Mostrando postagens com marcador Série Joias da Nobreza. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Série Joias da Nobreza. Mostrar todas as postagens

14 de agosto de 2019

O Amante de Jade

Série Joias da Nobreza
Primeiro se negou à proposta escandalosa dele… Mas pouco depois aceitou converter-se em sua amante por dinheiro.

Jade Kinsgley sabe que não é, nem será jamais a esposa que alguém possa desejar. Não é nenhuma beleza. Prefere os livros a socializar e, ah, sim!, tem uma raposa de mascote. Por isso, quando uma situação a induz a procurar dinheiro, em vez de começar a busca de um marido, como deveria ser considerando entre os de sua classe, começa a procurar um amante. E que melhor amante que aquele homem que já o tinha proposto em uma ocasião? James não podia acreditar que tivesse que abandonar Londres para evitar passar pelo altar, e só porque sua cunhada não podia ver alguém solteiro sem querer casá-lo. Tampouco podia acreditar que tivesse feito uma proposta indecente à filha de um barão sem dar-se conta de quem era. Mas nada do anterior era tão tremendo como foi a incredulidade de receber a aceitação a essa proposta por parte da mesma mulher que o tinha rejeitado em seu momento. Ser um cavalheiro nunca foi uma tarefa tão difícil até que Jade decidiu que James seria seu amante. Mas ele não tinha nenhuma intenção de ceder a isso, embora o desejo dentro dele se retorcesse cada vez que a olhava e não a pudesse tirar da cabeça.

Capítulo Um

Inglaterra, 1820
Lorde James Armit caminhou com tranquilidade pelas ruas do povoado. Seus ardilosos olhos azuis procuravam algo que o pudesse entreter e o tirasse da letargia de aborrecimento ao qual se submeteu voluntariamente fazia já uns meses. Estando como estava Londres, em plena temporada social, era quase imperdoável que um libertino como ele estivesse ali, no campo, procurando algo para matar o tempo. Entretanto, tinha sido uma medida extrema tomada se não quisesse terminar aquele ano passando no altar; pois sua cunhada, Rowena Armit, era uma casamenteira em toda regra.
Devia ser a maior casamenteira de Londres, e tinha a firme convicção de que todo mundo era mais feliz casado; por isso, como ele acabava de cumprir os vinte e nove anos, já era apto para procurar uma esposa que não queria. A solteirice era o bem mais prezado de todos os homens e ele não estava disposto a deixá-la ir tão jovem.
Era filho mais novo e não tinha responsabilidades a seu cargo, por isso a obrigação de engendrar herdeiros não seria necessária, a menos que seu irmão, o duque de Richmond, seguisse como até agora, sem descendência. Ele não queria ser duque, isso era muito atarefado e requeria um alto nível de responsabilidade.
Não se podia dizer que era irresponsável, mas tampouco tinha sido preparado para semelhante cargo, por isso rogava ao Ser Divino para um dia destes, a notícia de que se esperava um herdeiro ao ducado chegasse aos seus ouvidos, não só por ele, mas sim por seu irmão e por sua cunhada. James estava e estaria feliz sendo o que era até agora, um investidor com dinheiro suficiente para manter-se e levar uma vida esplendorosa.
Seus negócios, que por certo tinha deixado abandonados para fugir ao campo, não lhe exigiam tanta responsabilidade como um ducado e podia seguir com sua vida animada sem nenhum problema.








Série Joias da Nobreza

30 de julho de 2019

A Conquista de Esmeralda

Série Joias da Nobreza
O único homem que não podia amá-la era o único que ela desejava. 

Esmeralda Loughy tem só um objetivo: encontrar o homem de sua vida e casar-se com ele. O homem perfeito tem que ser um cavalheiro simpático, alegre, romântico, fiel e, sobretudo, que a ame tanto como ela o amará. Sabe que o reconhecerá assim que o ver. E assim acontece, embora haja um pequeno problema: não tem nenhuma das qualidades anteriores, e nem sequer acredita no amor. Esmeralda não se dará por vencida, é uma Loughy, e as Loughy são teimosas. Ela está disposta a fazê-lo se apaixonar e a ter seu romance com final feliz. Anthony Price, barão de Cliffton, é um pária na sociedade londrina. Sua horrível reputação faz com que os cavalheiros tremam quando o veem, as mães afastem suas filhas dele e as mulheres casadas suspirem ante sua aura de perigo. 
Depois do abandono de sua mãe, a raiva de seu pai e a morte de sua prometida, há anos está convencido que não nasceu para ser amado, por isso, dedica-se a destruir literalmente sua vida. Álcool, jogos, mulheres, e aventuras formam parte de seu cotidiano, e não está disposto a mudar... Ou não estava até que aquela intrometida moça se interpôs em seu caminho. Com aqueles olhos verdes cheios da inocência de quem não sofreu na vida e aquele caráter tão otimista, ela se dedicará a persegui-lo pondo em perigo seu coração e também a reputação que tanto se esforçou em promover.

Capítulo Um

Londres, 1820 
Esmeralda Loughy entrou mais no labirinto de lady Dartmouth, tendo especial cuidado em não chamar a atenção e olhando sempre para trás para assegurar-se de que ninguém a via. Ela sabia que uma jovem solteira não devia ausentar-se sozinha de uma festa, mas estava muito necessitada de uma pausa para ter em conta essa pequena regra da sociedade. 
Seus doloridos pés, embainhados em umas delicadas sapatilhas de baile, não emitiram nenhum ruído ao caminhar e Esmeralda logo pôde respirar aliviada, sabendo que era pouco provável que alguém a encontrasse ali, por isso teria um pouco de tempo para descansar. Sentando-se em um dos bancos distribuídos em diversos pontos do labirinto, Esmeralda deixou que o frio ar da noite a acariciasse e brincasse com os caracóis loiros que emolduravam seu rosto.
 Fechou os olhos e desfrutou da paz do lugar preparando-se mentalmente para quando tivesse que retornar. Desde jovem sempre sonhou em como seriam seus anos em sociedade; imaginava grande parte do tempo passeando pelo parque, indo ao teatro, dançando com cavalheiros até que encontrasse entre eles o homem com quem se casaria. 
Entretanto, nunca imaginou que ter uma fila de pretendentes atrás dela fosse tão exaustivo, mais ainda quando tinha uma tutora que parecia viver só para casá-la com um bom partido. Esmeralda não duvidava das boas intenções de Rowena com respeito ao seu futuro, sabia que a amava como a uma filha e que quão único desejava era casá-la bem e logo, mas seus intentos, em sua opinião, eram um pouco excessivos. 
Ter que dançar com um cavalheiro atrás de outro, sorrir de forma cortês ante um comentário estúpido dito por eles, e agradecer cada adulação vazia que lhe dedicavam durante a dança não era bom para sua saúde mental e, definitivamente, não era bom para seus pés. Ela gostava de dançar, o que não lhe agradava eram os companheiros de dança que sua tutora lhe apresentava, devia admitir que, embora muitos eram jovens, bonitos, e inclusive simpáticos, nenhum parecia ter aquele “algo” especial que ela estava procurando. 








Série Joias da Nobreza

18 de junho de 2019

Um Homem para Safira

Série Joias da Nobreza
Safira Loughy sempre se considerou uma mulher sensata,
incapaz de cometer um ato que pudesse significar um
escândalo.

Entretanto, uma insensatez levou à outra e uma situação desesperada a fez tomar uma decisão precipitada: pedir ao homem que a sequestrou por engano que se case com
ela. Julian, conde de Granard, estava consternado, seu pai
tinha deixado muitas dívidas em herança e estava a ponto de
afogar-se nelas. Quando seus imprudentes irmãos decidiram
sequestrar uma condessa para obrigá-la a devolver umas joias
que lhes roubou, não pôde ser maior a sua surpresa ao dar-se
conta de que quem tinham sequestrado não era a condessa, e
sim uma jovem solteira, que embora a sociedade dissesse o
contrário, devia estar louca, pois lhe pediu em matrimônio.
Seu orgulho se negou àquele absurdo, mas a mulher
conseguiu convencê-lo a fugir para Gretna Green, dando início
ao que nenhum dos dois esperava que fosse uma formosa
história de amor.

Capítulo Um

Safira Loughy sempre se considerou uma mulher sensata e inteligente, por isso, sabia que devia casar-se logo, antes que as propostas desaparecessem. Aos seus quase vinte e um anos era consciente de que a sociedade estava a pouco de declará-la solteirona, e não por falta de pretendentes, pois sua beleza loira se encarregou de lhe proporcionar vários. 
Tampouco era porque não desejasse casar-se, porque desejava; e agora que suas primas, quase da mesma idade, Topázio e Rubi, já o tinham feito, ela se sentia um pouco sozinha.
Tinha Esmeralda, sua prima de dezesseis anos, mas não era o mesmo. Tinha que contrair matrimônio, só que não o tinha feito pelo simples motivo de que não tinha encontrado o homem adequado. 
A união sagrada entre duas pessoas não era uma decisão que se pudesse tomar levianamente. Devia-se pensar bem antes de aceitar qualquer proposta, já que o matrimônio duraria toda a vida. 
O dia que decidisse casar-se tinha que estar completamente segura de que a pessoa escolhida era a indicada. Não esperava amor, mas sim respeito, fidelidade e, pelo menos, sentir um pouco de afeto por esta pessoa. Até agora tinha ido a incontáveis bailes, mas nenhum candidato que Rowena se esforçou em lhe apresentar lhe parecia indicado; sempre tinham um ou outro defeito que fazia com que os tirasse da lista que não existia. 
Alguns eram beberrões, outros jogadores, libertinos, caça-dotes, outros não sabiam apreciar uma boa conversação e pretendiam que ela só falasse de moda e clima, e outros não lhe interessavam. Suspirando se aproximou da janela e deixou que o ar frio da noite lhe acariciasse o rosto. 



Série Joias da Nobreza
01- Uma Noite com Rubi 
02- Os Segredos de Topázio
03- Um Homem para Safira

28 de maio de 2019

Uma Noite com Rubi

Série Joias da Nobreza

Rubi Loughy nunca imaginou que as taças a mais que tomou para esquecer a raiva causada por um pretendente a quem pensava aceitar como marido terminaria levando-a à cama do marquês de Aberdeen, o segundo homem que mais desprezava em sua vida, depois de seu pretendente, claro. 

Damián, marquês de Aberdeen, retornou da guerra sendo um homem muito diferente do que era antes. Em um intento por recuperar sua antiga vida decide ir ao baile de máscaras organizado por um infame clube de jogo, e é aí onde fica cativado por uma bela e atrevida mulher. A seduz até levá-la à cama, mas sua surpresa não pode ser maior quando descobre que a mulher é virgem. Ele está decidido a encontrá-la e ela está decidida a manter-se oculta. Lástima que as coisas lhe estejam saindo ultimamente tão mal…

Capítulo Um

Londres, 1816 
Rubi Loughy ajustou pela última vez sua máscara vermelha no momento em que a carruagem de aluguel se deteve em frente ao Pleasure Club. The Pleasure Club era uma das tantas casas de jogos em Saint James Street preferida pelos aristocratas e especial pela peculiaridade de que, ao menos uma vez ao ano, organizava um baile de máscaras. 
Ali se permitia o acesso às mulheres, normalmente de classe alta, que utilizavam o anonimato para fazer o que a sociedade lhes proibia, fosse jogar, beber em excesso ou passar a noite com algum amante sem muito risco de serem descobertas por um marido ciumento ou ofendido. Inclusive, Rubi podia assegurar que casais das mais altas esferas da sociedade chegavam a cruzar-se e não se reconheciam. 
Entretanto, apesar do anonimato proporcionado, qualquer jovem solteira, decente e com suficiente cérebro jamais apareceria por aqueles lugares onde sua inocência poderia ser corrompida. Ela nunca se considerou estúpida e podia dizer-se que ainda era inocente, mesmo assim estava disposta a entrar e não sairia até conseguir a informação desejada. 
— Está segura de que quer fazer isto? — A voz de sua prima deteve o avanço de sua mão para a porta. 
— Começa a soar como Safira, — respondeu sem olhá-la — claro que estou segura. 
— Está bem, se está segura de levar a cabo, não serei eu a detê-la. Se não quisesse fazer não teria vindo contigo. O único motivo da pergunta era aplacar minha consciência. Rubi virou a cabeça e seus formosos olhos avelã observaram com diversão a sua prima, que nesse instante ajustava sua máscara azul celeste.
 — Desde quando tem consciência? — Perguntou-lhe em tom zombeteiro. Topázio Loughy se limitou a sorrir daquela maneira que só ela conseguia, um sorriso frio que não chegava aos olhos, mas que resultava atraente e deixava suas feições mais formosas ainda, se isso era possível. 
— Um pequeno vislumbre dela apareceu hoje, mas nada que não se possa solucionar ao te ouvir assegurar que está aqui por sua própria vontade e que eu não te arrastei a nada. 



Série Joias da Nobreza
01- Uma Noite com Rubi