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12 de setembro de 2011

A Grinalda De Brilhantes



Tentando impressionar o duque de Lynchester, a sedutora Delphine o convidou para jantar no antigo solar elisabetano onde morava seu pai, o famoso historiador Marcus Stanley.

E, para suprir a falta de criados, sugeriu a seu irmão Harry que vestisse uma libré e servisse à mesa, enquanto sua linda irmã mais nova, Nerissa, ficaria na cozinha preparando o jantar.

Mas o pai, um incurável distraído, resolveu mostrar ao duque as vigas que há trezentos anos sustentavam o teto da velha cozinha ancestral ...

Capítulo Um

1818
— Está atrasado! — disse Nerissa ao irmão assim que este entrou pela porta principal, atirando o chicote de cavalgar sobre uma cadeira.
— Sei disso, mas você deve me perdoar. Estive montando um animal que pelo menos era fogoso, e quis aproveitar o máximo!
Nerissa sorriu. Sabia que o maior deleite de Harry era conseguir um cavalo para montar.
Algumas vezes, enquanto se desdobrava para dar conta dos afazeres domésticos, lidando na cozinha, preparando as refeições no velho fogão que sempre apresentava problemas ou realizando mais uma dúzia de tarefas que surgiam a cada dia, Nerissa imaginava que, de repente, um dos livros de seu pai se tornaria um grande sucesso, Marcus Stanley ficaria famoso da noite para o dia e, em conseqüência disso, eles seriam ricos.
Era um sonho impossível, que a fazia rir de si própria ao perceber sua infantilidade.
Ela ansiava para que Harry pudesse ter os cavalos de que tanto gostava, e para que o irmão também pudesse vestir-se no rigor da moda, mostrando-se tão elegante como seus colegas e amigos de Oxford.
Ninguém poderia ser mais bonito do que ele, pensava, apesar de Harry estar vestindo um casaco de montar já bem gasto, com tantos anos de uso.
Ela já o havia consertado e remendado tantas vezes, que do tecido original pouco restava.
Porém, não era de admirar que o irmão fosse um rapaz de tão bela aparência, uma vez que seu pai, mesmo agora, já grisalho e com algumas rugas no rosto, era ainda um homem extremamente bonito.
De fato, muitas vezes Nerissa se perguntava por que, após a morte da mãe, nenhuma mulher teria tentado capturar seu belo pai.
Novamente ria de suas fantasias, porque era óbvio que Marcus Stanley não tinha consciência de mulher alguma no mundo quando se mantinha concentrado inteiramente nos seus livros, que consistiam em uma análise e um registro do desenvolvimento da arquitetura na Inglaterra.

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