, Michael Scott.
— E você? Será que isso faz algum sentido? 
— Não, Grace. — Michael era a criança mais confiante que ela já conheceu, mas ele pareceu ainda mais incerto do que ela. — Você acha que minha avó está aqui?
— Eu não tenho ideia. Não posso acreditar que esta é a sua casa. Ela olhou para o Sr. Porter novamente. — Você estava familiarizado com o Sr. Edward Scott? Ele morreu há nove anos em um acidente de carruagem. — Não “senhor”, senhorita Bennett. Você quer dizer Lorde Milton. 
— O quê?





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