Lady Maitland, está na deliciosa posição de poder ter um amante.
Um homem discreto que sabe exatamente quando partir de manhã. Mas Lady Maitland ainda está sob o olhar atento de seu antigo tutor, o selvagem e indomado Rafe, o duque de Holbrook. Ele acredita que ela ainda precisa de um "cão de guarda". Ela ri da ideia de que alguém tão insuportavelmente preguiçoso e dedicado à bebida possa exigir que ela se comporte com decoro.
Capítulo Um
Agosto de 1817 Castelo de Ardmore, Escócia.— Eu adoraria ser uma rainha — disse Josephine Essex a duas de suas irmãs mais velhas—. Nesse caso, quando encontrasse um homem adequado, ordenaria que ele se casasse comigo com uma licença especial.
— E o que aconteceria se ele recusasse? — Imogen, também conhecida como Lady Maitland, perguntou.
— Eu separaria sua cabeça de seu corpo — respondeu Josie com dignidade. — Já que os homens mal usam a cabeça — disse Annabel, condessa de Ardmore — você não precisa ameaçar a decapitação, apenas deixe o cavalheiro acreditar que foi ele quem tomou a decisão de se casar. — A jovem estava enrolada na cama de Imogen e parecia mais um monte de cachos bagunçados espiando sob os cobertores.
—Esse é exatamente o tipo de conselho que eu preciso. — Josie abriu um caderno e ajustou o cobertor. — Estou fazendo uma lista das habilidades necessárias para ter sucesso no mercado de casamentos, e já que vocês são casadas, são minhas melhores fontes de informação.
— Eu sou viúva — Imogen se desculpou. — E eu não sei nada sobre o mercado de casamentos. — Ela estava arrumando algumas meias de seda e nem sequer tirou os olhos do toucador.
— É essencial saber dançar — disse Annabel. — Você deveria praticar um pouco mais, Josie. Você pisou no Mayne várias vezes na outra noite.
— Preciso de conselhos melhores do que esse — sugeriu Josie. — Você é a única entre nós que realmente participou da temporada social, e se casou com um homem com um título. Minha apresentação será esse ano, você se lembra, não é? Annabel abriu um olho.
— Só porque você menciona isso o tempo todo. Meu Deus, tenho tanto sono! — Ouvi dizer que o casamento apodrece o cérebro — apontou a irmã com pouca alegria.
— Nesse caso, eu me pergunto por que você está tão interessada no assunto. Josie ignorou aquele comentário inútil. — Para conseguir um marido você precisa mais do que não tropeçar em seus pés enquanto dança a valsa. Quero conhecer os desafios de antemão. Não posso depender da minha beleza, como vocês duas.
— Isso é ridículo. Você é adorável — disse Annabel. — Passei a maior parte de abril em Londres — explicou Imogen—, e vi muitas moças em sua posição, Josie. Parece-me que o principal requisito para uma debutante é um sorriso afetado. Um sorriso bobo e inocente — esclareceu.
— Sorrir com afetação — comentou Josie ao escrever em seu caderno. — E você deve ouvir tudo o que seu pretendente diz como se fosse o próprio Deus falando. Claro, às vezes é difícil se manter acordada.
— Os homens podem ser muito chatos— concordou Annabel. — Eles têm uma grande preferência em falar sobre si mesmos. Você tem que aprender a ser tolerante, a tolerância não faz parte de suas melhores qualidades, Josie.
— Até esse momento, você não mostrou nenhuma habilidade em suportar os tolos com prazer — disse Imogen. — No entanto, são os tolos que têm os bolsos mais fundos. É um fato comprovado que a falta de cérebro e uma grande herança andam lado a lado.
Josie estava escrevendo firmemente em seu caderno, mas olhou para cima quando ouviu isso. — Então, devo sorrir afetadamente para o tolo quando ele fala de si mesmo? Digamos que o tédio é a chave para conseguir uma esposa. — Acredito que Imogen exagera a importância de um sorriso afetado— disse Annabel. — Há momentos durante o namoro que podem ser bastante interessantes.
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!