Elisabeth parece ter uma vida perfeita.
Um pai que a adora, um noivo que a mima e sem preocupações. Mas ela se sente presa em um mundo monótono e sem graça que não lhe dá nada do que deseja. Quando descobre que Frank quer pedi-la em casamento, o casamento de sua tia do outro lado do oceano parece a desculpa perfeita para adiar o inevitável. O que ela não espera é encontrar um novo mundo onde as rígidas regras da velha Londres não existam e onde gozem de uma liberdade que a cative completamente. Quando ela conhece Robert, certos sentimentos começam a surgir nela. Sabendo que inevitavelmente terá que voltar para Londres com seu noivo, ela tenta ignorá-los. Ele terá sucesso ou sucumbirá a eles? Ele decidirá se rebelar ou se resignará ao que a vida lhe reserva? Não deixe de ler a história de uma mulher corajosa que viaja meio mundo para descobrir a si mesma e do que é capaz. Uma mulher com uma força interior que pode ser vista em cada um de seus sorrisos.
Capítulo Um
A vida era muito dura naqueles pântanos e mais ainda para uma mulher. Ela havia lutado muito para ganhar respeito nessas terras austeras e hostis após a morte de seu marido. Agora ela tinha uma das fazendas mais prósperas da região, e sua opinião era muito valorizada por todos. Havia conquistado tudo com muito sofrimento e suor e estava orgulhosa de poder deixar a seu filho uma herança digna.
—Vamos, vamos – gritou – Não os deixe parar. Eu quero ir para casa em uma semana.
Ela tinha grandes planos para aquele rebanho. Estava pensando em vendê-lo a um preço muito bom para que pudesse finalmente terminar de arrumar a casa. Que havia se deteriorado ao longo dos anos e há apenas alguns meses atrás, havia conseguido se concentrar em reconstruí-la. Antes, ela estava muito ocupada fazendo-se respeitar naquela cidade de mentes fechadas ao progresso. Até que assumiu o rancho após a morte do marido, nenhum dos fazendeiros da região cogitava a ideia de uma mulher administrando seu próprio rancho.
Faltavam algumas horas para o leilão de Denver e Catherine não queria perder nenhuma rês. Neles estava o futuro de sua casa e ela não iria deixá-los se perderem por esse caminho. Ela havia lutado muito por isso.
—É um bom rebanho – disse-lhe um interessado, uma vez no mercado – Mas o preço parece-me excessivo.
—É pegar ou largar — disse Catherine sem rodeios — Trabalhei duro para consegui-los e não vou baixar o preço. É justo pelo trabalho e qualidade.
Após várias tentativas vãs de barganha, o comprador concordou com o negócio. Não era todo dia que um rebanho era encontrado em condições tão ótimas.
Catarina ficou satisfeita com o resultado. Nunca pensou que ganharia tanto e mesmo sem ter que ir ao leilão. Ela havia presumido que acabaria tendo que baixar o preço, mas não o fez. Aquele homem aceitou apesar de suas primeiras tentativas.
—Finalmente posso consertar a casa — disse contando o dinheiro que havia coletado depois de pagar seus vaqueiros.
Partiu de volta a Colorado Spring imediatamente. Ela iria sozinha, pois seus peões decidiram comemorar a venda em Denver. Mas ela estava ansiosa para chegar em casa. Sentia muita falta do filho e, embora soubesse que ele estava em boas mãos, não podia deixar de se preocupar com ele.
O caminho de volta não era tão longo quanto o de ida, em grande parte porque o rebanho sempre desacelerava. Ela pretendia se trocar antes de ir buscar o filho na casa do noivo. Ela sabia que Jason não a deixaria ir sem jantar com eles. A separação era mais difícil para ele do que ele queria mostrar. Era assim para ela também.
Apesar de ter 35 anos, Catherine estava notavelmente bem preservada. Seu cabelo era preto como azeviche, sem um toque de cinza. Ela sempre o usava em um laço bonito e confortável. Seus olhos azuis irradiavam a vitalidade que ainda estava para desaparecer. Nem alta nem baixa, era uma mulher à altura. Ela ainda tinha um corpo lindamente modelado, o mesmo que tinha despertado tanta inveja em sua juventude. Mas não foi seu físico que despertou o interesse de Jason; em Colorado Spring havia mulheres bonitas. O que fez Jason se apaixonar por ela foi sua bondade, sua alegria e sua ânsia de ajudar qualquer um que pedisse. Ela era encantadora, embora às vezes seu temperamento a dominasse. Ela era uma mulher de armas para tomar. Neste lugar tinha que ser, mas ele sempre tentava não prejudicar ninguém.
Thomas tinha sido fruto de seu casamento com Brian Hywood, um cowboy que conquistou seu coração à primeira vista. Quando o olhava, ela podia se lembrar de seu falecido marido com total precisão. Thomas era como seu pai. Ele tinha seu charme e seus olhos escuros. Até seu sorriso era o mesmo.
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!