Mostrando postagens com marcador A Lei da Paixão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador A Lei da Paixão. Mostrar todas as postagens

15 de janeiro de 2009

A Lei da Paixão



Um cavaleiro de alma perdida.

Sir Robert Dryden aceitara, mesmo a contragosto a idéia de casar-se . Mas, dois anos de ligação com uma esposa a quem não amava, haviam matado sua ternura e capacidade de desejar qualquer outra mulher.
Por que então sentiu-se atraído por uma simples camponesa em apuros ? E por que o ato de livrá-la do perigo fazia sua pulsação aumentar?
Sem um dote considerável, nenhum cavalheiro se casaria com Samantha Tudor. Muitos lhe faziam ofertas indecentes...exceto o cavaleiro que a resgatara da morte. O homem era forte e enigmático a ponto de incitar nela a vontade de tocá-lo. Mas que emoções Samantha poderia causar em um cavaleiro treinado para batalhas , se estava prestes a ser enclausurada em um convento?

Capítulo Um

Norte da Inglaterra... Outono, 1423
Ao avistar o Castelo Clairmont, Robert Dryden examinou a fortaleza de pedra iluminada pelos primeiros raios da manhã e, novamente, abominou o dia em que nasceu. Insultou a sucessão de fatos acometidos em sua vida os quais ainda o assombravam.
Junto com a perda da visão de um olho, tempos atrás, também perdera a profunda perspicácia que lhe era peculiar desde os tempos da adolescência. Portanto, tinha dificuldade de calcular em que distância encontrava-se o castelo. Mas confiava na capacidade de seu companheiro, Nicholas Becker, quando ele dissera que estavam a apenas dois quilômetros dos portões de Clairmont.
Ambos haviam passado a última noite na floresta, planejando alcançar o castelo pela manhã, depois de ter a oportunidade de se banharem e colocarem suas melhores roupas.
Tudo isso, apenas, para ir ao encontro da noiva de Robert...
Maldita mulher, Robert blasfemou em pensamento. Não queria se casar. Nem tinha pretensões de acrescentar mais terras à sua já imensa propriedade, tampouco desejava uma esposa cordata em sua vida. Definitivamente, não precisava de nada disso.
Não compreendia por que seu amigo, Wolf Colston, o duque de Carlisle, acreditava que Robert era a pessoa ideal para realizar as vontades do conselho. Wolf e a esposa também não entendiam a preferência de Robert por uma vida solitária.
Longos e dolorosos meses se passaram até que ele se recuperasse dos ferimentos adquiridos durante a época em que ficara preso nas masmorras do castelo em Windermere. Durante aquele período, Robert não fizera planos para o futuro, muito menos demonstrara qualquer anseio por uma mulher. Na verdade, havia revelado uma total ausência de interesse.
Era um homem acostumado ao isolamento. A agonia que sofrerá, abandonado nas cavernas escuras do calabouço de Windermere, o tornara frágil e indefeso, impotente contra a mutilação. Na verdade, estivera à beira da morte...
Robert afastou da mente aquelas lembranças dolorosas. Imagens aterrorizantes o perseguiam à luz do dia e o torturavam a cada noite enquanto tentava conciliar o sono.
Perdera o prazer de viver, sentia-se desiludido e inteiramente só.
Suas virtudes, qualidades e determinação se perderam nas trevas. O que lhe restara? Nenhuma força para lutar pelo país. E, com certeza, nada lhe restava para oferecer a uma mulher.