Entra em cena uma bela e misteriosa mulher que resgata Thorn e cuida dele para recuperá-lo, escondida no porão da casa em que mora. Mas a senhora que ele conhece apenas como “Marie” recusa-se a contar-lhe mais sobre si mesma, sob o argumento de que ele deve permanecer fora de vista, e parece viver com medo do seu irmão dominador.
Uma linda lembrança…
Com medo de que seu irmão descubra que ela abrigou um homem ferido debaixo de seu nariz, Marie força Thorn a ir embora, implorando que ele a esqueça e nunca mais pense nela. Isso é algo que Thorn não pode fazer, seus instintos cavalheirescos lhe dizem que a mulher está em sérios apuros e a memória de sua bela salvadora não sairá de sua mente.
Uma linda lembrança…
Com medo de que seu irmão descubra que ela abrigou um homem ferido debaixo de seu nariz, Marie força Thorn a ir embora, implorando que ele a esqueça e nunca mais pense nela. Isso é algo que Thorn não pode fazer, seus instintos cavalheirescos lhe dizem que a mulher está em sérios apuros e a memória de sua bela salvadora não sairá de sua mente.
Capítulo Um
Em algum lugar de Londres.
Thorn não sabia quanto tempo dormiu. Quando estava um pouco consciente, tinha apenas uma vaga consciência de mãos gentis banhando seu rosto com um pano frio, alimentando-o com colheradas de sopa e láudano e aplicando pomadas em seus cortes e hematomas. Ele acordou e apagou, atormentado por sonhos estranhos. Frequentemente, ele perseguia uma mulher que estava sempre fora de alcance. Ele a via de relance, mas toda vez que ele a chamava para esperar por ele, sua voz não funcionava, o som que saía de sua boca era apenas um sussurro, e então ela desaparecia. A frustração o consumiu, mas então ele foi empurrado de volta para o beco, com o homem que o espancou com tanto prazer enquanto seus capangas contratados o mantinham imóvel.
Quando acordou, achou que os sonhos eram preferíveis. Dor e desorientação foram os únicos benefícios de abrir os olhos. Ele nunca se considerou especialmente vaidoso, talvez porque havia muitas mulheres prontas e dispostas a mostrar-lhe o quão bonito o consideravam, sem necessidade de mais provas. Ao acordar agora, porém, a estranha sensação de sua cabeça ser muito maior do que o normal foi suficiente para fazê-lo estremecer ao pensar em se deparar com um espelho. Não que ele fosse ver muita coisa se olhasse; seus olhos estavam tão inchados que parecia que ele estava espiando o mundo através de uma fresta estreita.
— Ah, você está acordado!
Cautelosamente, Thorn virou a cabeça em direção à voz suave que reconheceu. Ele tentou sorrir, rapidamente se arrependendo do impulso ao perceber que tinha um lábio cortado. Ele estremeceu e levou a mão à boca, arrependendo-se disso também, enquanto os músculos das laterais e das costas gritavam em protesto. Decidindo que era melhor não se mover, ele tentou falar, piscando sob o brilho da única vela que a mulher segurava.
— Estou, embora esteja lamentando esse fato, atualmente. — Sua voz soava um pouco estranha, ele supôs, porque seus lábios estavam inchados e sua mandíbula muito machucada.
— Imagino que sim — disse ela com tristeza.
Thorn tentou focar no rosto dela, mas ela segurou a vela diante dela e ele não conseguiu ver.
— Você foi muito gentil em me ajudar.
Houve uma leve hesitação antes de ela responder. — Ah, n-não. Na verdade. Eu… eu gostaria de ter feito mais. Eu desejo… bem, não importa. Não fiz mais do que qualquer um teria feito.
Ela parecia inquieta e Thorn apressou-se em tranquilizá-la.
— Não, eles não fariam isso, e eu provavelmente teria sido roubado ainda por cima. — Ele olhou para suas mãos machucadas, aliviado ao ver que o pesado sinete de ouro que seu pai lhe dera em seu aniversário de 21 anos ainda estava no lugar. Ela se aproximou dele, mantendo a chama da vela diante dela. Thorn semicerrou os olhos, tentando distingui-la. — A propósito, onde estou? Há quanto tempo estou aqui? Preciso avisar minha família, sabe, e…
— Aqui. Você deve estar com sede. Já faz horas que você não bebe nada.
Cuidadosamente, ela largou a vela e se aproximou, levando um copo para ele e levando-o aos lábios.
Thorn tomou um gole agradecido, desejando ter trazido a vela, pois agora ela estava envolta em sombras.
— Pronto. Agora você deve descansar. — Ela largou o copo e saiu correndo novamente, pegando a vela como se fosse sair do quarto.
— Espere. Por favor. Devo…
— Shhh! — A mulher olhou para o teto enquanto uma tábua do piso rangia no alto. Os passos pesados de alguém se movendo acima deles a estimularam a entrar em ação. Ela correu para a cama e pressionou o dedo nos lábios dele. — Meu irmão. Ele chegou em casa mais cedo. Por favor, não faça barulho. Ele não deve encontrar você aqui! — Thorn parou, surpreso. Sua mente estava lenta, seus pensamentos turvos demais para pensar com clareza, mas mesmo em seu estado confuso a situação parecia bizarra. O irmão dela não sabia que ele estava aqui? Isso não parecia possível. Um estranho cansaço tomou conta dele. Ele balançou a cabeça, como se pudesse dissipar a sensação estranha, mas sua mente estava cada vez mais nebulosa. Sua atenção se concentrou na única coisa de que tinha certeza, seu olhar fixo na mulher diante dele. Agora a vela não o estava cegando, ele podia vê-la claramente. Ele olhou, descaradamente fascinado, pelo lindo rosto iluminado diante dele. Talvez tenha sido o brilho da luz das velas, ou a sensação estranhamente eufórica de bem-estar que o invadiu, fazendo com que ele se importasse pouco com qualquer outra coisa, mas o rosto dela tocou dentro dele.
Seu cabelo era de um castanho suave, espesso e encaracolado, seus olhos eram de um castanho brilhante, cintilando na luz bruxuleante, brilhando com faíscas de âmbar e bronze. Ela tirou o dedo dos lábios dele e lançou-lhe um último olhar ansioso antes de desaparecer do quarto e fechar a porta silenciosamente atrás dela. Tal era o seu estado de espírito que ele se perguntou se a teria sonhado.
Thorn dormiu novamente, profundamente, morto para o mundo e sem perceber a passagem do tempo. Ocasionalmente, ele acordava com uma sensação de desconforto, lutando através da neblina para se perguntar como foi parar na casa daquela mulher com o irmão dela inconsciente de sua presença. Como diabos ele se meteu em tal situação?
Em algum lugar de Londres.
Thorn não sabia quanto tempo dormiu. Quando estava um pouco consciente, tinha apenas uma vaga consciência de mãos gentis banhando seu rosto com um pano frio, alimentando-o com colheradas de sopa e láudano e aplicando pomadas em seus cortes e hematomas. Ele acordou e apagou, atormentado por sonhos estranhos. Frequentemente, ele perseguia uma mulher que estava sempre fora de alcance. Ele a via de relance, mas toda vez que ele a chamava para esperar por ele, sua voz não funcionava, o som que saía de sua boca era apenas um sussurro, e então ela desaparecia. A frustração o consumiu, mas então ele foi empurrado de volta para o beco, com o homem que o espancou com tanto prazer enquanto seus capangas contratados o mantinham imóvel.
Quando acordou, achou que os sonhos eram preferíveis. Dor e desorientação foram os únicos benefícios de abrir os olhos. Ele nunca se considerou especialmente vaidoso, talvez porque havia muitas mulheres prontas e dispostas a mostrar-lhe o quão bonito o consideravam, sem necessidade de mais provas. Ao acordar agora, porém, a estranha sensação de sua cabeça ser muito maior do que o normal foi suficiente para fazê-lo estremecer ao pensar em se deparar com um espelho. Não que ele fosse ver muita coisa se olhasse; seus olhos estavam tão inchados que parecia que ele estava espiando o mundo através de uma fresta estreita.
— Ah, você está acordado!
Cautelosamente, Thorn virou a cabeça em direção à voz suave que reconheceu. Ele tentou sorrir, rapidamente se arrependendo do impulso ao perceber que tinha um lábio cortado. Ele estremeceu e levou a mão à boca, arrependendo-se disso também, enquanto os músculos das laterais e das costas gritavam em protesto. Decidindo que era melhor não se mover, ele tentou falar, piscando sob o brilho da única vela que a mulher segurava.
— Estou, embora esteja lamentando esse fato, atualmente. — Sua voz soava um pouco estranha, ele supôs, porque seus lábios estavam inchados e sua mandíbula muito machucada.
— Imagino que sim — disse ela com tristeza.
Thorn tentou focar no rosto dela, mas ela segurou a vela diante dela e ele não conseguiu ver.
— Você foi muito gentil em me ajudar.
Houve uma leve hesitação antes de ela responder. — Ah, n-não. Na verdade. Eu… eu gostaria de ter feito mais. Eu desejo… bem, não importa. Não fiz mais do que qualquer um teria feito.
Ela parecia inquieta e Thorn apressou-se em tranquilizá-la.
— Não, eles não fariam isso, e eu provavelmente teria sido roubado ainda por cima. — Ele olhou para suas mãos machucadas, aliviado ao ver que o pesado sinete de ouro que seu pai lhe dera em seu aniversário de 21 anos ainda estava no lugar. Ela se aproximou dele, mantendo a chama da vela diante dela. Thorn semicerrou os olhos, tentando distingui-la. — A propósito, onde estou? Há quanto tempo estou aqui? Preciso avisar minha família, sabe, e…
— Aqui. Você deve estar com sede. Já faz horas que você não bebe nada.
Cuidadosamente, ela largou a vela e se aproximou, levando um copo para ele e levando-o aos lábios.
Thorn tomou um gole agradecido, desejando ter trazido a vela, pois agora ela estava envolta em sombras.
— Pronto. Agora você deve descansar. — Ela largou o copo e saiu correndo novamente, pegando a vela como se fosse sair do quarto.
— Espere. Por favor. Devo…
— Shhh! — A mulher olhou para o teto enquanto uma tábua do piso rangia no alto. Os passos pesados de alguém se movendo acima deles a estimularam a entrar em ação. Ela correu para a cama e pressionou o dedo nos lábios dele. — Meu irmão. Ele chegou em casa mais cedo. Por favor, não faça barulho. Ele não deve encontrar você aqui! — Thorn parou, surpreso. Sua mente estava lenta, seus pensamentos turvos demais para pensar com clareza, mas mesmo em seu estado confuso a situação parecia bizarra. O irmão dela não sabia que ele estava aqui? Isso não parecia possível. Um estranho cansaço tomou conta dele. Ele balançou a cabeça, como se pudesse dissipar a sensação estranha, mas sua mente estava cada vez mais nebulosa. Sua atenção se concentrou na única coisa de que tinha certeza, seu olhar fixo na mulher diante dele. Agora a vela não o estava cegando, ele podia vê-la claramente. Ele olhou, descaradamente fascinado, pelo lindo rosto iluminado diante dele. Talvez tenha sido o brilho da luz das velas, ou a sensação estranhamente eufórica de bem-estar que o invadiu, fazendo com que ele se importasse pouco com qualquer outra coisa, mas o rosto dela tocou dentro dele.
Seu cabelo era de um castanho suave, espesso e encaracolado, seus olhos eram de um castanho brilhante, cintilando na luz bruxuleante, brilhando com faíscas de âmbar e bronze. Ela tirou o dedo dos lábios dele e lançou-lhe um último olhar ansioso antes de desaparecer do quarto e fechar a porta silenciosamente atrás dela. Tal era o seu estado de espírito que ele se perguntou se a teria sonhado.
Thorn dormiu novamente, profundamente, morto para o mundo e sem perceber a passagem do tempo. Ocasionalmente, ele acordava com uma sensação de desconforto, lutando através da neblina para se perguntar como foi parar na casa daquela mulher com o irmão dela inconsciente de sua presença. Como diabos ele se meteu em tal situação?
4- O Espinho e a Rosa
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!