O único homem que não podia amá-la era o único que ela desejava.
Esmeralda Loughy tem só um objetivo: encontrar o homem de sua vida e casar-se com ele. O homem perfeito tem que ser um cavalheiro simpático, alegre, romântico, fiel e, sobretudo, que a ame tanto como ela o amará. Sabe que o reconhecerá assim que o ver. E assim acontece, embora haja um pequeno problema: não tem nenhuma das qualidades anteriores, e nem sequer acredita no amor. Esmeralda não se dará por vencida, é uma Loughy, e as Loughy são teimosas. Ela está disposta a fazê-lo se apaixonar e a ter seu romance com final feliz. Anthony Price, barão de Cliffton, é um pária na sociedade londrina. Sua horrível reputação faz com que os cavalheiros tremam quando o veem, as mães afastem suas filhas dele e as mulheres casadas suspirem ante sua aura de perigo.
Depois do abandono de sua mãe, a raiva de seu pai e a morte de sua prometida, há anos está convencido que não nasceu para ser amado, por isso, dedica-se a destruir literalmente sua vida. Álcool, jogos, mulheres, e aventuras formam parte de seu cotidiano, e não está disposto a mudar... Ou não estava até que aquela intrometida moça se interpôs em seu caminho. Com aqueles olhos verdes cheios da inocência de quem não sofreu na vida e aquele caráter tão otimista, ela se dedicará a persegui-lo pondo em perigo seu coração e também a reputação que tanto se esforçou em promover.
Capítulo Um
Londres, 1820
Esmeralda Loughy entrou mais no labirinto de lady Dartmouth, tendo especial cuidado em não chamar a atenção e olhando sempre para trás para assegurar-se de que ninguém a via. Ela sabia que uma jovem solteira não devia ausentar-se sozinha de uma festa, mas estava muito necessitada de uma pausa para ter em conta essa pequena regra da sociedade.
Seus doloridos pés, embainhados em umas delicadas sapatilhas de baile, não emitiram nenhum ruído ao caminhar e Esmeralda logo pôde respirar aliviada, sabendo que era pouco provável que alguém a encontrasse ali, por isso teria um pouco de tempo para descansar. Sentando-se em um dos bancos distribuídos em diversos pontos do labirinto, Esmeralda deixou que o frio ar da noite a acariciasse e brincasse com os caracóis loiros que emolduravam seu rosto.
Fechou os olhos e desfrutou da paz do lugar preparando-se mentalmente para quando tivesse que retornar. Desde jovem sempre sonhou em como seriam seus anos em sociedade; imaginava grande parte do tempo passeando pelo parque, indo ao teatro, dançando com cavalheiros até que encontrasse entre eles o homem com quem se casaria.
Entretanto, nunca imaginou que ter uma fila de pretendentes atrás dela fosse tão exaustivo, mais ainda quando tinha uma tutora que parecia viver só para casá-la com um bom partido. Esmeralda não duvidava das boas intenções de Rowena com respeito ao seu futuro, sabia que a amava como a uma filha e que quão único desejava era casá-la bem e logo, mas seus intentos, em sua opinião, eram um pouco excessivos.
Ter que dançar com um cavalheiro atrás de outro, sorrir de forma cortês ante um comentário estúpido dito por eles, e agradecer cada adulação vazia que lhe dedicavam durante a dança não era bom para sua saúde mental e, definitivamente, não era bom para seus pés. Ela gostava de dançar, o que não lhe agradava eram os companheiros de dança que sua tutora lhe apresentava, devia admitir que, embora muitos eram jovens, bonitos, e inclusive simpáticos, nenhum parecia ter aquele “algo” especial que ela estava procurando.
Série Joias da Nobreza
01- Uma Noite com Rubi
02- Os Segredos de Topázio
03- Um Homem para Safira
04- A Conquista de Esmeralda
02- Os Segredos de Topázio
03- Um Homem para Safira
04- A Conquista de Esmeralda