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17 de janeiro de 2011

A Arte de Amar




Ao chegar à América para começar uma nova vida, lady Roberta se viu prestes
a realizar seu grande sonho: encontrar o verdadeiro amor!

Roberta pensou que sua aventura houvesse terminado quando ela deixou a Argélia para começar uma nova vida na Califórnia.



Porém, ao chegar à América, viu-se envolvida com um pastor avarento, um pintor sem dinheiro e um excêntrico milionário, além de um órfão e de um cão fiel.
A razão sempre liderara as decisões de seu coração, por isso ela decidiu fugir, depois de conhecer seu grande amor, Adam, e de posar para que ele a retratasse em um quadro.
Não queria que ele sacrificasse sua dedicação à arte por causa dela.
Mas como conseguiria viver longe dos beijos ardentes daquele irresistível cavalheiro de espírito livre?

Capítulo Um
América do Norte1885
O conde de Wentworth estava morrendo. Dentro da tenda, o calor era intolerável.
O fato de a mesma haver sido confeccionada com um material utilizado pelos beduínos não estava ajudando em nada.
Embora as laterais estivessem abertas, não havia o menor sinal de uma brisa que pudesse refrescar o lugar. As folhas das palmeiras que ladeavam o oásis eram a maior prova disso, pois permaneciam estáticas.
Roberta mergulhou um pedaço de pano na água de uma tina, que estava quase tão morna quanto o próprio ar que os cercava, e então umedeceu a testa de seu pai, que estivera inconsciente e delirante por horas a fio.
Mas, naquele instante, o conde abriu os olhos.
— Quer beber um pouco de água, papai? — pergun­tou ela.
Ele pareceu hesitar, como se não estivesse com­preendendo o que acontecia a sua volta. Então aceitou, balançando a cabeça afirmativamente, de modo bas­tante lento e sutil.
Desenterrando o pote de barro que reservara antes, Roberta deu graças a Deus por haver pensado em deixar um pouco de água ali, para que ficasse mais fresca.
Levando o recipiente aos lábios dele, ajudou-o a sorver um pouco do líquido, enquanto admirava-lhe os traços.
Mesmo pálido e abatido, o conde continuava sendo um homem muito atraente, e ainda bastante jovem, já que fora pai muito cedo.
Não era de admirar que as mulheres se apaixonassem por ele com tanta freqüência.
A água fresca pareceu animá-lo um pouco. Ao ter a cabeça recostada outra vez sobre o travesseiro, o conde murmurou:
— Sinto muito, filha querida...
— Pelo que, papai? Não se culpe por haver adoecido.
Isso está além de seu controle.
— Estou morrendo, minha menina, como você bem sabe. E em um lugar bem pouco conveniente.
— Não fale assim! Sabe que não posso perdê-lo. O que faria sem você?
Ele suspirou profundamente, como se estivesse ten­tando reunir forças.
— Ouça-me com atenção, pois tenho pouco tempo.
Quando eu partir para o além, enterre meu corpo aqui mesmo, nas areias quentes do deserto, perto de Francine.
Roberta pensou em protestar, mas concluiu que não seria justo interrompê-lo, principalmente diante do es­forço sobre-humano que estava presenciando. Ficando em silêncio, ouviu-o prosseguir:
— Hassam irá levá-la em segurança para Argel. Diga aos homens da caravana que só poderá pagá-los depois de alcançarem tal destino. Isso garantirá que não lhe causarão problemas.
— Farei como diz, meu pai.
— Muito bem — falou o conde, fechando os olhos por um momento, antes de continuar: — Mas estive pensando em como será problemático se você tiver de voltar para a casa dos Worth.
— Sim, será. Esse é um ótimo motivo para incen­tivá-lo a ficar comigo. Não desista de lutar, por favor. Sabe que a família toda ficará contra mim se eu re­tornar, principalmente se estiver sozinha. Por isso, nem fale em morrer.— Oh, minha filha...
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