18 de março de 2025

Doce Traição


Paixão e segredos mortais…
Fugindo das tropas britânicas, o espião da Guerra Revolucionária Americana Ryan Sutton força Emily Nevins a escondê-lo em sua fazenda inglesa. Mas Emily já guarda segredos que podem significar sua morte se forem descobertos. No entanto, à medida que a longa noite avança, a atração aumenta e eles cedem à paixão inesperada, certos de que nunca mais se verão…
Decepção e desejo…
Um encontro casual na sociedade londrina desperta memórias acaloradas da noite sensual que passaram juntos. Eles começam uma dança inebriante de suspeita e desejo. Embora simpatize com os colonos em dificuldades, Emily não pode confiar num espião traidor que pode expor as suas perigosas intrigas. E Ryan arrisca a própria vida ao confiar em uma mulher a par de sua verdadeira lealdade. Mas eles são incapazes de negar a necessidade um do outro, mesmo quando os segredos de Emily estão prestes a ser expostos e o laço no pescoço de Ryan fica mais apertado.
Traição e amor…
E agora alguém descobriu os segredos de ambos. O preço do silêncio? Traição. Das suas causas, do seu amor, do seu futuro. No final, vidas serão perdidas e sacrifícios feitos. A escolha deles é impossível. O que eles entregarão: suas vidas... ou seus corações?

Capítulo Um

Costa sudeste da Inglaterra, abril de 1779
A noite, com lua nova e chuva constante, foi feita para o roubo. O vento crescente emitia um gemido que abafava o rangido dos molinetes tensos num mar turbulento e abafava o sussurro de vozes furtivas. Homens honestos estariam em casa, em suas camas. Mulheres honestas também. Mas não Emily Nevins.
Ela estava frente a frente com o capitão Jacques Reynard, gritando acima do vento e mascarando seu medo com uma medida extra de desafio. — Você deu sua palavra de que traria vinho. Tenho comprador para vinho, mas não consigo encontrar mercado para tantas rendas.
Os pálidos olhos azuis do homenzinho se estreitaram e seus lábios se contraíram em um rosnado. Ele se inclinou para frente em um esforço para intimidá-la e estava fazendo um bom trabalho. — Moutard! Você deve estar grata pelo que eu trago para você, não?
— Não. Ela se manteve firme, ignorando o firme puxão de advertência de sua criada em sua manga e a queimação de medo em seu estômago. Se ela não estivesse tão desesperada, ela não estaria aqui. Reynard era francês. O inimigo do seu país. Um contrabandista implacável conhecido pela perfídia. — Nosso acordo foi por vinho, capitão Reynard. E eu, senhor, preciso do dinheiro que a bebida vai trazer... até amanhã. Meu comprador tem dinheiro para isso, mas não precisa de rendas.
Com as palmas para cima, Reynard deu-lhe um encolher de ombros tipicamente gaulês. — Eu tenho o que tenho. Esta noite tenho rendas, não vinho.
Ela cairia para o fim da rota do contrabandista se recusasse a entrega e não podia se dar ao luxo de perder seu lugar privilegiado. Tampouco tinha condições de pagar por rendas que não conseguiria vender até amanhã.
— Sim ou não? Não tenho tempo a perder. Cada minuto ancorado é outro para a sua Marinha se aproximar.
Ela calculou a dificuldade de Reynard de se desfazer da renda contra seu próprio desespero. — Eu... eu aceito, — ela concedeu. — Mas não pelo seu preço. Vinte libras pelo lote, capitão.
— Bufff! Posso conseguir o dobro disso!
— Não essa noite. Se quiser descarregar e voltar para La Havre, terá que aceitar minha oferta.
— Sacre bleu! Ele olhou para o céu com um suspiro dramático, alheio à chuva que escorria por seu pescoço. — Você conduz a barganha, Anglaise. Inglesa.
Tomando a angústia do contrabandista como aceitação de seus termos, ela acenou para Simon Bart, o homem magro atrás dela segurando a pistola de pederneira de seu pai em punho. — Pague ao homem, Simon.
Ela pegou a pistola enquanto Simon enfiava a mão no bolso e tirava uma bolsa contendo o cada vez menor estoque de dinheiro e contava as moedas na mão do contrabandista.
— Voilá! — exclamou Reynard, seus lábios recuando em um sorriso que revelou dentes amarelados. — Agora eu sou o homem rico. Eu faço para você o empréstimo, não? Você terá dinheiro para suas necessidades, hein?
Emily ficou surpresa com tal oferta. — Você me faria um empréstimo?
— Mais oui. Negócios, não é isso? Você paga a usura.
Simon, com quase um metro e oitenta de altura, inclinou-se sobre o ombro dela e sussurrou em seu ouvido. — Senhorita Emily, é melhor não fazer um acordo com o diabo francês. Isso me assusta, senhorita.
Sua empregada, Bridey Sullivan, concordou, sussurrando: — Ele é astuto, senhorita.
Reynard fez uma careta para eles. — Ela já fez o acordo com o diabo, Sr. Bart. — Tenha cuidado, para que o diabo não venha cobrar, hein?
 



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