Mostrando postagens com marcador Série Ladies de Mayfair. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Série Ladies de Mayfair. Mostrar todas as postagens

9 de março de 2022

Um Debute Perigoso

Série Ladies de Mayfair

Daisy conhece Lorde Seaton por acaso, enquanto está do lado de fora de um escritório de empregos fechado. 

O belo visconde sugere que eles podem ajudar um ao outro. Ele se oferece para contratá-la para acompanhá-lo para visitar seus pais, enquanto posa como um interesse amoroso em potencial. Sendo uma senhora adequada, mesmo que apenas uma “senhorita”, Daisy se opõe a tal proposição inadequada. Assim que o visconde consegue convencê-la de que observará todas as boas maneiras, ela concorda relutantemente, enquanto espera secretamente experimentar a vida aristocrática, mesmo que apenas por uma semana. Quando um personagem sombrio de seu passado aparece procurando por ela, os instintos protetores de Jasper entram em ação. Mas isso vai interferir em suas próprias razões para o estratagema? Os sentimentos de Jasper por Daisy ficam ainda mais confusos quando ela é levada embora.
O disfarce deles pode levar ao amor verdadeiro se o passado dela não os destruir primeiro.

Capítulo Um

— O que vou fazer agora? — Daisy manteve seu gemido em silêncio, enquanto lutava para não entrar em pânico.
A porta estava trancada e não havia sinal de movimento lá dentro. Os sons matinais de carruagens, carroças e pessoas cuidando de seus negócios atrás dela na rua movimentada não conseguiam penetrar na sensação sombria de medo que ela estava lutando para controlar. Daisy estava olhando melancolicamente para a porta trancada da loja, quando uma voz atrás de seu ombro quase a fez pular de susto. Ela ficou surpresa por não ter notado sua aproximação refletida no vidro reluzente da vitrine da Srta. Holstein, já que estava olhando para ele com tanta intensidade.
— Há algo errado, senhora? — a voz culta balbuciou, provocando a diversão de Daisy, apesar do terrível dilema que ela enfrentava.
Quando ela se virou para responder, sua língua geralmente loquaz ficou presa no céu da boca. O belo rosto do homem bem-nascido roubou-lhe o fôlego. Seu cabelo castanho dourado estava desgrenhado, como se ele tivesse passado as mãos pelas ondas repetidamente ao longo da longa noite. Seus olhos cinza-claros eram encimados por longos cílios escuros. Se ele não fosse tão rudemente bonito, aqueles olhos teriam parecido femininos. Mas seu físico forte indicava que era um homem que passava algum tempo ao ar livre, e ninguém jamais o confundiria com uma mulher. Ela percebeu que seu piscar confuso provavelmente a fazia parecer uma simplória, mas mal conseguia organizar seus pensamentos, pois eles estavam muito dispersos.
Vendo a preocupação se formando em seus olhos, apesar do seu ar de tédio que declarava que raramente se importava com qualquer coisa, Daisy se recompôs o suficiente para lembrar-se de sua pergunta.
— Obrigada, milorde, ficarei perfeitamente bem. — Daisy percebeu que seu tom soava repressivo e empertigado, mas não se conteve.
— Você não parece perfeitamente bem. — A observação do belo cavalheiro soou vaga. A ênfase em “parece” implicava que, embora ele fosse impaciente, era evidente até mesmo para ele que nem tudo estava bem com Daisy.
Daisy estava começando a achar sua presença irritante e podia facilmente ver além de sua beleza notável. Agora que sua língua não estava mais presa ao céu da boca, ela conseguiu usá-la. — Eu realmente não preciso de nenhuma ajuda sua, milorde — começou ela, sem se incomodar em disfarçar seu desdém. — Você pode continuar com seu próprio negócio sem se preocupar com o meu.
A disposição alegre de Daisy geralmente a impedia de ser sarcástica, mas ela sentiu seu nariz enrugar-se ao observar o jovem à sua frente. Suas roupas declaravam que ele era um adepto da moda, beirando a ser um dândi. Era óbvio que ele era um nobre rico, talvez até um aristocrata. Esse pensamento fez seu lábio se curvar um pouco com sentimentos de desprezo. O ar de autoridade com que ele se portava, apesar de ter bebido demais na noite anterior, declarava sua posição em voz alta sem que ele dissesse uma palavra. Seu ressentimento começou a aumentar apesar de ela saber que era irracional. Ela realmente não deveria ser tão crítica. Em circunstâncias normais, tentaria ser uma pessoa de mente aberta, mas na verdade, “cavalheiros” aristocráticos são todos iguais, ela pensou com uma fungada audível, assim como seu pai sempre lhe dissera.








Série Ladies de Mayfair
01- O Debute da Preceptora
02- A Noiva Debutante
03- Doce Rendição
04- A Debutante Relutante
05- Um Debute Perigoso
Série concluída


15 de fevereiro de 2022

A Debutante Relutante

Série Ladies de Mayfair



Quando o duque de Wychwood descobre que o conde de Pickering, um velho inimigo, tem uma linda sobrinha, planeja usá-la para se vingar.

Isto é, até que ele percebe que está desenvolvendo sentimentos por ela.
Lady Victoria, a sobrinha órfã do conde de Pickering, é preceptora de quatro de seus filhos, uma criada em sua própria casa. Depois que um encontro casual com o duque abre a porta para ela entrar na sociedade, ela deve decidir se vale a pena arriscar a pouca segurança que tem. A vingança e o amor não podem coexistir. O que eles vão escolher?

Capítulo Um

— Quem é aquela criatura arrebatadora entrando no covil do diabo? — Bryghton Alcott, o quinto duque de Wychwood, perguntou ao amigo, seu olhar preso pela figura esguia subindo as escadas para uma casa de tamanho médio enquanto eles passavam.
Voltando-se na sela para ficar boquiaberto com a jovem, Lorde Lynster sorriu, emocionado por saber algo que seu poderoso amigo não sabia. Ele voltou-se para enfrentar o duque.
— Você não sabe quem é?
— Eu estaria perguntando se eu soubesse? — Bryghton disse, com uma torção irônica nos lábios.
Com a sobrancelha esquerda inclinada em um ângulo um tanto arrogante, o jovem barão finalmente respondeu, com um toque de talento dramático: — Aquela, meu bom amigo, é a sobrinha do diabo, Lady Victoria Bartley.
— Mesmo? — perguntou o duque, a incredulidade agora ecoando em sua voz. — Como eu não sabia que o diabo tinha uma sobrinha? Certamente essa informação poderia ser usada a meu favor.
— Não tenho ideia de como você pode ter pesquisado seu inimigo com tanta profundidade e ainda não saber que ele está morando na casa de sua sobrinha. Nunca pensei em mencioná-lo, pois parecia ser um assunto de conhecimento comum. Claro, a senhora era uma criança quando o diabo herdou o título de seu pai, então suponho que você não tomou conhecimento de sua existência. O rosto de Alcott manteve uma expressão distante por alguns momentos, antes de seu olhar focar-se no rosto de seu amigo. — Você disse que o diabo está morando na casa dela. O que você quer dizer?
— O conde só herdou o que estava vinculado ao título. O conde anterior adorava sua única filha e deixou tudo o que não estava vinculado para sua filha, incluindo a casa de Londres pela qual acabamos de passar. O novo conde, o tio da jovem, é seu guardião até que ela ganhe o controle de sua própria fortuna. Como tal, ele e sua família vivem com Lady Victoria quando estão na cidade. Ela mora com eles em sua antiga casa quando estão no campo. — Alfred, Lorde Lynster, Fred, para seus amigos, olhou para Bryghton com um toque de ansiedade, sem saber como seu amigo usaria essa informação a seu favor.
— A jovem enfrentou muitas tragédias em tenra idade, perdendo os pais naquele terrível acidente de carruagem que transformou o diabo no conde.
— Sim, e sem dúvida ela precisaria de um amigo, estando presa na mesma casa com Bartley e sua família como ela está, — concordou o duque, seu belo rosto escurecido por um gesso sinistro.
— O que você vai fazer, Vossa Graça? — perguntou o barão com aguda suspeita.
— Oh, não me trate por “Vossa Graça”, Fred. Apesar de minha vingança contra o tio dela, não estou prestes a começar a caçar uma jovem inocente. Ela está perfeitamente a salvo de mim. Se eu conseguisse conhecê-la, seria apenas em uma missão de apuração de fatos, asseguro-lhe. — Bryghton exibiu um olhar de inocência quase convincente, apesar de seu forte desejo de sorrir dos sentimentos evidentemente confusos de seu amigo.
— Eu entendo perfeitamente seu desejo de se vingar do conde, mas você realmente deveria deixar as parentes femininas dele fora disso.
— Claro, claro, — o duque acalmou, sem toda sinceridade. — Agora, para onde íamos? Declaro que sua conversa me deixou completamente desconcertado.
Alfred, apaziguado, respondeu com uma risada baixa, com sarcasmo escorrendo de cada sílaba. — Tenho certeza de que foi minha tagarelice que o distraiu. Você está apenas tentando evitar ver sua mãe.
— Como você pode dizer uma coisa tão dolorosa para um par do reino? — zombou Wychwood.
— Bem, então vá em frente. Sem dúvida, nosso chá está esfriando enquanto conversamos.
— Você só quer testemunhar mais uma das cenas da minha mãe, em que ela tenta, não tão sutilmente, persuadir-me de que estou pronto para ser algemado.
— Ela apenas deseja garantir a sucessão. Wychwood é um bom nome antigo e ela jamais permitiria que morresse, meu amigo.
— Com Drake ainda forte e vigoroso, há pouco perigo de morrer — declarou o duque revirando os olhos.
— Bem, de acordo com sua mãe, um de vocês precisa produzir um herdeiro antes de ela deixar este mundo.



Série Ladies de Mayfair
01- O Debute da Preceptora
02- A Noiva Debutante
03- Doce Rendição
04- A Debutante Relutante

1 de fevereiro de 2022

Doce Rendição

Série Ladies de Mayfair

Um amor perdido pode ser revivido?

Quando Lady Julianna terminou seu noivado com Lorde Ackerley, Visconde Beaumont, durante sua primeira temporada, ela deixou Londres jurando nunca mais voltar.
Sete anos depois, ela retorna como acompanhante de sua sobrinha e, infelizmente, Lorde Ackerley também está na cidade para a temporada. Há rumores de que o visconde está em busca de uma esposa. Julianna está desconfortavelmente ciente do belo nobre em quase todos os eventos da sociedade de que participa. Mover-se em torno do pequeno círculo da alta sociedade desperta sentimentos que ela mantinha ocultos. Envergonhada e abatida por ter cometido um erro ao terminar o relacionamento anterior, ela tenta evitar novos contatos. Ackerley, chocado com sua segunda rejeição, persegue-a para descobrir a verdade. É tarde demais para uma segunda chance no amor?

Capítulo Um

— Julianna?
Julianna sentiu-se desmaiar por um momento ao som de seu nome pronunciado naquele tom de barítono profundo. Apesar da incredulidade modificando seu tom, ela reconheceria aquela voz em qualquer lugar. Claro, era mais fácil de lidar com aquilo devido ao fato de que ela estava esperando e temendo tal encontro especificamente.
— Boa tarde, milorde. — Orgulhosa de que sua voz não traísse nenhuma de suas fraquezas, ela rezou para que seu rosto não denunciasse sua reação aos traços másculos e bonitos dele, e ao ar de força que ela sempre achara tão atraente. O tempo tinha sido gentil com o visconde Beaufort. Ele estava mais bonito do que nunca, maldito homem. Todo vestígio de flacidez juvenil havia desaparecido de seu corpo. Suas maçãs do rosto salientes eram destacadas pelos traços de linhas de riso ao redor de seus olhos no passado… olhos que não demonstravam bom humor agora. Suas profundezas cinzentas pareciam blocos de gelo.
Durante a sua associação anterior, uma das coisas que a atraíram fora o seu tamanho. Ela gostava de se sentir delicada e feminina ao lado de sua constituição atlética. Agora parecia que ele apenas se elevava sobre ela, e ela sentiu que isso a colocava em desvantagem. Julianna tentou ignorar a sensação.
— Corre o boato de que você jurou nunca mais voltar a Londres e, no entanto, aqui está.
Julianna quis se encolher com a frieza em sua voz, mas conseguiu conter sua reação. Oferecendo um sorriso educado e frio, ela desejou fervorosamente ter permanecido dentro da loja de enfeites com sua sobrinha e sua criada, em vez de fugir para a rua movimentada para uma pausa do tédio das compras. Havia pensado que o ar fresco da tarde de primavera seria um alívio. Teria sido se ela tivesse permanecido sozinha.
— Sim, fiz esse voto na pressa de minha juventude, mas surgiu a necessidade de estar aqui, então aqui estou.
— Você está aqui para a temporada? — perguntou ele, ou melhor, exigiu saber, seu tom tornando-se feroz e seu olhar ártico aguçando-se para examiná-la.
Seu exame quase insolente a fez desejar estar usando alguma de suas roupas recém-adquiridas, em vez de um vestido nada elegante, embora ainda utilizável. Ela estava feliz que sua criada tivesse pelo menos cuidado de seu cabelo antes de sair de casa durante o dia. Precisou lembrar-se rapidamente de sua pergunta para responder, esperando não parecer uma simplória pela demora.
— Estou — respondeu ela simplesmente, mas depois se sentiu obrigada a elaborar. — Minha sobrinha está aqui para seu debute, e eu devo ser sua acompanhante.
Parecia que o visconde não tinha conseguido evitar que a incredulidade voltasse ao seu rosto. — Você vai acompanhar sua sobrinha? 


Série Ladies de Mayfair
01- O Debute da Preceptora
02- A Noiva Debutante
03- Doce Rendição


14 de dezembro de 2021

A Noiva Debutante

Série Ladies de Mayfair

Primeiro vem o casamento, depois o amor.

A Srta. Elizabeth Dunseith cresceu em uma pobreza requintada, feliz apesar de seu pai abusivo e mãe fraca. O casamento que seu pai arranjou para ela parecia sombrio, mas apesar de seus temores quanto ao futuro, Beth está aliviada por sair de casa com seu lindo e novo marido. Justin Fulton, conde de Westfield, fica intrigado com o comportamento contraditório de sua noiva comprada. Num momento ela é arrogante e fria, no próximo ela é calorosa e cativante. O relacionamento deles está apenas começando a se desenvolver quando a intrometida irmã de Justin os tira do curso, e uma velha amizade de Beth complica ainda mais as coisas. Suas diferenças podem ser resolvidas antes que seja tarde demais para reivindicar seu feliz para sempre? 

Capítulo Um

— Oh, não, é o papai! Ele está adiantado e olhe para mim! — lamentou Beth enquanto olhava para seu vestido simples e útil, cuja bainha estava generosamente salpicada de folhas e grama devido à sua agradável caminhada pelos campos circundantes.
O sol estava aquecendo suas costas, e os pássaros estavam fornecendo uma alegre música de fundo no lindo dia de outono enquanto Beth pulava, conversando feliz com seu melhor amigo de longa data, Max, aparentemente sem se importar com o mundo. Eles estavam tendo uma tarde gloriosa, saboreando o último dos dias amenos, se aquecendo nas cores vibrantes, se esforçando para extrair até a última gota de prazer de seus arredores enquanto a escuridão do inverno podia ser sentida no horizonte e o verão desaparecia em uma memória.
De repente, parecia que uma nuvem negra envolveu Beth quando ela avistou a carruagem anteriormente brilhante, mas agora um tanto sombria, preta e dourada à distância, se aproximando rapidamente. Sua atitude despreocupada instantaneamente se transformou em uma beirada de terror quando ela rapidamente sufocou um ataque histérico. Ela sentiu toda a cor sumir de seu rosto antes corado enquanto eles ficavam juntos e observavam os cavalos se esforçarem em uma curva na pista, a poeira ondulando em nuvens atrás deles.
— Você parece bem para mim — Max respondeu suavemente, leal como sempre, enquanto também olhava para a carruagem que se aproximava. Ele não conseguiu suprimir seu próprio estremecimento de apreensão enquanto eles observavam os cavalos arfando rapidamente comendo a distância enquanto se aproximavam do final de sua jornada.
— Você sabe o que quero dizer, Max! Rápido, me ajude a pular essa cerca. Terei que correr pelo campo. Eu devia ser capaz de fazer isso. Tchau, me deseje sorte! Talvez papai esteja sozinho — acrescentou ela, embora seu tom revelasse falta de esperança quanto a essa possibilidade. Com isso, ela correu na direção de casa sem olhar para trás. Ela poderia até ter feito isso com tempo de sobra, se o destino não estivesse conspirando contra ela na forma do maior cavalo preto que Beth já tinha visto, pulando a cerca viva e quase caindo sobre ela. Beth ficou momentaneamente paralisada de choque, mas rapidamente encontrou sua língua e se permitiu uma válvula de escape para todas as suas frustrações. O pânico que ela já estava experimentando devido à chegada iminente de seu pai, combinado com o medo que ela teve do grande cavalo deu uma aspereza em sua língua quando ela se virou para o infeliz cavaleiro.
— Por que você não olha para onde vai, seu caipira detestável? Você quase caiu bem em cima de mim! — Com azedume atípico, Beth lançou a acusação contra o belo estranho que lutava para controlar sua montaria terrivelmente tímida.
— Devo ver para onde estou indo? — exigiu ele, incrédulo. — Encontrei a cerca viva. De jeito nenhum eu poderia ter visto você. —Você não pôde me ouvir chegando? Não estamos exatamente em silêncio quando nos aproximamos de um salto, Castor e eu. Você deveria ter prestado mais atenção. — Sua raiva o fez gritar com ela em resposta antes que percebesse que a bela garota diante dele estava na verdade tremendo de terror ao invés de raiva. E o sermão dele só aumentou seu desconforto, acumulando mortificação em cima da confusão de emoções avassaladoras que já estavam claramente exibidas em seu adorável rosto em forma de coração.
— Estou com uma pressa terrível, senhor, e você me segurou ainda mais. Basta ter mais cuidado no futuro — ela o repreendeu, seu tom aquecido tingido de altivez. Sem outra palavra ou mesmo um pedido de sua licença, ela continuou sua corrida precipitada em direção à casa senhorial decadente que era sua casa, sem lançar um olhar para o cavaleiro bonito que continuava a observá-la enquanto ela corria pela porta dos criados ao lado e subiu as escadas dos fundos.
— Rápido criança, você sabe que seu pai odeia ficar esperando. — A gentil mulher mais velha fez gestos encorajadores em direção a sua ex-pupila enquanto tentava apressá-la e tranquilizá-la ao mesmo tempo. Beth podia ver que ela estava tentando não torcer as mãos, e isso não fez nada para acalmar seus nervos.
— Eu sei, Molly, se apresse e me ajude a colocar um vestido adequado. Você sabe se o papai está sozinho? — Beth lutou para tirar a roupa suja, o pânico e a pressa tornando a tarefa mais difícil.
— Não, preciosa, ele não está — veio a resposta tranquila e triste enquanto Molly a ajudava a tirar um vestido e se amarrar em um vestido limpo e decididamente mais adequado.
— Que os santos me preservem! — declarou Beth com veemência enquanto se virava para permitir que a outra mulher tivesse um melhor acesso para prendê-la com mais firmeza em seu vestido.
— Agora, Beth, você sabia que esse dia estava chegando. Você não pode ficar chocada. Além disso, eu vi o cavalheiro, e ele não parece nada mal!










Série Ladies de Mayfair
01- O Debute da Preceptora
02- A Noiva Debutante

8 de novembro de 2021

O Debute da Preceptora

Série Ladies de Mayfair

A preceptora deve encantar a criança mimada e o conde altivo.
 
Órfã e empobrecida, a nobremente nascida Felícia Scott deve encontrar uma maneira de manter um teto sobre sua cabeça. Não podendo mais ser no Mercado do Casamento, mas também não na classe serviçal, a única opção é encontrar uma posição de preceptora. Depois que sua filha mimada de sete anos de idade mandou embora três governantas nos dezoito meses desde que sua mãe tinha morrido, o conde de Standish duvida que a jovem e inexperiente Srta. Scott pudesse administrar o cargo. Já que ele está desesperado e ela é altamente recomendada, o conde concorda em lhe dar uma chance. Para grande surpresa de todos, a bela e jovem preceptora tem sucesso onde as outras falharam. Toda a família se beneficia da calma, incluindo o conde cansado. Como ele superará sua arrogância em ver o verdadeiro valor de sua preceptora?

Capítulo Um

Lorde Victor Astley, o quinto conde de Standish, ficou surpreso com sua própria reação indisciplinada quando a jovem foi anunciada. Ele estava sempre no controle de si mesmo e de seu ambiente. Era decididamente estranho que ele ficasse nervoso com a presença de uma jovem em sua biblioteca. 
— Srta. Felícia Scott para vê-lo, milorde, — Alfred, o mordomo idoso do conde, havia anunciado em tom uniforme, não revelando nada sobre sua própria reação à jovem elegante que havia sido recomendada pelo conde Hoyden para ocupar o cargo de preceptora da criança. O conde acenou com a cabeça para ela atrás de sua mesa, sem se preocupar em dar a volta para se curvar sobre sua mão.
 — Obrigado, Alfred. Por favor, providencie para que uma bandeja de chá seja trazida daqui a pouco. Felícia fez uma reverência profunda e respeitosa, esquecendo por um momento que sua nova posição na classe dos criados não exigia os diversos graus de cortesia. 
Quando isso passou por sua mente, ela rejeitou o pensamento, presumindo com precisão que o conde de aparência arrogante consideraria que a profundidade extra lhe era devida. Felícia fez todo o possível para parecer o mais séria e confiável possível.
Seu vestido sóbrio de tecido de lã marrom era perfeito para quaisquer atividades em que ela estaria envolvida enquanto perseguia uma criança de sete anos de idade. Percebendo que parecia muito jovem, ela havia arrumado seu cabelo castanho e encaracolado no penteado mais severo que conseguiu, esperando que lhe emprestasse um ar de maturidade. Claro, em sua inocência, ela não estava ciente das coisas que eram impossíveis de esconder, sua educação óbvia era evidente em sua postura orgulhosamente ereta. 
A inteligência brilhava em seus grandes olhos verdes e brilhantes enquanto ela olhava ao redor da biblioteca lindamente decorada do conde. Sua própria preceptora fizera o possível para prepará-la, mas como era a primeira vez que Felícia se candidatava a um cargo, ela estava um tanto incerta quanto ao protocolo adequado. 
O conde ainda estava olhando para ela com uma expressão um tanto contida em seu rosto severo, mas ainda bonito, então ela supôs que ele estava esperando que ela dissesse algo. 
— Obrigada por concordar em me receber, milorde.— O conde piscou para afastar sua inércia momentânea. Apesar das recomendações elogiosas que recebera, era óbvio para ele que ela seria impossível para o cargo. Ele estava incomodado com a estranha reação que sentira à presença dela; além disso, ela era muito jovem. De jeito nenhum ela seria capaz de controlar sua filha. Ele supôs que ainda precisava entrevistá-la. 
— Como conheceu a condessa? — perguntou educadamente após retomar seu assento. 
— Conheci sua mãe através de minha preceptora, Srta. Miranda Masters. Elas se conhecem por causa de seu envolvimento no hospital para crianças abandonadas. Quando vim ficar com Miranda, ela me levou para ajudar lá, e Lady Astley foi muito gentil. As sobrancelhas do conde se ergueram ligeiramente com essa afirmação. 
Ele amava profundamente sua mãe, mas era raro ouvi-la descrita como gentil. Ela era uma mulher orgulhosa e rígida por sua experiência. Mas ela parecia gostar do tempo que passava no hospital para enjeitados, então ele supôs que devia haver um outro lado dela com o qual ele não estava familiarizado. Ele decidiu que não seriam necessários mais comentários sobre o assunto de sua mãe. Ainda lendo os papéis à sua frente e sem olhar para ela, ele continuou com suas perguntas. 
— Parece que você foi bem educada. Vejo que você frequentou a Escola para Moças em Bath. Pensei em mandar Penélope para lá quando ela for mais velha. Felícia surpreendeu o conde com um endosso entusiasmado. 
— A escola é encantadora. Senti muita saudade de casa no começo, é claro, mas não trocaria meu tempo lá por nada. Lady Penélope terá sorte de ter essa experiência.
— Você foi uma aluna com bolsa?








Série Ladies de Mayfair
01- O Debute da Preceptora