A preceptora deve encantar a criança mimada e o conde altivo.
Órfã e empobrecida, a nobremente nascida Felícia Scott deve encontrar uma maneira de manter um teto sobre sua cabeça. Não podendo mais ser no Mercado do Casamento, mas também não na classe serviçal, a única opção é encontrar uma posição de preceptora. Depois que sua filha mimada de sete anos de idade mandou embora três governantas nos dezoito meses desde que sua mãe tinha morrido, o conde de Standish duvida que a jovem e inexperiente Srta. Scott pudesse administrar o cargo. Já que ele está desesperado e ela é altamente recomendada, o conde concorda em lhe dar uma chance. Para grande surpresa de todos, a bela e jovem preceptora tem sucesso onde as outras falharam. Toda a família se beneficia da calma, incluindo o conde cansado. Como ele superará sua arrogância em ver o verdadeiro valor de sua preceptora?
Capítulo Um
Lorde Victor Astley, o quinto conde de Standish, ficou surpreso com sua própria reação indisciplinada quando a jovem foi anunciada. Ele estava sempre no controle de si mesmo e de seu ambiente. Era decididamente estranho que ele ficasse nervoso com a presença de uma jovem em sua biblioteca.
— Srta. Felícia Scott para vê-lo, milorde, — Alfred, o mordomo idoso do conde, havia anunciado em tom uniforme, não revelando nada sobre sua própria reação à jovem elegante que havia sido recomendada pelo conde Hoyden para ocupar o cargo de preceptora da criança. O conde acenou com a cabeça para ela atrás de sua mesa, sem se preocupar em dar a volta para se curvar sobre sua mão.
— Obrigado, Alfred. Por favor, providencie para que uma bandeja de chá seja trazida daqui a pouco. Felícia fez uma reverência profunda e respeitosa, esquecendo por um momento que sua nova posição na classe dos criados não exigia os diversos graus de cortesia.
Quando isso passou por sua mente, ela rejeitou o pensamento, presumindo com precisão que o conde de aparência arrogante consideraria que a profundidade extra lhe era devida. Felícia fez todo o possível para parecer o mais séria e confiável possível.
Seu vestido sóbrio de tecido de lã marrom era perfeito para quaisquer atividades em que ela estaria envolvida enquanto perseguia uma criança de sete anos de idade. Percebendo que parecia muito jovem, ela havia arrumado seu cabelo castanho e encaracolado no penteado mais severo que conseguiu, esperando que lhe emprestasse um ar de maturidade. Claro, em sua inocência, ela não estava ciente das coisas que eram impossíveis de esconder, sua educação óbvia era evidente em sua postura orgulhosamente ereta.
A inteligência brilhava em seus grandes olhos verdes e brilhantes enquanto ela olhava ao redor da biblioteca lindamente decorada do conde. Sua própria preceptora fizera o possível para prepará-la, mas como era a primeira vez que Felícia se candidatava a um cargo, ela estava um tanto incerta quanto ao protocolo adequado.
O conde ainda estava olhando para ela com uma expressão um tanto contida em seu rosto severo, mas ainda bonito, então ela supôs que ele estava esperando que ela dissesse algo.
— Obrigada por concordar em me receber, milorde.— O conde piscou para afastar sua inércia momentânea. Apesar das recomendações elogiosas que recebera, era óbvio para ele que ela seria impossível para o cargo. Ele estava incomodado com a estranha reação que sentira à presença dela; além disso, ela era muito jovem. De jeito nenhum ela seria capaz de controlar sua filha. Ele supôs que ainda precisava entrevistá-la.
— Como conheceu a condessa? — perguntou educadamente após retomar seu assento.
— Conheci sua mãe através de minha preceptora, Srta. Miranda Masters. Elas se conhecem por causa de seu envolvimento no hospital para crianças abandonadas. Quando vim ficar com Miranda, ela me levou para ajudar lá, e Lady Astley foi muito gentil. As sobrancelhas do conde se ergueram ligeiramente com essa afirmação.
Ele amava profundamente sua mãe, mas era raro ouvi-la descrita como gentil. Ela era uma mulher orgulhosa e rígida por sua experiência. Mas ela parecia gostar do tempo que passava no hospital para enjeitados, então ele supôs que devia haver um outro lado dela com o qual ele não estava familiarizado. Ele decidiu que não seriam necessários mais comentários sobre o assunto de sua mãe. Ainda lendo os papéis à sua frente e sem olhar para ela, ele continuou com suas perguntas.
— Parece que você foi bem educada. Vejo que você frequentou a Escola para Moças em Bath. Pensei em mandar Penélope para lá quando ela for mais velha. Felícia surpreendeu o conde com um endosso entusiasmado.
— A escola é encantadora. Senti muita saudade de casa no começo, é claro, mas não trocaria meu tempo lá por nada. Lady Penélope terá sorte de ter essa experiência.
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!